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Todos os capítulos do Obsessivo: Capítulo 1 - Capítulo 10
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UM
Melinda — Infelizmente, todas as vagas foram preenchidas, senhorita! — O rapaz informou me dispensando. Novamente um não! Não sei vocês, mas acho horrível receber um não. E isso não é novo, recebi muitos nãos no decorrer da minha patética existência. Há, vocês não fazem ideia! Fui rejeitada pelo meu pai, minha mãe se casou com um homem desprezível que, tenho até pavor de lembrar. Minha rainha morreu quando mais precisava dela, resumindo, nada foi fácil na minha vida, e pelo que vir não será tão cedo… Resumindo, o destino foi foda comigo, simplesmente assim. Não estou me lamentando, longe disso, apenas estou cansada, e se fosse possível gostaria de sentir paz, pelo menos uma vez. — Agradeço pela oportunidade, senhor, tenha uma excelente tarde! — Disse saindo de cabeça erguida. É nessas horas que sinto falta da minha mãe, ela sempre sabia o que dizer. Engoli o choro e pensei na fé que ela sempre tinha. É isso, não posso perder a fé, ao contrário do que todos dizem a fé, não pode morre
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DOIS
Melinda — Linda! — Nat me saúda chamando a atenção do resto do pessoal da cozinha. Sorri abraçando-a e lhe puxei para um cantinho. — Por que está aqui na cozinha? — Perguntei, pois sempre ela almoça no salão antes de abrir, mas hoje não, está na cozinha com os demais funcionários. — Hoje pela manhã não abrimos, a nossa chefe está um pouco estressada. — Comentou dando de ombros. — Problemas? — Perguntei preocupada. Não gosto de ver ninguém com adversidade que tento ajudar, pelo menos da forma que posso. Claro que não quero que nada respingue em meus amigos, já basta uma desempregada no grupo. — Acredito que sim, Mel! — Nick respondeu em vez de Nat! Sorri desgostosa para ele antes de respondê-lo. — Disso entendo muito bem, meu amigo! — Falei lhe dando um abraço apertado, daqueles de se sentir em casa. Nikolai é um bom homem, o mais velho de todos, possui 40 anos, a saúde como de um leão. Falei e todos gargalharam. — Você está cada vez mais linda, Mel! — Obrigada Nik! O Sr. não
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TRÊS
Melinda Faz cinco meses que estou trabalhando no restaurante, nunca estive tão feliz. Estou realizada. Essa semana não estamos trabalhando. A senhora Raíssa está fazendo uma pequena reforma, porém quando voltar ela fará uma festa de inauguração de novo. Ela percebeu que os ricos gostam de ser convidados para esse tipo de coisa. Com o dinheiro que venho recebendo do restaurante, pude fazer um exame para fazer um cursinho na área de contabilidade. Isso foi há dois meses, ou seja, estou a três meses estudando. Ainda não é uma faculdade, mas ainda chego lá. O dinheiro está dando para me manter, ainda sobra uma merreca, guardo para emergências futuras. Olho no relógio e vejo que já são 05h00, o que quer dizer que está na hora da minha corrida matinal. Faço meus alongamentos de leve para não me machucar. Olha gosto de correr e muito, não corro para emagrecer, corro por minha saúde, e para ter mais disposição no meu dia a dia. Começo com um trote leve, nada exagerado, depois de dois minut
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QUATRO
Melinda Acordei faltando duas horas para sair. Ainda bem que dormir com a minha roupa em mente. Optei por um macacão sem manga, longo, na cor amarelo, com um belo decote profundo. Certeza que ficará em evidência minha tatuagem da rosa de sarom entre meus seios. Coloquei a roupa, depois me olhei no espelho. Me sinto sexy, bonita. Soltei meus cachos, para enfeitá-los fiz uma trança embutida longa. Não quis usar maquiagem, pois sou um desastre, escolhi usar um batom vermelho para realçar meus lábios e um lápis preto para destacar meus olhos. Peguei um táxi faltando dez minutos para o horário marcado. Vejo Lara e Nat à minha espera. — Menina, você está muito gostosa! — Natasha disse encarando minha tatuagem. É a primeira vez que elas veem uma delas. Para falar a verdade, elas nem sabia que tenho tatuagens. — Melinda, nunca nos disse que tem tatuagem! — Lara exclamou pasmada. Dei de ombros. Em minha defesa elas nunca perguntaram. Sempre estou com roupas pesadas, pois não suporto o fr
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CINCO
Melinda — Que porra de roupa é essa? — Questionou com asco. Não escondi minha face de decepção. — Uma roupa normal! — Quando disse ser uma vadia, não errei em nada. — Disse para si mesmo. Me levantei furiosa. Até o momento agir submissa, mas agora chega Ele pode me taxar de muitas coisas, vadia não é uma delas. Fui até ele e pus o meu dedo na sua cara. — Você me respeite! Não me conhece, mesmo assim pode me julgar pela roupa que visto? Estou muito comportada, comparada às que vi lá embaixo. — Você tem certeza, Melinda? — Sussurrou segurando meu dedo no ar. Meu coração acelerou no peito, meus olhos novamente dobraram de tamanho. — Como sabe meu nome? — Não é da sua conta! — disse balançando meu dedo no ar — Se colocar seu dedo novamente na minha cara, considere-o quebrado. — Quero sair daqui, minhas amigas devem esta a minha procura. — Ignorou completamente o que acabei de falar. — Vai quando eu disser! — ficou sério — Não quero, vê-la dançando daquele jeito em público. Pu
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SEIS
Andrei — O que está esperando? Entra na droga desse carro! — Mandei estressado. Essa menina testa a minha pouca paciência. Ela teve a coragem de não responder minha mensagem e me ignorou a semana toda. Se ela julga que isso me impedirá de cumprir o que havia determinado para a sua pessoa, está muito enganada. Você a quer! Minha mente fez questão de me lembrar. Algo me diz que ela é encrenca. Prefiro alguém que eu possa ter controle, sei que Melinda não é nenhum pouco, submissa. Aquela vez do esbarrão, não foi a primeira vez que a vi, quer dizer, não a vir cem por cento, sentir o seu cheiro. Que cheiro delicioso! Ela tem cheiro de canela. Sempre gostei, desde pequeno. Voltei para procurá-la e infelizmente não achei. No dia do esbarrão não supus que a encontraria. Deixei um dos meus homens de olho, quando ele me passou as características da mulher quis arriscar Eu não a vir no dia, pois passei muito rápido, mas pelo vulto vir que seus cabelos são cheios, então para reparar qualquer mu
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SETE
Andrei — Porra! — Falou algo senhor Makarov? — Não. Por favor, me deem licença! — Pedi educadamente. Aproximei-me do palco de uma forma que me visse. Espero que não faça besteira, como dar corda a algum desavisado. — Boa noite! É uma honra estar aqui com todos vocês. Me chamo Melinda, espero que se divirtam. — Pronunciou com aquele sorriso desconcertante. Não entendo o que essa mulher tem que me deixa obcecado. Sua pronúncia é linda, pelo menos falando. Santo Deus homem, para com isso! Essa mulher não tem nada de especial, é como outra qualquer. Ignorei meus pensamentos quando escutei os primeiros acordes da canção. Arregalei os olhos, pois realmente ela possui o dom. Sua voz é um contralto. Excepcional. Profunda, cheia de drama. Gosto de música, entendo algumas coisas. A canção que entoava com maestria é de Tony Braxton. Sei disso, pois como disse, gosto de música. Não escuto apenas clássicas. — “Por favor, deixe cair sua parede então Eu finalmente poderei entrar e ver, eu Não
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OITO
Melinda Há três semanas que não o vejo. Se estou com saudades? Claro que não! Nem vem dizer ser mentira, pois, não minto. Merda! Acabei de mentir. Faço isso raramente. Porém, como estava dizendo, não sentir falta dele. Quem sentiria falta de um grosso, troglodita que só faz me gritar, ameaçar e dizer que sou dele? Pelo amor de Deus, tenha santa paciência, viu. Eu seria louca se me sentisse assim. Não negarei que ele me intimide. Sua beleza e presença me desarmam por completo. Reconheço que nesses dias não paro de pensar nele, mas atribuo isso a tudo que aconteceu, desde aquele esbarrão. Naquele dia no restaurante, quando ele me viu abraçada com Nik, foi o exato momento que pude ver sua possessividade comigo, entrar verdadeiramente em ação. Sinto medo e, ao mesmo tempo, me excito ao lembrar. Não sei. Deve haver algo de errado com a minha cabeça, é a única explicação. Falar em Nikolai, até hoje me questiona sobre o que aconteceu. O que poderia dizer-lhe? Escuta Nik, Makarov esbarrou e
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NOVE
Melinda — Quem é? — Dimitri, senhorita! Sou um dos seguranças designado para proteger sua casa. — Informou. Respirei aliviada e abri a porta. Não porque esse homem está me cercando de segurança. Será que sabe de algo? Impossível! Não deixei nada que me ligasse aquele nojento. — Oi! — O senhor Makarov pediu para lhe entregar algo. — Disse me entregando uma caixa pequena. Voltei para meus livros um pouco aliviada, no entanto, curiosa. Abri o embrulho afoita e me deparei com um lindo celular da marca Apple. Um dos mais caros, acho. Reconheço que não conheço sobre essas coisas, nunca liguei. Compro sempre o que posso, nada, além disso. Então, vem a pergunta. O que esse homem quer com tudo isso? Peguei o aparelho em minhas mãos com cuidado. Se essa merda quebrar terei que vender um rim para pagar. Com o contato o aparelho acendeu, deslizei meu polegar na tela. Tudo já está configurado, inclusive com o meu número de telefone. Vi que no W******p tem uma mensagem não lida, quando abro qua
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DEZ
Melinda — O que tanto me escondem? — Perguntei curiosa aos três mosqueteiros. Nat, Lara e Nik viam algo no celular de Nat com uma cara nada boa e, simultaneamente, me observavam. Algo me diz ser sobre mim. — Nada de mais amiga! — Nat respondeu na defensiva. Achei ainda mais estranho. — Tudo bem. — Fingi me dar por vencida, fingir ir abraçar todos e tomei o celular das mãos dela. — Vaca, me enganou direitinho! — Não fiz diferente de você. — Proferi descontente. Olhei para a tela do maldito celular e vir o que tanto olhavam. Era uma manchete de Andrei, ele estava em um restaurante. Eles fazem um belo casal. A mulher é o oposto de mim. Loira, alta, magra com postura de rica. Não que ele seja preconceituoso, é só que a mulher do seu lado seria, aceita rápido pela sociedade. Os russos não são tão cordiais com pessoas da minha cor. Não abrange a todos, claro. Me pergunto sobre aquele dia. Para mim, significou muito. Nunca deixei um homem se aproximar tanto de mim. — Mel! — Nat me chamo
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