OITO
Melinda

Há três semanas que não o vejo. Se estou com saudades? Claro que não! Nem vem dizer ser mentira, pois, não minto. Merda! Acabei de mentir. Faço isso raramente. Porém, como estava dizendo, não sentir falta dele. Quem sentiria falta de um grosso, troglodita que só faz me gritar, ameaçar e dizer que sou dele? Pelo amor de Deus, tenha santa paciência, viu. Eu seria louca se me sentisse assim.

Não negarei que ele me intimide. Sua beleza e presença me desarmam por completo. Reconheço que nesses dias não paro de pensar nele, mas atribuo isso a tudo que aconteceu, desde aquele esbarrão. Naquele dia no restaurante, quando ele me viu abraçada com Nik, foi o exato momento que pude ver sua possessividade comigo, entrar verdadeiramente em ação. Sinto medo e, ao mesmo tempo, me excito ao lembrar. Não sei. Deve haver algo de errado com a minha cabeça, é a única explicação.

Falar em Nikolai, até hoje me questiona sobre o que aconteceu. O que poderia dizer-lhe? Escuta Nik, Makarov esbarrou e
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