MelindaEstou vendo toda a minha vida, passando em meus olhos. Saber que você morrerá não é tão assustador como pensei. Por que será? Deve ser porque não penso que isso realmente acontecerá. O que sinto é muita raiva acumulada.— O que fez ao meu segurança?— O matei. — Deu de ombros. Pobre Mikhail, não merecia esse fim. Esse maldito terá o que merece. Enxuguei as lágrimas que teimam em cair. — Deveria pensar no que farei contigo. — Meirelles falou interrompendo meus pensamentos. O máximo que fará comigo, será apenas ameaças vazias. — Suas tatuagens são bem instigantes. — Foda-se, Meirelles! — Expus enojada. — Não se preocupe, foderei cada pedacinho do seu corpo, esse pedaço de mal caminho que me pertence desde que você era pequena. — Transpareceu velhaco. Tenho aversão a esse velho asqueroso. — Cale a boca, vadia! — Mandou colérico. Me calei não porque mandou, mas para me poupar até chegar a hora. Pensei no transmissor que Andrei me deu. Preciso apertá-lo no momento oportuno, ou
Melinda — Porque ela era minha! EU A VI PRIMEIRO — Gritou — Como uma vadia preferiu outro ao invés de mim. Não podia deixar ela ser feliz, não com aquele desgraçado. — O que você fez para ela deixar meu pai? — Ameacei. Disse que se ela não deixasse Saldanha o mataria. E para comprovar estar falando sério matei um homem em sua frente. — Deu de ombros, como se o que me contou agora, é corriqueiro em sua vida. Não duvido nada. Coitada da menina nua rainha. — Forçou o casamento com ela. — Disse controlando minha fúria. — Descobri que Saldanha voltaria, então a forcei a se casar e, para não contar nada a ele, levei vocês duas para o Brasil. Bastou ameaçar que mataria você na frente dela que a idiota foi pianinha. Se tivesse feito isso, não estaríamos nessa situação. — Destruiu a minha vida! — Exclamei não conseguindo segurar as lágrimas. Tudo por causa de uma obsessão. — Fiz pouco, faria de novo se houvesse outra chance. — Gargalhou. Fui até minha bolsa onde guardo meu canivete que
Andrei— Ela fez um estrago e tanto nele! — Boris disse orgulhoso — Nunca duvidei que ela não o mataria. Mel é muito boa para fazer isso, jamais se rebaixaria ao nível dele.— Tem toda razão. — O abracei. O delegado se aproximou de mim e meu chefe de segurança se afastou.— Quero agradecer pela ajuda, delegado Volkova.— Vi o dano que ela fez nele. Estávamos com medo dele a machucar, mas estávamos errados. Sua mulher é uma guerreira.— Obrigado! — Disse apertando sua mão. Entrei na ambulância e segurei a mão de minha mulher. Não me afastarei dela tão cedo. Para falar a verdade não iria conseguir nem se quisesse.(...)Passaram-se dois dias depois do sequestro de Melinda, então para quem não se lembra hoje é sexta-feira o dia do nosso casamento. Até tentei remarcar, mas ela não deixou. Disse que não deixaria o desgraçado arruinar a nossa felicidade. Estou muito nervoso, nem conseguir escrever meus votos.— Calma, respira filho. — Minha mãe pediu rindo às minhas custas.— Pode rir, senh
Melinda— As alianças! — O padre falou sorrindo. Olhamos para o início da nave da igreja e sorrimos ao ver Mine nós trazendo o símbolo do nosso compromisso. Nos sentimos privilegiados em ser ela a nos trazer. O doutor Ivanov nos disse que ela está em total remissão, claro que para termos certeza necessita-se passar cinco anos para ter certeza que o câncer não voltará. Temos fé que isso não irá acontecer. Marine está com um vestido de princesa bufante, semelhante ao meu, seus cabelos estão curtinhos, mas lindos, enfeitados com uma linda tiara de princesa.Ela vinha ereta, cheia de atitude, com um baú de madeira nas mãos. Mine entregou as alianças ao padre e saiu sorrindo para ficar perto de sua mãe. O padre orou as alianças e entregou em nossas mãos. Fui a primeira a colocar nele, em seguida dei um beijo. Andrei fez o mesmo, pôs a aliança em meu dedo e beijou.— Com o poder investido em mim pela igreja, eu vos declaro marido e mulher. Fiquem à vontade para se beijarem! — Selou. Andrei
Andrei — Mamãe! — Disseram assustados. Certeza que aprontaram. Minha esposa se aproximou com as mãos na cadeira. Minha mulher está cada dia mais gostosa, ao contrário do que muitos dizem, quanto mais tempo passamos juntos, o sexo fica delicioso, nos tornamos um. Em relação à educação das crianças, ela é mais rígida. Se todos pensaram que eu faria esse papel, estão muito enganados. Minha pérola é osso duro de roer. — Klaus, Kira, Violette e Valentim, todos estão de castigo. — Melinda salientou apontando para cada um. — Mamãe, não é justo. — Klaus Proferiu zangado. — O que não é justo, Klaus, é vocês tratarem as pessoas como lixo, não foi a educação que eu e seu pai passamos para vocês. — Declarou com dureza. Todos abaixaram a cabeça, provavelmente revendo os atos deles. — Desculpa, mamãe. — Não é a mim que devem pedir desculpas, Violette. — Mamãe está certa, vamos pedir desculpas para as “babás”. — Kira falou descendo do meu colo, chamando os irmãos, que obedeceram sem pestane
Melinda — Infelizmente, todas as vagas foram preenchidas, senhorita! — O rapaz informou me dispensando. Novamente um não! Não sei vocês, mas acho horrível receber um não. E isso não é novo, recebi muitos nãos no decorrer da minha patética existência. Há, vocês não fazem ideia! Fui rejeitada pelo meu pai, minha mãe se casou com um homem desprezível que, tenho até pavor de lembrar. Minha rainha morreu quando mais precisava dela, resumindo, nada foi fácil na minha vida, e pelo que vir não será tão cedo… Resumindo, o destino foi foda comigo, simplesmente assim. Não estou me lamentando, longe disso, apenas estou cansada, e se fosse possível gostaria de sentir paz, pelo menos uma vez. — Agradeço pela oportunidade, senhor, tenha uma excelente tarde! — Disse saindo de cabeça erguida. É nessas horas que sinto falta da minha mãe, ela sempre sabia o que dizer. Engoli o choro e pensei na fé que ela sempre tinha. É isso, não posso perder a fé, ao contrário do que todos dizem a fé, não pode morre
Melinda — Linda! — Nat me saúda chamando a atenção do resto do pessoal da cozinha. Sorri abraçando-a e lhe puxei para um cantinho. — Por que está aqui na cozinha? — Perguntei, pois sempre ela almoça no salão antes de abrir, mas hoje não, está na cozinha com os demais funcionários. — Hoje pela manhã não abrimos, a nossa chefe está um pouco estressada. — Comentou dando de ombros. — Problemas? — Perguntei preocupada. Não gosto de ver ninguém com adversidade que tento ajudar, pelo menos da forma que posso. Claro que não quero que nada respingue em meus amigos, já basta uma desempregada no grupo. — Acredito que sim, Mel! — Nick respondeu em vez de Nat! Sorri desgostosa para ele antes de respondê-lo. — Disso entendo muito bem, meu amigo! — Falei lhe dando um abraço apertado, daqueles de se sentir em casa. Nikolai é um bom homem, o mais velho de todos, possui 40 anos, a saúde como de um leão. Falei e todos gargalharam. — Você está cada vez mais linda, Mel! — Obrigada Nik! O Sr. não
Melinda Faz cinco meses que estou trabalhando no restaurante, nunca estive tão feliz. Estou realizada. Essa semana não estamos trabalhando. A senhora Raíssa está fazendo uma pequena reforma, porém quando voltar ela fará uma festa de inauguração de novo. Ela percebeu que os ricos gostam de ser convidados para esse tipo de coisa. Com o dinheiro que venho recebendo do restaurante, pude fazer um exame para fazer um cursinho na área de contabilidade. Isso foi há dois meses, ou seja, estou a três meses estudando. Ainda não é uma faculdade, mas ainda chego lá. O dinheiro está dando para me manter, ainda sobra uma merreca, guardo para emergências futuras. Olho no relógio e vejo que já são 05h00, o que quer dizer que está na hora da minha corrida matinal. Faço meus alongamentos de leve para não me machucar. Olha gosto de correr e muito, não corro para emagrecer, corro por minha saúde, e para ter mais disposição no meu dia a dia. Começo com um trote leve, nada exagerado, depois de dois minut