Melinda — Escuta filha, nada de provocá-lo! — Minha mãe ordenou preocupada. Não consegui conter o bufar que saiu de minha boca. Vi pelo olhar dela que não gostou. — Desculpa! — Pedi sem graça — Mãe, ele fica me xingando de um monte de coisas, a senhora disse ser feio, uma pessoa xingar a outra. — Sei querida, mas faça isso por mim. — Tudo bem! — A respondi desgostosa. Isso será um grande esforço, pois não consigo ficar calada quando esse nojento fala. Tenho dez anos, sou muito inteligente para a minha turma na escola, assim minha professora falou e, se ela que é estudada disse, então acredito, mesmo que aquele monstro me chame de burra o tempo todo. Sei que não sou. Minha mamãe me pediu para ir para meu quarto, só que fingir e entrei no seu. Pode ser loucura, mas acredito que ela me escondi algo, apenas sei que tem a ver com o meu padrasto. Escondi-me no closet, escutei quando a porta do quarto foi aberta e passos pesados ecoaram no ambiente. Minha mãe acabara de entrar no banheir
Melinda Fechei meus olhos esperando o que quer que fosse que faria, mas me surpreendi quando me puxou para seus braços e me aconchegou neles. — Você me deixou aflito, minha pérola! — Disse beijando o topo da minha cabeça. Esperando receber dor, recebi carinho, me senti acolhida. — Desculpa! — Balbuciei com o choro preso na garganta. — Não tem que se desculpar, estou aqui para cuidar de você e protegê-la, Melinda. — Falou em um tom sério. Foi o que sempre quis ouvir de alguém, mas não acho que seja certo. — Andrei, não tem que fazer isso, sempre me virei sozinha. — Não precisa viver assim, pois tem a mim agora. — Olhou em meus olhos — Você é minha, menina. — Detesto quando fala dessa forma. Não sou um objeto para ser seu. — Pronunciei irritada. Claro que não disse totalmente a verdade. Claro que gosto quando diz que sou sua, mas não admitirei. — Continue se enganando! — Sorriu, me desarmando por completo. — Não estou me enganado, apenas acredito ser egoísmo de sua parte, me cham
Melinda — Precisamos fugir! — Implorei a mamãe pela quinta vez naquele dia. Ela limpava meus ferimentos que aquele monstro com seus capangas fez. Depois daquele dia que abusou da minha rainha, as coisas mudaram para pior. Ele já não se importava se batia, estuprava em minha frente. Tenho tanto medo que ele faça algo ruim comigo. Tenho quinze anos, meu corpo se desenvolveu, não sou burra, vejo quando cobiça meu corpo, também percebo o que minha mãe faz para que ele não toque em mim, mas chegará um momento que ela não poderá fazer nada para impedir.— Não podemos. — Repetiu a mesma ladainha novamente. Diz que não podemos, contudo, não fala o porquê.— Sempre repete a mesma coisa. Quero uma resposta sincera! — Declarei irritada. A minha mãe chorava passando o algodão embebido em álcool nas minhas costas. A cada toque me reprimia. Isso dói muito. Aquele desgraçado foi longe demais. Ele e seus homens apagaram seus cigarros em minhas costas, rindo da minha desgraçado.— Ele nos encontrará.
Melinda — Não faça isso, eles são meus amigos, Andrei. — Pedi sincera — Sou péssima quando o fato é fazer amizades, e com eles foi espontâneo, não tire isso de mim. — De maneira nenhuma gosto de outros homens tendo a sua afeição. Você é minha caramba! — Declarou grunhindo. Nota-se que fala muito sério. Sorri, pois o bico que fazia era fofo. Esse homem é lindo até emburrado. — Não sei o porquê de estar tão nervoso com isso. — Anunciei alisando sua face carinhosamente. Quero beijá-lo. Anseio desde ontem quando me abraçou apertado. — Pois, eu vejo. — Respondeu carrancudo. — Pois, eu não! Sei que sou sua, e, os outros homens para mim não importa. — Respondi convicta, no entanto, quando me atentei as minhas palavras, intentei remediar a situação. Quando me atentei no que falei era tarde demais — Eu não quis dizer… — Quis sim! — Falou sorrindo de orelha a orelha. Não resisti e tomei sua boca em um beijo sedento. Explorei seus lábios como uma verdadeira aventureira, conhecendo cada can
Andrei — Jamais faria isso. O corpo é seu, me intrometeria se de alguma forma sua vida estivesse em perigo. — Obrigada! — Não me agradeça. Marine é uma menina adorável. — Sim, Mine é uma criança incrível. — Disse abrindo aquele sorriso lindo que me encanta. — Ela me disse algumas coisas interessantes. — Comentei para ver sua reação. Ela me olhou sem graça, mas não perdeu a pose. — O quê? — É entre mim e Marine, curiosa! — Respondi gargalhando. — Seu babaca! — Declarou esmurrando meu peito. Alisei sua face, lhe fazendo olhar em meus olhos. — Não se preocupe com elas, já providenciei tudo para a chegada das duas. Chegarão no final do mês, tenho um apartamento vazio, elas ficarão lá. — Oh, Andrei, nem sei como agradecê-lo. — Bem, eu sei. — Falei, puxando-a para um beijo quente. Ela correspondeu na mesma intensidade, com a mesma volúpia. Melinda me quer tanto quanto a quero. Necessito ter essa mulher na minha cama, ou ficarei louco. Encerrei o beijo com selinhos por todo o seu p
Melinda — Está linda, Mel! — Obrigada, Nat! — Respondi um pouco desanimada. Novamente briguei com Andrei, detesto quando isso acontece. — Que carinha é essa amiga? Daqui a pouco subirá naquele palco, não pode ir assim. — Ela insistiu preocupada. Lembrei de três semanas atrás. Andrei me levou a sua boate. Estava tudo indo bem até vê-lo beijando outra mulher. Ele não iniciou, mesmo assim deixou. Fiquei com tanta raiva que sair correndo, fugir como uma criança invés de enfrentar os dois, preferir voltar para casa dele, posso estar magoada, mas não sou burra. Preciso focar na minha segurança primeiro. Resumindo tudo, Andrei voltou para casa furioso. Disse-me um monte de coisas ruim, tentei rebater e ele me chamou de vadia. Me sinto uma tola. Pela manhã me tocava intimamente e pela noite beijava outra. Pensei que saberia que não sou uma qualquer. Por que está doendo tanto? Não faço ideia. Desde então não nos falamos. Sai cedo e volta tarde e não divide a cama comigo. Até tentei sair do
Melinda — Senhorita Campbell, quero agradecê-la foi melhor que eu imaginava. — Sorriu — Pensei que não sabia falar em sinais. — Estava certo, aprendi nesse um mês. Empenhei-me ao máximo. — Foi excelente! Gostaria que jantasse comigo em agradecimento. — Disse carismático. Percebi o interesse nas entrelinhas, não quero problemas, que dizer, mais problemas com Andrei, fora que jamais magoaria essa família. — Senhor Luigi, agradeço pelo convite, fora que o meu namorado é muito ciumento. — Proferi apontando para Makarov, que não tirava os olhos de mim e do homem à minha frente. Ele consertou sua postura quando o senhor Luigi o encarou. — Então terei que compensá-la de outra forma. — Enunciou decepcionado. Notei a segunda intenção do homem, então tratei de cortar. Sei que não enho nada sério com Andrei, mas isso não quer dizer, que preciso machucar os sentimentos de outra pessoa, me envolvendo sem sentir nada. Não sou assim. — Não precisa senhor Luigi, apenas em ver essa princesa sorri
Melinda— Andrei! — Emiti horrorizada com a situação.— Puta merda… — O idiota falou vidrado no meu corpo. Sou uma miserável de má sorte, agora está bem claro para mim. Ele continua no mesmo lugar, não desvia o olhar por um segundo. Pervertido! Nessas duas semanas em nenhum momento ele dormiu comigo, no dia que esqueço a m*****a roupa e resolvo circular nua no quarto o homem resolve me dá o ar da sua graça. — Andrei saí daqui!— Não, que eu saiba, o quarto ainda é meu! — Respondeu sem perder o foco. Tentava esconder minhas partes, porém sem sucesso.— Saí daqui, ou jogarei esse abajur na sua cabeça. — Avisei impaciente.— Não teria coragem! — Debochou. Esse filho de uma… Não Melinda, nada de xingar a senhora Makarov, ela não tem culpa de ter um crápula como filho.— Quer pagar para vê Andrei? Assim como as suas, minhas ameaças não são vazias. — Assegurei nervosa. Estou a ponto de dar um ataque, nunca em toda a minha vida, fiquei nua na frente de um homem.— Pelo menos se vira, para eu