Melinda — O que tanto me escondem? — Perguntei curiosa aos três mosqueteiros. Nat, Lara e Nik viam algo no celular de Nat com uma cara nada boa e, simultaneamente, me observavam. Algo me diz ser sobre mim. — Nada de mais amiga! — Nat respondeu na defensiva. Achei ainda mais estranho. — Tudo bem. — Fingi me dar por vencida, fingir ir abraçar todos e tomei o celular das mãos dela. — Vaca, me enganou direitinho! — Não fiz diferente de você. — Proferi descontente. Olhei para a tela do maldito celular e vir o que tanto olhavam. Era uma manchete de Andrei, ele estava em um restaurante. Eles fazem um belo casal. A mulher é o oposto de mim. Loira, alta, magra com postura de rica. Não que ele seja preconceituoso, é só que a mulher do seu lado seria, aceita rápido pela sociedade. Os russos não são tão cordiais com pessoas da minha cor. Não abrange a todos, claro. Me pergunto sobre aquele dia. Para mim, significou muito. Nunca deixei um homem se aproximar tanto de mim. — Mel! — Nat me chamo
Melinda — Você está cega, sua idiota? — Bradou irritada. Acordei do meu transe na hora. Não serei xingada por essa nojenta. — Veja lá como fala comigo seu filhote de cruz credo! — Rebati lhe apelidando. Sou ótima nessas coisas quando quero. Ela ficou vermelha, parecia até que explodiria. Ela foi em cima de mim para me bater. Tentou me dar um tapa na cara, eu segurei a sua mão e lhe dou na cara, sendo bem sucedida. — Nunca mais tente me bater novamente, ou vai receber mais do que um tapa na cara. — Alertei perigosa. Não quem acha que é, para insultar e agredir alguém por algo tão banal como um esbarrão. Dei um sorriso debochado, pois, no fundo, era o que queria fazer desde que a vi com ele. Não escutando meu aviso, ela tentou me bater novamente, porém uma voz que conheço muito bem, lhe impediu. — Que porra está acontecendo aqui? Por que tem duas mulheres brigando no corredor da minha empresa? — Foi essa pobretona que começou, Andrei. — Declarou me diminuindo. Não mentirei e dizer
Andrei Cheguei ao restaurante a tempo de vê-la subindo no palco. Está magnífica em um vestido longo todo branco, possui um decote ao lado da coluna. Suas vestes mostram duas de suas tatuagens. Pensem em uma pessoa curiosa para saber sobre todas elas. Melinda me disse que me contaria, então esperarei. Algo me diz que alguns significados não são nada bons. — Boa noite! — Saudou com aquele sorriso que me desconcerta e me traz paz, coisa que não tenho há muito tempo. Penso que essa fascinação seja falta de foda. Acredito que ao levá-la para cama tudo passe. Sei que sente atração por mim, será uma questão de tempo. — Bem, hoje teremos uma pequena brincadeira. Aí na mesa de vocês tem um papel em branco e uma caneta. Escreva uma canção e coloquem na urna que a hoster mostrará a vocês. Sortearei três. — Terminou, travessa. Todos riram, é provável que gostaram da brincadeira. Até eu não resistir e coloquei uma canção. Fizeram o sorteio, ela já cantou duas canções. Uma senhora que fazia anive
Melinda Conheci Helen há duas semanas pela internet. Vi seu apelo pedindo para as pessoas fazerem exames. Sua filha de seis anos tem leucemia. Essa doença é muito difícil de enfrentar. Como sei disso? Minha mãe, minha rainha morreu com essa doença m*****a, infelizmente não teve chance por causa daquele maldito. Esse câncer ocorre na formação das células sanguíneas, dificultando a capacidade de o organismo combater infecções. Ela definhou gradativamente. Ele deixava nós duas fazermos consultas periódicas na clínica e seu amigo, porém bastou descobrir a doença que ele nos proibiu. Claro que queria ver minha mãe morrendo lentamente e conseguiu. Não pude fazer nada por minha rainha, então, se puder fazer por Mine, não exitarei. — Algum problema Mel? — Dimitri perguntou quando entrei no carro. Sorri falsamente. — Não Mitri! Quero que me leve ao hospital Central Children's Clinical Hospital! — Por quê? Está doente? — Não, não estou doente. Por favor, vamos. — Pedi encerrando o assunto.
Melinda — Escuta filha, nada de provocá-lo! — Minha mãe ordenou preocupada. Não consegui conter o bufar que saiu de minha boca. Vi pelo olhar dela que não gostou. — Desculpa! — Pedi sem graça — Mãe, ele fica me xingando de um monte de coisas, a senhora disse ser feio, uma pessoa xingar a outra. — Sei querida, mas faça isso por mim. — Tudo bem! — A respondi desgostosa. Isso será um grande esforço, pois não consigo ficar calada quando esse nojento fala. Tenho dez anos, sou muito inteligente para a minha turma na escola, assim minha professora falou e, se ela que é estudada disse, então acredito, mesmo que aquele monstro me chame de burra o tempo todo. Sei que não sou. Minha mamãe me pediu para ir para meu quarto, só que fingir e entrei no seu. Pode ser loucura, mas acredito que ela me escondi algo, apenas sei que tem a ver com o meu padrasto. Escondi-me no closet, escutei quando a porta do quarto foi aberta e passos pesados ecoaram no ambiente. Minha mãe acabara de entrar no banheir
Melinda Fechei meus olhos esperando o que quer que fosse que faria, mas me surpreendi quando me puxou para seus braços e me aconchegou neles. — Você me deixou aflito, minha pérola! — Disse beijando o topo da minha cabeça. Esperando receber dor, recebi carinho, me senti acolhida. — Desculpa! — Balbuciei com o choro preso na garganta. — Não tem que se desculpar, estou aqui para cuidar de você e protegê-la, Melinda. — Falou em um tom sério. Foi o que sempre quis ouvir de alguém, mas não acho que seja certo. — Andrei, não tem que fazer isso, sempre me virei sozinha. — Não precisa viver assim, pois tem a mim agora. — Olhou em meus olhos — Você é minha, menina. — Detesto quando fala dessa forma. Não sou um objeto para ser seu. — Pronunciei irritada. Claro que não disse totalmente a verdade. Claro que gosto quando diz que sou sua, mas não admitirei. — Continue se enganando! — Sorriu, me desarmando por completo. — Não estou me enganado, apenas acredito ser egoísmo de sua parte, me cham
Melinda — Precisamos fugir! — Implorei a mamãe pela quinta vez naquele dia. Ela limpava meus ferimentos que aquele monstro com seus capangas fez. Depois daquele dia que abusou da minha rainha, as coisas mudaram para pior. Ele já não se importava se batia, estuprava em minha frente. Tenho tanto medo que ele faça algo ruim comigo. Tenho quinze anos, meu corpo se desenvolveu, não sou burra, vejo quando cobiça meu corpo, também percebo o que minha mãe faz para que ele não toque em mim, mas chegará um momento que ela não poderá fazer nada para impedir.— Não podemos. — Repetiu a mesma ladainha novamente. Diz que não podemos, contudo, não fala o porquê.— Sempre repete a mesma coisa. Quero uma resposta sincera! — Declarei irritada. A minha mãe chorava passando o algodão embebido em álcool nas minhas costas. A cada toque me reprimia. Isso dói muito. Aquele desgraçado foi longe demais. Ele e seus homens apagaram seus cigarros em minhas costas, rindo da minha desgraçado.— Ele nos encontrará.
Melinda — Não faça isso, eles são meus amigos, Andrei. — Pedi sincera — Sou péssima quando o fato é fazer amizades, e com eles foi espontâneo, não tire isso de mim. — De maneira nenhuma gosto de outros homens tendo a sua afeição. Você é minha caramba! — Declarou grunhindo. Nota-se que fala muito sério. Sorri, pois o bico que fazia era fofo. Esse homem é lindo até emburrado. — Não sei o porquê de estar tão nervoso com isso. — Anunciei alisando sua face carinhosamente. Quero beijá-lo. Anseio desde ontem quando me abraçou apertado. — Pois, eu vejo. — Respondeu carrancudo. — Pois, eu não! Sei que sou sua, e, os outros homens para mim não importa. — Respondi convicta, no entanto, quando me atentei as minhas palavras, intentei remediar a situação. Quando me atentei no que falei era tarde demais — Eu não quis dizer… — Quis sim! — Falou sorrindo de orelha a orelha. Não resisti e tomei sua boca em um beijo sedento. Explorei seus lábios como uma verdadeira aventureira, conhecendo cada can