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Todos os capítulos do Armendor: Capítulo 1 - Capítulo 10
22 chapters
01 - A caçada
            O dia amanhecia na Cidade das Árvores. Uma águia imperial sobrevoava a cidade. Os cidadãos já acordavam e se aprontavam para ir trabalhar. Mercadores iam abrir suas vendas, já podia se escutar o som das ferramentas de um ferreiro ao longe, lenhadores já pegavam seus machados prontos para mais um longo dia de trabalho. Taverneiros expulsavam os bêbados de suas tavernas, e estes, que passavam a noite toda bebendo, se esqueciam de voltar para casa. Mais um dia comum na Cidade das Árvores, no Reino de Armendor, as Terras do Sul.             Armendor era um reino pacífico, ainda em desenvolvimento. Sua economia baseava-se principalmente em extração de madeira e ouro. O reino todo era cortado por uma extensa mata fechada, a Floresta de Taurdin. Era uma densa e silenciosa floresta cheia de perigos que servia como uma muralha natural, protegendo Armendor que se escondia em seu interior.
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02 - Duas esmeraldas observam a caçadora
            Quando ele tirou o elmo, mostrou-se como o homem mais bonito que Aria já havia visto. Ele era jovem, nobre e belo, com cabelo preto e curto que ondulava levemente nas pontas, a pele lisa e bronzeada, os lábios cheios e rosados, seu rosto parecia ter sido esculpido à mão. Suas roupas pareciam ser de tecido fino e caro. As botas de couro macio combinavam com as luvas. Ele usava uma armadura protegendo-lhe o torso. Também usava um manto azul escuro, iguais àqueles que Aria tanto via os soldados de alta patente de Armendor usando, porém os que os soldados usavam eram verdes, simbolizando a cor do reino.             Mesmo estando montado a cavalo, o jovem parecia ser bem alto. Mas o que mais chamou a atenção de Aria eram seus penetrantes olhos verdes. Era como se houvessem incrustado duas esmeraldas em seu rosto. Aria olhava-o hipnotizada, assim como o rapaz t
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03 - Ferreiros, livros e fontes
            A loja de especiarias de tio Palomir ficava no centro comercial da Cidade das Árvores. Como havia prometido, Aria deixou o almoço para o tio e foi levar suas ferramentas para conserto. A garota parou em frente à ferraria. Embora fosse pequena, havia um arsenal das mais variadas armas penduradas nas paredes, caídas no chão, uma bagunça.            – Ramón! – gritou. – Sou eu, Aria, vim lhe ver.            De dentro da ferraria ouviu-se um barulho de algo de metal caindo no chão seguido de um grito. A voz grossa de um homem gritou lá de dentro:            – Aria! Quanto tempo não a vejo! Já ia falar com seu tio para lhe trazer aqui. P
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04 - Thoronbar
            No dia seguinte, Aria selou Ganis, pegou sua espada, arco e aljava com flechas e as amarrou à sela. Águia não estava lá, talvez tivesse saído para esticar um pouco as asas, pensou Aria. Já era quase uma hora quando tirou Ganis do celeiro. Vendo que Aria estava para sair, tia Célia foi até ela.             – Aria, onde está indo? – tia Célia perguntou.             – Estou indo a Thoronbar – respondeu Aria. – A senhora vai precisar de mim hoje?             – Não, não – disse tia Célia. – Pode ir, não vou precisar de ajuda hoje. Divirta-se!             – Até mais tarde! – disse Aria e saiu.             Montou em Ganis
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05 - O presente
            No horário combinado Aria foi até o local de encontro. Novamente Tumen já a aguardava lá, sorridente. Ela acenou pra ele.             – Boa tarde – ele cumprimentou.             – Podemos ir? – perguntou Aria.             – Claro.             Embrenharam-se na floresta e seguiram para Thoronbar. Tumen queria conversar, mas estava sem jeito de iniciar a conversa, não sabia o que dizer. Aria também não falou nada até chegarem à clareira.             Ao desmontar de Ganis e amarrá-lo a uma árvore, Águia recebeu Aria em Thoronbar, voando ao redor dela.             – Ainda estou impressionado com sua
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06 - O pomar
            O sino tilintava amarrado ao cinto de Tumen. Logo à frente, um sino semelhante ao dele também retinia preso ao alforje de Aria. Naquela tarde a garota os levava por um caminho diferente. Cavalgavam por uma parte da floresta que era bem próxima à Cidade das Árvores.             – Hoje vou levá-lo a um lugar bastante conhecido – comentou Aria. – Podemos ter a sorte de o lugar estar vazio, pois caso encontremos alguém, teremos que voltar.             – Por quê? – perguntou Tumen, curioso.             – O lugar tem dono – foi tudo o que Aria disse. – Já estamos chegando.             Eles entraram num local que parecia ser uma fazenda. Árvores frutíferas diversas haviam sido
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07 - Uma conversa muito séria
            Aria se sentou, apreensiva com o que seu tio tinha para lhe falar. Anne que preparava o jantar tentava não olhar nos olhos de Aria. Tia Célia estava com o rosto preocupado, mas tio Palomir tinha a expressão séria. “Será que ele descobriu que estou passando minhas tardes com um homem desconhecido? Ou será que contaram a ele que furtei o pomar real?”             – Tio... – começou Aria, mas foi interrompida.             – Aria, quero lhe dizer algo – disse tio Palomir.             – Tio Palomir, eu juro que eu não farei de novo – tentou explicar Aria.             Tio Palomir riu. “Como ele pode estar rindo se o assunto parece ser tão sério”, pensou Aria.     &n
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08 - Casamento
            Aria acordou cedo. Vestiu-se, tomou seu desjejum e foi procurar tia Célia. Ela estava no celeiro olhando para um grande porco que não estava ali na noite passada.             – Tia, onde conseguiu esse porco? – perguntou Aria. – E o que vai fazer com ele?             – É para a festa do casamento de Anne – respondeu tia Célia. – Seu tio o comprou no mercado. Era o maior que havia lá.             – A festa vai ser aqui? – perguntou Aria.             – Não. Na casa de Julian – disse tia Célia. – Lá é maior, vamos levar tudo para lá hoje. Vou esperar seu tio chegar para matar o porco e depois nós vamos prepará-lo.         &nb
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09 - A cachoeira
            Como havia prometido em seu último encontro, Aria foi para Thoronbar. A garota brincava com Águia quando ouviu um relincho perto da entrada da campina. Ao se virar deparou com Tumen que acenava sorridente para ela. Aria correu em direção a ele. Sentiu uma imensa vontade de abraçá-lo, mas achou que seria inadequada essa atitude, então apenas o tocou de leve no ombro.             – Que bom vê-lo! – disse Aria, sorrindo.             – Bom ver você também – disse Tumen.             – Conte-me o que fez durante esses três dias – disse Aria, indo se sentar na grama.             – Não fiz muita coisa – Tumen sentou-se ao lado dela. – Ajudei meu tio a resolver alguns problemas
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10 - Preocupações
            Tumen já aguardava Aria na cachoeira, no horário de sempre. Quando ela chegou, o rapaz deu um abraço tão forte em Aria que os pés dela saíram do chão. Ele a beijou ternamente e a puxou até uma área sombreada sob as árvores.             – Como está o corte? – perguntou Aria, passando a mão onde ela havia cortado – Está melhor?             – Logo vai cicatrizar – disse Tumen. – Além de ter uma boa pontaria, também é boa na esgrima.             Aria riu.             – Luto bem – disse Aria. – Mas prometo que não vou lhe cortar nunca mais.             – Não quer mais duelar comigo? – perguntou Tumen. &nb
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