Noah sai pela porta da frente com uma mochila preta nas costas – roupas, imagino – alguns minutos depois. Ele para de postura curvada e abatida, os lábios entreabertos prestes a dizer algo, mas desiste. Entrego a caixa e o loiro a guarda no primeiro zíper da bolsa, em silêncio e remoendo palavras. Meu estômago ronca com o cheiro de massa doce frita e café e soa tentador devorar qualquer comida com muito açúcar agora. — Quer a verdade? – Indago cruzando os braços. — Está bem, lhe direi a verdade. Mas, vou precisar de café, é uma longa e complicada história para se contar sem cafeína e açúcar no sangue. Me viro, pronta para atravessar a rua para um café francês do lado oposto e seu toque me surpreende, enviando correntes de calor pelos poros despertos. Paro, desvio os olhos dos dedos paro o rosto dele, mais calmo e receoso. — Desculpe. – O loiro diz cabisbaixo e suspira meneando a cabeça negativamente, decepcionado consigo mesmo. — Foi cruel o qu
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