Rio de Janeiro, 1888 Eloise estava na cozinha da sua casa falando com Ignácia: — Deixa um cesto pronto com alguns pães, biscoitos, que logo eu passo buscar. Ignácia havia sido escrava na fazenda dos pais de Eloise, mas após a absolvição ela permaneceu na casa, juntamente com mais alguns recebendo um salário. Embora o salário fosse muito precário, ao menos ela ainda podia continuar residindo na casa dos senhores. Os outros escravos não tiveram a mesma sorte e agora encontravam-se sem teto e sem ter o que comer. — Senhorita, se o seu pai descobre o que está fazendo, ele vai puni-la. Eloise tentava ajudar os escravos que antes trabalhavam na fazenda de seu pai e embora Ignácia apreciava a atitude da moça, tinha muito medo por ela. — Não se preocupe, ele não vai descobrir, está em seu escritório a horas trancado com outros fazendeiros. Mesmo a contragosto, Ignácia deixou uma cesta pronta enquanto Eloise buscava um ch
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