Suas mãos estavam sobre o meu cabelo, pesada a sua mão era pesada enquanto tentava ser gentil. Fingia dormir, mas o aperto em meu peito continuava pontadas e pontadas agudas em meu peito enquanto a cena se repetia em minha cabeça. Casa, eu só pensava que devia ir para casa, esperava que Gregório estivesse esperando por mim, estava com medo, mas tinha que fingir calmaria. A porta do meu quarto abriu um vento gelado passou pelo meu rosto, mas continuei fingindo que estava dormindo, ele não parou um minuto de mexer em meu cabelo.-- Ela deve me odiar -- disse ele com uma voz nem um pouco arrependida -- diga-me que o matou? A pontada aumentou, não podia me mover, não podia chorar, a escuridão era meu único refúgio naquele momento, então pode morder meus lábios reprimindo meu próprio grito enquanto em uma oração silenciosa esperava que ele estivesse vivo.-- Infelizmente não -- as mãos de Matheus fecharam-se sobre meu cabelo -- mas a mulher está morta.-- A governanta? Ele então soltou meu
O policial segurou meu corpo me colocando para trás dele, Lucas estava do lado de Matheus seus olhos estavam neutros, não havia menor expressão de pena em seu rosto. Não ousei olhar para Matheus me escondi atrás do policial as mãos tremiam, mas não iria correr em sua direção apavorada o celular caiu no chão podia ouvir de longe a voz desesperada de Gregório, mas tive medo de falar naquela hora.-- Quem é vocÊ? -- perguntou o policial colocando a mão em sua arma -- o conhece jovem?-- É meu sequestrador.-- Que garota má -- gritou Matheus ao mesmo tempo que o policial levantou a arma na direção de ambos -- Camila -- disse meu nome suavemente -- venha até mim, então poderei perdoá-la. Havia mais frieza em suas voz não podia voltar, não podia, não importava se fosse levar um tiro naquela hora ou não ou se sua raiva iria me matar de vez, mas estava cansada de seus joguinhos, então segurei com firmeza a blusa do policial, pronta para ter a minha liberdade custe o que custar.-- Gregório --
-- Eu só vou perguntar uma vez -- a voz de Matheus era agonizante, ele mal conseguia olhar em meus olhos eu não parava de chorar sentada na cadeira só conseguia me contorcer, Lucas estava parado de frente para mim com o rosto fechado e os olhos semicerrados -- quem lhe deu a chave?-- Eu não sei -- gritei em sua direção enquanto me encolhia na cadeira tive sorte que ele não olhou para mim, pois meus olhos procuraram o de Lucas, ele xingou baixinho balançando a cabeça -- a chave estava no quarto -- falava nervosa e esperava que ele achasse que o medo e não a mentira estivesse me guiando -- eu apenas corri. Ele virou seu rosto para mim, então andou em minha direção, chorei, abaixei a minha cabeça e segurou meus ouvidos, ele iria me bater, estava pronto para seu golpe, mas não conseguia parar de tremer.-- Mentiras e mentiras -- disse ele como se estivesse cantando uma canção -- não acha qie ela mente mal Lucas? A sua voz era sarcástica, ele riu batendo em seguida em sua cabeça, a risada
-- É uma péssima mentirosa -- Lucas segurava meu ombro com violência enquanto me levava de volta para o meu quarto a pedido de Matheus, ele não havia suspeitado de seu amigos, não havia engolido a minha história, mas havia deixado para lá, por enquanto, não sabia por quanto tempo, mas não estava a salvo ainda -- continuei sendo uma boa garota, é talvez, ele esqueça isto. Ele abriu a porta do meu quarto me jogando para dentro, mas não deixei que a porta se fechasse por completo, ele encarou meu rosto enquanto meu pé mantinha a pequena brecha da porta aberta.-- Preciso ir para casa -- ele estava prestes a falar, mas continuei sem deixar que ele terminasse -- ele está louco, você mesmo parece perceber essa loucura, ele vai acabar matando a si mesmo desse jeito.-- Cale a boca -- ele bateu em meu pé segurando a porta em seguida -- não ajudei você, estou salvando a vida dele, não a sua, não me importo se ele atirar em sua cabeça, não me importo com você, é você que vai acabar matando ele.
O som da liberdade pode começar com sons altos de tiros, o sol já estava sobre meus olhos naquela manhã, mas não foi o que me fez saltar na cama. Os tiros altos é o que me fizeram pular para o chão, não sabia se estavam muito perto, mas tinha certeza que estavam dentro da casa, inimigos, era tudo que eu pensava. Arrastei meu corpo para o banheiro, precisava trancar a porta e me manter segura até a chegada dele ou de alguém, mas então eu parei algumas esperança correu em meus olhos, então me levantei com as pernas tremendo na esperança, abri a janela, vários carros estavam em volta da propriedade, polícia atirava um confronto direto.-- Ele está aqui. Voltei meu rosto para a porta, algum sinal eu precisava dar a eles algum sinal, voltei meu rosto para o quarto peguei a cadeira da escrivaninha, então com toda a força que consegui jogar ela pela janela, cacos de vidros explodiram em toda direção. Cai em seguida no chão, a cadeira estava sinalizando onde eu estava, se ele entendesse eu n
Gregório seguia pelos corredores da casa, os tiros pareciam ter diminuído, mas a dor em meu corpo era latente. Não conseguia manter mais o olhos abertos a escuridão parecia me chamar para casa encostei minha cabeça em seu ombro, ele estava quente, muito quente do jeito que eu lembrava. Estava em casa, mas começava a me perguntar o que aconteceria depois daqui.-- Não feche os olhos -- resmungou ele com seus lábios entre meu cabelo, mas eu estava cansada -- está ouvindo? -- a memória de sua voz estava nítida em minha mente, ele estava certo no fim das contas, talvez, ele não fosse o vilão da história toda, mas ainda tinha dúvidas de como seria nossa trajetória depois de sairmos da casa -- Camila? Não sabia porque ele gritava meu nome, mas sentia que meu corpo descansava, finalmente, sentia uma brisa fresca em minha pele, ele ainda chamava meu nome, mas eu queria dormir, queria manter-me tranquila sem sentir dor novamente.-- Ela levou um tiro? -- a voz estava distante, mas sabia que er
-- Ele -- havia um nó em minha garganta, não conseguia olhar para Gregório enquanto ele me contava o ocorrido havia uma agulha em meu pulso impedindo que eu me movesse muito sentia dores em todo lugar do meu corpo, mas agora elas pareciam insignificantes se comparadas a dor que eu sentia agora uma agonia um frio em meu estômago uma sensação desconfortável que causava pontadas em meu coração -- não entendendo.-- Seu pai -- a palavra dita em sua boca fez meu coração dar mais um salto de terror -- achava que você não era filha dele, então não a desejou mais -- ele tentava encontrar palavras delicadas para descrever a tragédia que fez com que nós dois se conhecesse -- ele a vendeu, primeiro a Matheus antes de mim, pois ele queria que você sofresse, então cobrei a minha dívida e em troca desejei você, ele não recusou já que achava que Matheus estivesse morto, mas eu sabia pelo boatos que estava vivo. Ele olhava em meus olhos de forma intensa tentou aproximar sua mão da minha, mas então re
Não estava acostumada ao silêncio daquela casa, ela era minha, mas era diferente, era silenciosa, assustadora. Não consegui dormir naquela noite depois que saí do hospital. Gregório não necessitava mais que eu tivesse um guarda-costa, todo perigo havia acabado, todos estavam fora de vista para sempre. Ainda sentia calafrios só de pensar o que havia acontecido em casa, não conseguia imaginar a cena de meu pai ou o que havia passado em sua cabeça, mas eu ainda pensava que devia dar-lhe o perdão.Levantei da cama incapaz de dormir, andei passos curtos para a sala, sentei no sofá e agarrei minhas pernas. Tentava de qualquer jeito imaginar a cena, mas então a coragem não me deixava ir longe demais um equívoco havia causado todo este tumulto uma vingança, um ódio por algo que jamais havia acontecido, tudo estava parando sobre a sua cabeça, mas nunca aconteceu o que a sua mente imaginava.Foi a batida em minha porta que me despertou aquela manhã ainda estava meio zonza olhei para o relógio