-- Ela está viva -- minhas mãos tremiam meu rosto endureceu enquanto encarava aquela garota viva e bem, suspirei pesadamente, balançando a cabeça, não estavam mais juntos, mas ele continuava atrás dela -- ela não mora mais com ele? O detetive sentava em meu sofá como se a casa pertencesse a ele, esticou um pouco as pernas, coçava a cabeça e balançava os braços olhando para a mobília seu rosto era de pura desaprovação.-- Não -- respondeu ele de má vontade -- ele deve ter levado um chute, mas é um homem persistente, mas pelo que eu soube ela desapareceu, o rosto dela estava estampado em folhas de desaparecida, foi encontrada, mas não está mais morando com ele, mora na sua antiga casa -- ele se inclinou em minha direção com um olhar curioso -- está interessado neste homem?-- Não é da sua conta -- respondi virando meu rosto para as fotos -- não te pago para saber da minha vida.-- Claro que não -- disse ele com um sorriso debochado voltando a sentar em meu sofá de forma despojada -- pr
-- Não pode me demitir -- Gregório não olhava em meus olhos estava focado em seu trabalho no computador o rosto estava fechado -- estou falando com você?-- Agatha -- ele continuava sem olhar para mim, mas o tom de sua voz havia me assustado era melancólica com uma mistura de autoridade -- deixe a minha vida em paz.-- Não sei do que está falando -- cruzei os braços sorrindo em sua direção, mas ele continuava me ignorando -- ela não é a garota certa, o papai disse isso a você, mesmo ele tendo deixado o assunto para lá, acho que não posso deixar você afundar a sua vida.-- Não amo você -- respondeu friamente digitando algo no notebook sem prestar a atenção em mim -- não sinto nada por você, apenas laços de irmão, desista disso ou teria que tomar medidas cautelosas contra você.-- Não teria coragem. Bati a mão na mesa tentando fazer com que olhasse para mim pelo menos, mas lá estava ele, olhando para o notebook como seu não existisse em sua frente.-- Está demitida -- disse de novo -- p
-- Pode começar com um pedido de desculpas -- não olhava para ele, estávamos parados no estacionamento da polícia ainda, ele não me deixava passar -- pedido de desculpas. Repetiu ele cruzando os braços em seu peito, rir, mas não podia usar minha influência como gostaria, não podia ligar para meu pai para resolver o problema, ele iria rir de mim, ele estaria rindo, a filhinha do papai a garota que não pode se resolver sozinha, não, não deixaria que ele zombasse de mim de novo.-- Não lhe devo nada -- respondi cruzando os braços da mesma forma que ele -- quero ir para casa, saia da minha frente ou eu vou gritar.-- Segunda coisa -- continuou ele ignorando a minha ameaça -- deixe a garota em paz, viva a sua vida, ele não quer você é a menina não tem culpa de nada. Aquele olhar, aquele olhar estava nele também, do mesmo jeito que Gregório falava dela, todos, todos pareciam estar apaixonados por aquela garota.-- Cale a boca -- gritei ignorando que ainda estávamos perto da delegacia, então
Não devia estar ali, eu sabia disso, mas estava, ele ainda fazia meu coração saltitar, havia raiva em meus olhos. Estava distante de seu carro, ele, pessoalmente, colocou um buquê de flores na porta dela, uma cesta recheada, resmunguei comigo mesmo o quanto era patético, mas desejava que fosse a mim que ele oferecia essa delicadeza. Suspirei enquanto cruzava os braços era madrugada, ele ficou parada na porta por mais de meia hora e ainda não havia saído era a segunda vez que fazia isso, pelo menos era a quantia de vezes que eu havia seguido ele até a casa dela. -- Bisbilhotando -- meu coração saltitou um grito estava prestes a sair de mim, ele segurou a minha boca -- shii -- disse ele rindo para mim -- não acho que ele vale todo o seu interesse que homem entediante, não acha? Empurrei seu corpo para trás, as suas palavras voltaram novamente, mas não acreditava que ele tinha algum interesse em mim, pelo contrário tudo que este homem fazia era zombar de mim.-- Não tem outros serviços?
Não devia ter seguido ele, devia ter ido para casa, não devia dar a chance de ele achar que eu queria estar com ele. Não queria, mas estava em seu carro seguindo rumo que eu não tinha certeza qual era um detetive particular em um carro escuro. Uma garota rica que tinha tudo que desejava um destino cruel para mim, não pude deixar de rir comigo mesmo.-- Qual é o seu trabalho hoje? -- perguntei enquanto fingia indiferença -- vigiar alguma amante? -- Meu trabalho é mais sério do que pensa -- ele esticou os braços para o envelope atrás do carro e colocou sobre os meus joelhos -- uma criança desaparecida.-- Isso não é trabalho para a polícia. Retruquei enquanto abri, curiosa o envelope pardo em minhas mãos.-- Se eles fizessem o trabalho bem feito não teríamos pessoas estampadas nas caixas de leite. Uma foto de uma criança olhos grandes, pele clara, olhos castanhos escuros, cabelos ondulados um sorriso tímido encarando meu rosto, uma pequena menina, tinha pela aparência uns seis anos de
Não devia estar aqui, não devia estar aqui, repetia a mim mesma enquanto a estrada ficava cada vez mais longe da cidade Grande. Fingia não demonstrar medo, mas começava a pensar se era um bom plano seguir José por aí, ele não era um policial, nem tão pouco eu era. Eu tinha apenas as minhas unhas para me proteger, virei meu rosto para ele em silêncio procurei pelo carro algo que pudesse ser usado caso fosse atacado pelos bandidos.-- Você tem uma arma? Perguntei logo em seguida abrindo o porta luvas, salgadinhos e documentos que estavam presentes no local.-- Tenho -- respondeu ele piscando para mim -- mas não está guardada no porta luvas.-- Isso não é uma brincadeira.-- Mas eu não estou brincando -- ele virou o rosto para a estrada bem mais sério -- não há necessidade de ficar com medo, eu estou aqui, não vou deixar nada acontecer com você.-- Não estou com medo -- minha voz vacilou e eu revirei os olhos para a janela, ele sabia que era mentira, o silêncio parou por alguns segundos
Tudo que eu queria saber é porque estava caminhando para aquele carro, olhei duas vezes para trás para ter certeza que meu pai estava me vendo, que ele estava vendo o que ele estava fazendo. Eu sabia porque estava sendo vendida, pois meu pai havia feito uma dívida alta demais para ser paga, perderiamos tudo se a proposta não tivesse aparecido, não pude negar, por mais que eu tentasse dizer "não" a mim mesma. Eu disse "sim" para meu pai, mas o que tinha me abalado foi o fato de ele nem ter tentando me persuadir, ele estava com mais medo do que eu estava. Ele havia tomado toda a decisão muito antes de minha resposta e pude jurar que havia visto ele sorrir quando eu não recusei, mas eu também acreditava que estava assustada demais e tudo que eu via poderia ser fruto de minha imaginação.Gregório era um homem rico de uma emprésa de tecnologia muito respeitado por todos, quando meu pai havia me comunicado que era ele quem me queria, não pude deixar de não demonstrar espanto, pois não fazia
Me recusei a dar um único passo para dentro da mansão de meu dono, então fui de novo levada por ele para dentro, ele pegou em minha cintura de forma grotesca, ele apertou com força para que eu não caísse no chão e saiu andando para dentro da mansão comigo sendo arrastada. Podia ter sido vendida, mas me recusaria até o último minuto de ser dele, fui arremessada no chão da sala, ele me olhou profundamente e jurei que aquele fosse meu último dia viva, pois ele encarava cada parte de mim com um rancor e ódio.Apenas fiquei pensando o que meu pai havia feito para que ele me vendesse para este homem, qual era a dívida é por que eu fui escolhida como moeda de troca nesta brincadeira. Até onde este homem estava disposto em me manter viva, ele continuava encarando meu rosto e foi no momento que reparei em uma especie de pena vindo de seus olhos que tentei implorar, então olhei para o chão juntei as mãos em uma espécie de súplica e me arrastei para perto de meu agressor, arrastaei olhando para