Serpente

Ele continuava me encarando com aquele olhar terno ao mesmo tempo autoritário, depois de ponderar sobre as tuas mãos nas minhas perceber que estava de certo modo mais calmo do que da última vez que havia visto. Achei que devia tirar algumas informações sobre o contrato, algo que ele soubesse que pudesse iluminar os motivos de meu pai por trás de tudo que ele estava tramando. Queria uma justificativa aceitável, algo que pudesse me fazer perdoá-lo por completo, mas sentia que no fundo, não devia achar algo que pudesse redimi-lo, apenas devia começar a encontrar ira para ele, mas ainda acreditava que tudo que ele fazia podia ser justificável.

-- Estava conversando com meu pai?

-- Aquilo não devia ser chamado de pai -- respondeu ele fazendo uma careta depois virando seu rosto para a porta onde ele havia saído com pressa seu rosto escureceu como se estivesse lembrando de algo, então voltou para a minha direção -- a partir de hoje ele não é mais seu pai.

Ele falava aborrecido mal virava
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