-- Por favor -- implorei puxando o corpo da governanta, ela apenas me empurrou para dentro do quarto e sem dizer uma única palavra me trancou na torre mais alta do castelo do lobo mau -- sua vaca. Gritei para a parede, pois não houve resposta de ninguém, eu não ousei olhar para quarto à minha volta, joguei meu corpo naquele chão frio e duro e decidi ficar naquela posição até que algo acontecesse e fosse me ver por algum motivo, mas meu protesto não durou nem cinco minutos. Levantei virando meu rosto para o quarto duas vezes maior do que a cozinha de minha casa.
Uma cama enorme estava no centro, um guarda roupa gigante estava do lado direito e um espelho que ultrapassa meu tamanho estava grudado na parede. Uma mesinha do lado direito perto da janela continha um notebook, papéis, canetas e muitos outros objetos, uma porta levava para o banheiro era o que eu havia concluído, mas não ousei entrar. Sentei-me na cama, então depois de um silêncio e de ninguém aparecer eu me joguei nela deixando com que meu corpo relaxasse, então só depois percebi que havia dormido. Em meu sonho eu era resgatada por alguém, ele chegava derrubando a porta e me levando para casa, meu pai era meu herói e não o vilão da história.-- Espero -- disse uma voz rouca puxando meu cabelo delicadamente para o lado -- que esteja sonhando comigo.Levantei em um salto, mas não havia visto que ele estava bem à minha frente e bati em sua cabeça. Minha testa bateu na sua, mas ele não se moveu, nem parecia ter sofrido nenhum impacto com meu movimento, apenas levantou a mão em minha direção puxando minha testa para o seu rosto, analisando se eu estava bem. Então, eu mesma saí de perto dele engatinhando para longe, pegando o cobertor em seguida e cobrindo cada parte de meu corpo, eu podia ter sido vendida, mas jamais seria usada, ele me olhou de longe tão friamente que se pudesse acredito que já teria me matado.-- O que você quer ? Perguntei quando o silêncio entre nós dois permaneceu, ele não desviava o rosto de minha direção o que era constrangedor e irritante, mas parecia ser para ele algo muito comum, pois ele estava determinado a manter o olhar sobre minha direção, então fui obrigada a procurar um objeto no quarto para não precisar continuar olhando em seu rosto.-- Olhe para mim -- disse ele com aquela voz rouca atravessando o quarto eu não virei meu rosto em sua direção, ele parecia controlar a raiva ou tentava -- não lhe dei o que queria, pelo menos devia agir com mais amabilidade para comigo.-- Não lhe devo nada. Gritei virando meu rosto em sua direção, mas foi exatamente o que ele esperava, pois estava parado a centímetros de distância de mim, levantei a minha mão pronta para atingir seu rosto, mas foi pega no ar, ele aproximou-se de mim e eu sabia o que ele queria, mas não iria ceder meus lábios para ele.A governanta abriu a porta a tempo de fazer com que ele desse passos para trás. Sem olhar em minha direção ele levantou da cama, enquanto a governanta encarava o chão perplexa por ter nos interrompido, ele pareceu um pouco incomodado com o que havia feito.Então, me deu mais um olhar e este era atrevido e rancoroso ainda com aquele mesmo rosto nebuloso, que seguiu para longe de mim. A governanta só levantou a cabeça depois que ele havia saído, encarou meu rosto de longe, então veio levando a bandeja com frutas e pão colocando na pequena mesinha que estava próxima a janela.-- Ele me mantém prisioneira -- disse esticando meu corpo para a sua direção com alguma esperança que ela pudesse vir a me salvar -- por favor -- disse enquanto ela arrumava a mesa para mim -- precisa me ajudar a sair daqui. Ela não virou seu rosto para mim concentrada em continuar seu serviço. Percebendo que não teria respostas suas sentei na cama novamente encarando o cobertor, estava claro naquele momento que não havia escapatória.-- Ele não é um homem mau -- disse ela depois de alguns minutos quando já estava saindo do quarto -- apenas obedeça e tudo vai ficar bem.Eu tentei falar, mas ela parecia saber que eu tentaria convencer ela de alguma forma, então antes de que eu pudesse pronunciar qualquer coisa, ela virou seu rosto, então partiu para longe de mim, eu estava sozinha de novo, mas uma vez. Demorei para sentir fome, pois permaneci naquela posição por um bom tempo fiquei vagando pela minha própria mente até que senti o barulho estranho no começo pensei que fosse um rato se movendo para um lado e para outro. Até perceber que o barulho vinha de mim o meu estômago estava reclamando, então levantei devagar indo na direção do lanche e obriguei a mim mesma a comer tudo que me ofereciam.Então, o vi de novo, ele estava no jardim falando com alguém no celular. Andava de um lado para o outro reclamando e gritando com uma voz mais autoritária e amedrontadora. Consegui ver algo que não havia visto antes, ele tinha marcas por todo o corpo, mas não era tatuagens, mas sim marcas de alguém que havia recebido uma chicotada bem forte, que ficaria para o resto de sua vida, algumas iam até seu pescoço, mas não poderia dizer se estavam em seu abdômen ou no resto do corpo escondido pelas roupas que usava.Quando seu rosto virou lentamente em minha direção, corri para ir para baixo da mesa, concentrei-me a permanecer escondida. Meu coração batia, batia aceleradamente e as minhas mãos tremiam imaginando, ele me vendo naquele momento encarando ele. Esperei cinco minutos, então levantei meu rosto devagarinho e lá estava ele, parado, olhando em minha direção me fuzilando com seu olhar, havia sangue, raiva e tudo misturado naquele rosto e sendo jogado diretamente em minha direção. Com alguma ousadia levantei meu rosto encarando o dele e fechando a cortina em sua cara, não ousei olhar novamente para fora, mantive-me naquele mesmo lugar esperando, esperando para o que pudesse vir a acontecer.- Está se movendo demais.Disse um sussurro perto de meu ouvido e senti ainda uma mão pesada em minha cintura pressionando a minha pele. Algo estava em cima do meu cabelo e a cada minuto eu sentia uma coisa gelada tocando ele e depois puxando o ar como se estivesse cheirando. Além disso, eu estava confortável mesmo com um medo terrível, um calor reconfortante invadia aquele quarto. Um cheiro de madeira misturado com aroma de uma selva passava pelo ambiente com alguma ousadia deixei que meu sonho continuasse.Eu congelei só quando notei que não era um sonho a mão enorme tocou em meu estômago puxando todo o meu corpo para o grande corpo atrás de mim. Tremi, como uma criança assustada e só senti um pouco de alívio quando percebi que era meu dono o medo de ser outro homem era um pouco mais apavorante, a primeira coisa que fiz foi tentar me afastar, mas ele segurou com firmeza minha cintura enterrando seu rosto em meu pescoço, então eu tive que fazer o que pudesse para ele sair de cima de
Não ousei questionar meu dono o acordo de secretária no fim era uma farsa uma esperança que eu havia achado para minha própria cabeça, não consegui comer mais nada a minha frente. A governanta até tentou me fazer comer um pouco mais, entretanto eu me levantei a ignorando. Andei por aquele lugar tentando encontrar uma saída havia muitos cômodos, biblioteca, salas e mais salas de escritório e outras com cômodos menores, assim como inúmeros quartos de visitas. Quando coloquei a mão na porta para sair, ela estava trancada e conseguia ouvir o som forte da empregada que me acompanhava enquanto eu tentava achar uma saída. Dei mais um empurrão com força e quando ela abriu eu estava prestes a correr até o portão de ferro.Cães latiram em minha direção dentes afiados corriam para mim, então eu corri gritando para que eles se afastassem eram dois deles grande e negros vindo como se eu fosse uma ladra. Não consegui ir muito longe, pois as pernas tremiam, que uma pequena pedra na minha frente fez
Uma secretária não era exatamente o que eu era para ele, isto era óbvio quando entrei na empresa, ele segurou a minha mão e por mais que eu tentasse impedir, ele segurava com uma força que não conseguia sair de suas garras. Todos estavam nos esperando no salão principal da empresa com a cabeça baixa olhando para o chão em uma espécie de reverência esquisita. Alguns rápidos olhares vinham em minha direção com um olhar de rancor e ódio era evidente que eu já estava sendo esperada. Quando entramos no elevador esperei para que ele soltasse a minha mão, mas ele não o fez com alguma coragem dentro de mim. Chutei, chutei a sua canela esquerda, ele virou seu rosto para mim o impacto não o atingiu como eu desejava nem mesmo a surpresa pelo meu movimento. Então, ela sorriu com o rosto diabólico e apertou com força a minha mão, por alguns segundos segurei a dor, mas não por muito tempo. -- Para -- disse sem olhar em sua direção -- está me machucando. Ele relaxou a mão em seguida, virando seu
Senti um cheiro terrível de álcool é um som de falas a distância em sussurros o nome de meu dono era falado de forma grossa e depois risadas vinham juntas. Senti alguém empurrando minha cabeça para o lado como se estivesse vendo meu rosto, então ouvi de longe uma porta batendo com força. Tentei abrir meus olhos, mas estava cansada, não cansada, mas fraca sem forças para lutar contra o sono que parecia querer me vencer.Foi o toque do meu celular que me fez abrir os olhos em um salto, não pude gritar a faixa em minha boca impedia que meu grito fosse ouvido a única coisa que conseguia emitir era sons de gemidos e de dor. Dois homens estavam à minha frente, usavam roupas escuras, estavam sentados mais a frente em duas cadeiras, eu sabia que estava em uma casa antiga e suja. Não estava escuro, mas eu podia ver pelo leve clarão que vinha da janela que já passava das quatro da tarde as lágrimas foram incapazes de serem seguradas ao mesmo tempo que o medo me invadia o rosto de meu pai voltava
Não fazia ideia de que horas eram muito menos quanto tempo eu estava naquele lugar, eles dois haviam saído me deixado sozinha naquela escuridão. Mal conseguia manter o olhar aberto, mas ainda sentia a mão do homem sobre meu pescoço penetrando com força a minha pele. Ela parecia estar ali presente é era a única coisa que me mantinha ainda acordada com medo do pior que podia acontecer. A casa era velha e estava toda coberta por uma manta escura nas janelas não transmitindo muita luz para dentro dela. O que me fez deduzir que era uma casa abandonada, talvez as janelas estivessem quebradas eu estava na sala, mas não havia um sofá, nem Tv, apenas duas cadeiras que antes estavam meus agressores uma mesa de bar estava mais a frente, mas muito suja para alguém querer usar. O barulho da tranca fez meu coração dar um salto e virei meu rosto para um lado, então tentei com os pés ainda livres para trás. Quando a porta abriu o cigarro foi jogado no chão ele pisou em cima de uma olhada para t
Ele sorria como um animal não havia uma única pitada de remorso em seu olhar estava concentrado em encarar meu rosto com aquele olhar diabólico. Quando chegou perto de mim colocou a faca sobre a minha garganta e pediu mais uma vez por silêncio, então tirou a fita da minha boca. Meus lábios tremiam, assim como meu corpo, mal conseguia manter a posição em que estava, tremia como louca esperando pelo pior. O barulho da porta fez ele virar seu rosto, mas eu não conseguia ver quem estava vindo continuava tremendo tentando manter minha cabeça erguida com aquela faca apertando meu pescoço. O movimento foi rápido demais para eu entender o que estava acontecendo, a faca desapareceu de repente, quando levantei meu pescoço eu só pude ver um corpo familar em cima de meu agressor. Ele parecia um animal irracional que batia sem parar e sem nem mesmo tremer várias e várias vezes no homem que estava caído no chão de frente para ele. Seu rosto não tremia enquanto batia no sequestrador estava tão fora
Ele não me deixou andar nem mesmo quando havíamos chegado em sua casa, ele seguiu direto sem chamar nenhum dos empregados para a sua direção. Subiu as escadas para o meu quarto e me colocou sentada na cama, eu não havia reparado, mas meu cabelo estava bagunçado e as minhas roupas meio rasgadas, ele me olhava com certo olhar assassino que eu sabia que não era dirigido a mim especificamente, mas para os meus sequestradores. Ele permaneceu agachado de frente para mim, a primeira coisa que fez foi tirar meu sapato com delicadeza. Agora, que a adrenalina a pressão já não estava mais sobre mim eu sentia dores por toda parte de meu corpo foi quando percebi que havia machucados ainda com sangue presentes em meu corpo coisa que não havia reparado antes, pois estava apavorada demais com a situação para reparar em meus ferimentos. -- Onde vai ? Disse pegando em seu braço segurando sua camisa quando ele havia se levantado, ele encarou meu rosto, então, olhei em volta ainda tremendo olhando para
Ele se levantou me deixando sentada no sofá sem uma única vez olhar para trás, ele seguiu tão decidido em cada uma de suas palavras. Só que eu não queria nada que vinha dele, não tinha caprichos para ele poder esbanjar em mim como parecia querer, queria a minha liberdade. Queria voltar para casa, mas começava a pensar se eu tinha uma casa para voltar se eu tivesse alguém esperando por mim. Começava a pensar que ele poderia ser meu único lar naquele momento, balancei a cabeça para mim mesma enquanto tentava me levantar. Andava devagar até a janela e abri um pouco a cortina olhando para os cachorros correndo no quintal. Ele não conseguia compreender que havia feito um acordo desumano, eu era uma pessoa, não podia ser dada como uma barganha, mas ele não era exatamente o problema, pois foi o meu pai que havia me dado, esta era a parte que eu tentava fingir que não havia acontecido. Virei meu rosto rapidamente para a porta esperando por ele, então a governanta entrou logo em seguida. El