- Está se movendo demais.
Disse um sussurro perto de meu ouvido e senti ainda uma mão pesada em minha cintura pressionando a minha pele. Algo estava em cima do meu cabelo e a cada minuto eu sentia uma coisa gelada tocando ele e depois puxando o ar como se estivesse cheirando. Além disso, eu estava confortável mesmo com um medo terrível, um calor reconfortante invadia aquele quarto. Um cheiro de madeira misturado com aroma de uma selva passava pelo ambiente com alguma ousadia deixei que meu sonho continuasse.Eu congelei só quando notei que não era um sonho a mão enorme tocou em meu estômago puxando todo o meu corpo para o grande corpo atrás de mim. Tremi, como uma criança assustada e só senti um pouco de alívio quando percebi que era meu dono o medo de ser outro homem era um pouco mais apavorante, a primeira coisa que fiz foi tentar me afastar, mas ele segurou com firmeza minha cintura enterrando seu rosto em meu pescoço, então eu tive que fazer o que pudesse para ele sair de cima de mim, gritei.-- Saí de cima de mim. Ele virou seu corpo para o outro lado da cama colocando as mãos em sua cabeça foi o momento que me virei para partir, mas não consegui ir muito longe. Aquela enorme mão segurou a minha perna causando um arrepio em minha pele, ele me puxou com apenas uma mão meu corpo foi deslizando de novo para aquele enorme monstro que se jogou em cima de mim de novo.-- Não devia estar feliz por acordar comigo ? Disse ele com aquela voz rouca tentando afundar de novo o rosto em meu pescoço, eu bati com toda a força que eu conseguia em seu peito duro, envergonhada e embaraçada por tocar nele, ele estava parado segurando o riso vendo me tentar machucar ele de algum jeito.-- Eu não sou sua mulher. Ele agarrou meu pulso puxando com uma única mão as minhas mãos para cima de minha cabeça, ele jogou apenas uma de suas pernas em cima de mim, então virou o rosto em minha direção, mas não chegou muito perto.-- Pare de gritar. Não consegui não tremer com medo do que ele pudesse fazer comigo naquele momento, a governanta não estava, a casa era dele, não tinha escapatória, ele podia me tocar e me esmagar a vontade, o que eu podia fazer naquele momento, nada, então ele me soltou. Soltou minha mão e saiu de cima de mim e sem virar o rosto em minha direção saiu andando para longe. Ele abriu a porta e eu corri pegando o cobertor me comprido de novo, ele então parou na porta pensativo, virou um pouco o rosto em minha direção o mesmo olhar rancoroso passou pelo seu rosto, então bateu a porta quando havia saído.-- Ele é louco.Pensei em ficar no quarto para sempre até que ele sentisse pena de mim e decidisse me jogar para fora da casa. Entretanto, meus planos foram jogados na janela a governanta voltou colocando um vestido azul na cama, ela virou seu rosto para mim dizendo que eu devia descer para tomar o café com ele, mas eu recusei e ela me lembrou que eu devia descer, pois eu era a secretária dele, assim como a sua esposa, a palavra me fez parar e virar o meu rosto para ela que estava concentrada em pegar um tamanco nas gavetas do guarda roupa.-- Não me casei com ele -- disse eu andando até ela -- não sou esposa dele.-- Mas será -- disse ela pegando um objeto de seu bolso meu rosto ficou em choque pensando em um anel, mas me acalmei quando ela tirou uma chave, então colocou de volta -- apenas desça logo, ele não gosta de esperar.Ela saiu em seguida depois de deixar a roupa que eu devia vestir na cadeira eu não pensei na palavra “esposa”, mas ela aparecia em minha cabeça toda vez que eu chegava perto do vestido. Com muita dificuldade tirei minha roupa, mas não antes de deixar a porta fechada. Coloquei a cadeira na maçaneta para impedir que ele entrasse de repente, então virei para me arrumar o mais rápido que eu podia. Pronta, corri para a porta tirando devagar a cadeira e abrindo e bati de cara com aquele corpo.-- Qual é a pressa ? Ele usava uma blusa preta, calça jeans escura é um blazer negro o rosto escuro o olhar carrancudo em minha direção, desviei meu rosto para o chão.-- Nenhuma. Respondi agarrando meu vestido com as mãos, ele estava aqui para me espancar, eu havia gritado, tentando bater nele, ele poderia me bater a qualquer momento. Ele pegou em meu braço sem nenhuma delicadeza e saiu me puxando pelo corredor eu não consegui reparar ao meu redor, andava apressado entrando em um outro lugar e por fim na sala de jantar.Uma mesa com muita coisa estava pronta, três empregadas estavam de cabeça baixa no canto da sala olhando para o chão. A governanta estava no centro delas, mas também mantinha a cabeça baixa, ele esticou seu braço me levando para sentar na cadeira ao lado da sua, a mesa era quadrada, ele sentou no centro e eu sentei ao seu lado direito. Ele ignorou a minha presença pegando tudo que estava em sua reta e começando a comer e olhando para a tela do celular em seguida, ele gritava, e esperneava com alguns de seus empregados, então voltava a comer.-- Come -- disse ele severo jogando a cesta de pão para o meu lado e de bolo apontando para todas as outras coisas na mesa -- coma tudo que quiser. Me contive por alguns segundos antes de começar a comer em nenhum momento ele conseguia comer sem ser interrompido por alguém que ligava, tentei me concentrar em suas conversas, mas era difícil entender algumas coisa, elas viam cortadas era algo sobre papéis, advogados e outras coisas que eu não conseguia entender.-- Esse David -- disse ele largando o celular na mesa e virando o rosto em minha direção, levantei a minha cabeça em sua direção engolindo o pedaço de pão -- ele é seu namorado ? O rosto era firme e havia nebulosidade parando perto dele, olhei de lado para as empregadas, mas todas permaneceram de cabeça baixa, então voltei para ele que não havia desviado o rosto de minha direção.-- É um amigo. Ele fechou o punho sobre a mesa encarando a comida à sua frente, então jogou a cabeça para um lado e para o outro fazendo um estalo alto, eu pulei com o som, mas me contive permanecendo comendo e tentando ignorar o seu rosto.-- A partir de hoje -- disse ele -- não há mais nada entre vocês -- ele se levantou ao mesmo tempo que a governanta aparecia, ele tirou o blazer dando a ela. As marcas em seus braços estavam lá, juntas com as veias de seus músculos contraídos, ele usou um terno por cima da camisa preta -- sou seu dono agora -- disse ele aproximando o seu rosto em minha direção, ele pegou em meu queixo o puxando para ele, eu segurei em sua braço tentando impedir que me aproximasse mais -- não me faça cometer um crime.Não ousei questionar meu dono o acordo de secretária no fim era uma farsa uma esperança que eu havia achado para minha própria cabeça, não consegui comer mais nada a minha frente. A governanta até tentou me fazer comer um pouco mais, entretanto eu me levantei a ignorando. Andei por aquele lugar tentando encontrar uma saída havia muitos cômodos, biblioteca, salas e mais salas de escritório e outras com cômodos menores, assim como inúmeros quartos de visitas. Quando coloquei a mão na porta para sair, ela estava trancada e conseguia ouvir o som forte da empregada que me acompanhava enquanto eu tentava achar uma saída. Dei mais um empurrão com força e quando ela abriu eu estava prestes a correr até o portão de ferro.Cães latiram em minha direção dentes afiados corriam para mim, então eu corri gritando para que eles se afastassem eram dois deles grande e negros vindo como se eu fosse uma ladra. Não consegui ir muito longe, pois as pernas tremiam, que uma pequena pedra na minha frente fez
Uma secretária não era exatamente o que eu era para ele, isto era óbvio quando entrei na empresa, ele segurou a minha mão e por mais que eu tentasse impedir, ele segurava com uma força que não conseguia sair de suas garras. Todos estavam nos esperando no salão principal da empresa com a cabeça baixa olhando para o chão em uma espécie de reverência esquisita. Alguns rápidos olhares vinham em minha direção com um olhar de rancor e ódio era evidente que eu já estava sendo esperada. Quando entramos no elevador esperei para que ele soltasse a minha mão, mas ele não o fez com alguma coragem dentro de mim. Chutei, chutei a sua canela esquerda, ele virou seu rosto para mim o impacto não o atingiu como eu desejava nem mesmo a surpresa pelo meu movimento. Então, ela sorriu com o rosto diabólico e apertou com força a minha mão, por alguns segundos segurei a dor, mas não por muito tempo. -- Para -- disse sem olhar em sua direção -- está me machucando. Ele relaxou a mão em seguida, virando seu
Senti um cheiro terrível de álcool é um som de falas a distância em sussurros o nome de meu dono era falado de forma grossa e depois risadas vinham juntas. Senti alguém empurrando minha cabeça para o lado como se estivesse vendo meu rosto, então ouvi de longe uma porta batendo com força. Tentei abrir meus olhos, mas estava cansada, não cansada, mas fraca sem forças para lutar contra o sono que parecia querer me vencer.Foi o toque do meu celular que me fez abrir os olhos em um salto, não pude gritar a faixa em minha boca impedia que meu grito fosse ouvido a única coisa que conseguia emitir era sons de gemidos e de dor. Dois homens estavam à minha frente, usavam roupas escuras, estavam sentados mais a frente em duas cadeiras, eu sabia que estava em uma casa antiga e suja. Não estava escuro, mas eu podia ver pelo leve clarão que vinha da janela que já passava das quatro da tarde as lágrimas foram incapazes de serem seguradas ao mesmo tempo que o medo me invadia o rosto de meu pai voltava
Não fazia ideia de que horas eram muito menos quanto tempo eu estava naquele lugar, eles dois haviam saído me deixado sozinha naquela escuridão. Mal conseguia manter o olhar aberto, mas ainda sentia a mão do homem sobre meu pescoço penetrando com força a minha pele. Ela parecia estar ali presente é era a única coisa que me mantinha ainda acordada com medo do pior que podia acontecer. A casa era velha e estava toda coberta por uma manta escura nas janelas não transmitindo muita luz para dentro dela. O que me fez deduzir que era uma casa abandonada, talvez as janelas estivessem quebradas eu estava na sala, mas não havia um sofá, nem Tv, apenas duas cadeiras que antes estavam meus agressores uma mesa de bar estava mais a frente, mas muito suja para alguém querer usar. O barulho da tranca fez meu coração dar um salto e virei meu rosto para um lado, então tentei com os pés ainda livres para trás. Quando a porta abriu o cigarro foi jogado no chão ele pisou em cima de uma olhada para t
Ele sorria como um animal não havia uma única pitada de remorso em seu olhar estava concentrado em encarar meu rosto com aquele olhar diabólico. Quando chegou perto de mim colocou a faca sobre a minha garganta e pediu mais uma vez por silêncio, então tirou a fita da minha boca. Meus lábios tremiam, assim como meu corpo, mal conseguia manter a posição em que estava, tremia como louca esperando pelo pior. O barulho da porta fez ele virar seu rosto, mas eu não conseguia ver quem estava vindo continuava tremendo tentando manter minha cabeça erguida com aquela faca apertando meu pescoço. O movimento foi rápido demais para eu entender o que estava acontecendo, a faca desapareceu de repente, quando levantei meu pescoço eu só pude ver um corpo familar em cima de meu agressor. Ele parecia um animal irracional que batia sem parar e sem nem mesmo tremer várias e várias vezes no homem que estava caído no chão de frente para ele. Seu rosto não tremia enquanto batia no sequestrador estava tão fora
Ele não me deixou andar nem mesmo quando havíamos chegado em sua casa, ele seguiu direto sem chamar nenhum dos empregados para a sua direção. Subiu as escadas para o meu quarto e me colocou sentada na cama, eu não havia reparado, mas meu cabelo estava bagunçado e as minhas roupas meio rasgadas, ele me olhava com certo olhar assassino que eu sabia que não era dirigido a mim especificamente, mas para os meus sequestradores. Ele permaneceu agachado de frente para mim, a primeira coisa que fez foi tirar meu sapato com delicadeza. Agora, que a adrenalina a pressão já não estava mais sobre mim eu sentia dores por toda parte de meu corpo foi quando percebi que havia machucados ainda com sangue presentes em meu corpo coisa que não havia reparado antes, pois estava apavorada demais com a situação para reparar em meus ferimentos. -- Onde vai ? Disse pegando em seu braço segurando sua camisa quando ele havia se levantado, ele encarou meu rosto, então, olhei em volta ainda tremendo olhando para
Ele se levantou me deixando sentada no sofá sem uma única vez olhar para trás, ele seguiu tão decidido em cada uma de suas palavras. Só que eu não queria nada que vinha dele, não tinha caprichos para ele poder esbanjar em mim como parecia querer, queria a minha liberdade. Queria voltar para casa, mas começava a pensar se eu tinha uma casa para voltar se eu tivesse alguém esperando por mim. Começava a pensar que ele poderia ser meu único lar naquele momento, balancei a cabeça para mim mesma enquanto tentava me levantar. Andava devagar até a janela e abri um pouco a cortina olhando para os cachorros correndo no quintal. Ele não conseguia compreender que havia feito um acordo desumano, eu era uma pessoa, não podia ser dada como uma barganha, mas ele não era exatamente o problema, pois foi o meu pai que havia me dado, esta era a parte que eu tentava fingir que não havia acontecido. Virei meu rosto rapidamente para a porta esperando por ele, então a governanta entrou logo em seguida. El
Ele não estava comigo quando abri meus olhos naquela manhã eu estava sozinha e era um alívio estar sozinho. Coloquei a mão em meu corpo ainda percebendo que estava com a roupa no mesmo lugar, nada em mim parecia ter sido alterado. Ainda continuava olhando para a porta e para todo o lugar ainda com medo do que podia vir a acontecer. Por mais que eu gostasse de estar sozinha naquele quarto que não era meu ainda tinha medo, pois pensava neles o tempo todo. Gregório não era o único que estava disposto a pagar uma quantia de dinheiro pela minha liberdade, o que significava que havia mais alguém interessado por mim. Esperava ou melhor acreditava que essa pessoa fosse meu pai, mas algo lá fundo em meu coração me dizia para não ter esperanças de que fosse verdade. Entrei correndo no banheiro trancando a porta logo em seguida virei meu rosto tirando rapidamente a roupa. Conferi mais de duas vezes se a porta estava realmente fechada, não podia confiar nele, não, ele ainda era um homem que e