Tudo que eu queria saber é porque estava caminhando para aquele carro, olhei duas vezes para trás para ter certeza que meu pai estava me vendo, que ele estava vendo o que ele estava fazendo. Eu sabia porque estava sendo vendida, pois meu pai havia feito uma dívida alta demais para ser paga, perderiamos tudo se a proposta não tivesse aparecido, não pude negar, por mais que eu tentasse dizer "não" a mim mesma. Eu disse "sim" para meu pai, mas o que tinha me abalado foi o fato de ele nem ter tentando me persuadir, ele estava com mais medo do que eu estava. Ele havia tomado toda a decisão muito antes de minha resposta e pude jurar que havia visto ele sorrir quando eu não recusei, mas eu também acreditava que estava assustada demais e tudo que eu via poderia ser fruto de minha imaginação.
Gregório era um homem rico de uma emprésa de tecnologia muito respeitado por todos, quando meu pai havia me comunicado que era ele quem me queria, não pude deixar de não demonstrar espanto, pois não fazia sentido. Além de rico ele era conhecido por muitos como um verdadeiro monstro em todos os sentidos, ele não era apenas o dono de uma empresa era também ex fuzileiro, não era um homem de muito sorrisos. Eu era uma simples garota, não era bonita e nem muito glarumoso, ele me querer era estranho, mas naquela manhã de domingo com as ruas com pouca movimentação perto de minha casa caminhei até o carro dando um adeus de leve para meus pais. Minha mãe não conseguiu ver a cena e entrou para a casa, mas meu pai ficou do lado de fora vendo eu ir até o carro, ele parecia gostar de me ver daquele jeito andando para o carro, eu parei por um tempo encarando meu pai que me fez um olhar que eu não pude comprrender naquela hora, ele parecia estar contente por eu estar andando na direção do carro. Paralisei olhando para a porta me perguntando se eu ainda tinha tempo de fugir, mas o que aconteceria com meus pais, eu não sabia, olhei para o lado esquerdo pensando que ainda tinha tempo de correr e ser livre.-- Entre logo no carro. A voz era áspera e um tom grave misturado com uma voz lenta e convidativa, parei alguns centímetros perto da porta e olhei para o lado. Meu coração deu um salto para fora, então coloquei a mão na maçaneta eu teria aberto se uma mão não tivesse segurado meu ombro me fazendo virar em sua direção.-- David. Disse assustada olhando para meu amigo, eu olhei para meu pai que estava prestes a vir em minha direção, mas voltou, então eu podi sentir aquele aroma forte preenchendo um vazio em meu coração que eu não sabia que o tinha, eu podia sentir a presença dele caminhando em nossa direção e me recusei a virar o rosto na direção dele.-- Onde você estava? -- disse ele me puxando para longe do carro -- não conseguia falar com você ? Não consegui dar a resposta, pois um braço pesado havia pousado em meus ombros e meu corpo se arrepiou por completo quando senti o aroma de seu perfume mais de perto. Ele colocou seu nariz em minha bochecha mexendo de um lado para outro o que deixou meu rosto vermelho dos pés à cabeça, enquanto David fingiu uma tosse tentando chamar a atenção dele. Dei uma olhada de lado e só pude engolir em seco, ele era três vezes mais alto que eu com os braços enormes é um corpo que parecia mais do Hulk do que um Thor. Usava uma blusa preta deixando três botões abertos com uma pele meio latina, amorenada e olhos castanhos claros, eu podia sentir o peso dele sobre mim o que me fazia tombar para o lado e se não fosse ele mesmo me segurando já teria me desequilibrado.-- Quem é você ? -- perguntou ele com uma voz de tédio rouca e atrevida me puxando para ele de novo eu praticamente estava escondida em seus braços, pois eu não conseguia encarar o rosto de David naquele instante, pois o homem a minha frente me impedia de ver qualquer coisa com seus braços tampando a minha visão.-- David -- falou meu amigo desafiando o meu dono -- sou amigo da Camila. Ele olhou para mim é eu me recusei a olhar em sua direção, por mais que eu sentisse o olhar dele sobre mim.-- Ela não tem mais amigos.Disse ele me puxando para o carro para ser exata me empurrando, porque tentei me afastar de seu corpo, mas fui logo pega pelos seus braços sendo levada pelo caminho até o carro. David não tentou me acompanhar virei meu rosto para trás, mas estava como um covarde parado na calçada com os punhos fechados olhando para o chão. Eu gritei seu nome em desespero, então o motorista deu a partida é só pude ver ele desaparecendo, não tive coragem de virar meu rosto para meu dono ainda estava olhando a estrada que um dia havia chamado de lar.-- Seu amigo é um covarde. Disse ele depois de alguns minutos em que eu estava sentado comportadamente no carro, eu não conseguia virar meu rosto para a sua direção encarava as minhas mãos no colo, mas a palavra covarde despertou em mim todo medo e toda a furia que estava sufocando a minha respiração. Eu havia sido vendida uma simples garota vendida pelo pai sem honra e um amigo que não pode me salvar, pois ele não sabia o que estava acontecendo, mas teria feito algo se soubesse?-- O senhor é um covarde -- disse eu tomando coragem para enfrentar ele -- é só estou aqui por causa dos meus pais. Disse eu por fim virando o meu rosto para a janela esperei para que ele dissesse algo, mas ele virou seu rosto para a janela tão pensativo que me deixou incomodada, então virou em minha direção com um meio sorriso preenchendo seus lábios grossos, mas não era um sorriso amigável transmitia um olhar selvagem e ignorante, cheio de terror passivo, ele parecia pronto para arrancar meu pescoço se eu passasse da linha, medo, era tudo que senti quando encarei seu rosto.-- Você é minha menina agora.Me recusei a dar um único passo para dentro da mansão de meu dono, então fui de novo levada por ele para dentro, ele pegou em minha cintura de forma grotesca, ele apertou com força para que eu não caísse no chão e saiu andando para dentro da mansão comigo sendo arrastada. Podia ter sido vendida, mas me recusaria até o último minuto de ser dele, fui arremessada no chão da sala, ele me olhou profundamente e jurei que aquele fosse meu último dia viva, pois ele encarava cada parte de mim com um rancor e ódio.Apenas fiquei pensando o que meu pai havia feito para que ele me vendesse para este homem, qual era a dívida é por que eu fui escolhida como moeda de troca nesta brincadeira. Até onde este homem estava disposto em me manter viva, ele continuava encarando meu rosto e foi no momento que reparei em uma especie de pena vindo de seus olhos que tentei implorar, então olhei para o chão juntei as mãos em uma espécie de súplica e me arrastei para perto de meu agressor, arrastaei olhando para
-- Por favor -- implorei puxando o corpo da governanta, ela apenas me empurrou para dentro do quarto e sem dizer uma única palavra me trancou na torre mais alta do castelo do lobo mau -- sua vaca. Gritei para a parede, pois não houve resposta de ninguém, eu não ousei olhar para quarto à minha volta, joguei meu corpo naquele chão frio e duro e decidi ficar naquela posição até que algo acontecesse e fosse me ver por algum motivo, mas meu protesto não durou nem cinco minutos. Levantei virando meu rosto para o quarto duas vezes maior do que a cozinha de minha casa.Uma cama enorme estava no centro, um guarda roupa gigante estava do lado direito e um espelho que ultrapassa meu tamanho estava grudado na parede. Uma mesinha do lado direito perto da janela continha um notebook, papéis, canetas e muitos outros objetos, uma porta levava para o banheiro era o que eu havia concluído, mas não ousei entrar. Sentei-me na cama, então depois de um silêncio e de ninguém aparecer eu me joguei nela deixa
- Está se movendo demais.Disse um sussurro perto de meu ouvido e senti ainda uma mão pesada em minha cintura pressionando a minha pele. Algo estava em cima do meu cabelo e a cada minuto eu sentia uma coisa gelada tocando ele e depois puxando o ar como se estivesse cheirando. Além disso, eu estava confortável mesmo com um medo terrível, um calor reconfortante invadia aquele quarto. Um cheiro de madeira misturado com aroma de uma selva passava pelo ambiente com alguma ousadia deixei que meu sonho continuasse.Eu congelei só quando notei que não era um sonho a mão enorme tocou em meu estômago puxando todo o meu corpo para o grande corpo atrás de mim. Tremi, como uma criança assustada e só senti um pouco de alívio quando percebi que era meu dono o medo de ser outro homem era um pouco mais apavorante, a primeira coisa que fiz foi tentar me afastar, mas ele segurou com firmeza minha cintura enterrando seu rosto em meu pescoço, então eu tive que fazer o que pudesse para ele sair de cima de
Não ousei questionar meu dono o acordo de secretária no fim era uma farsa uma esperança que eu havia achado para minha própria cabeça, não consegui comer mais nada a minha frente. A governanta até tentou me fazer comer um pouco mais, entretanto eu me levantei a ignorando. Andei por aquele lugar tentando encontrar uma saída havia muitos cômodos, biblioteca, salas e mais salas de escritório e outras com cômodos menores, assim como inúmeros quartos de visitas. Quando coloquei a mão na porta para sair, ela estava trancada e conseguia ouvir o som forte da empregada que me acompanhava enquanto eu tentava achar uma saída. Dei mais um empurrão com força e quando ela abriu eu estava prestes a correr até o portão de ferro.Cães latiram em minha direção dentes afiados corriam para mim, então eu corri gritando para que eles se afastassem eram dois deles grande e negros vindo como se eu fosse uma ladra. Não consegui ir muito longe, pois as pernas tremiam, que uma pequena pedra na minha frente fez
Uma secretária não era exatamente o que eu era para ele, isto era óbvio quando entrei na empresa, ele segurou a minha mão e por mais que eu tentasse impedir, ele segurava com uma força que não conseguia sair de suas garras. Todos estavam nos esperando no salão principal da empresa com a cabeça baixa olhando para o chão em uma espécie de reverência esquisita. Alguns rápidos olhares vinham em minha direção com um olhar de rancor e ódio era evidente que eu já estava sendo esperada. Quando entramos no elevador esperei para que ele soltasse a minha mão, mas ele não o fez com alguma coragem dentro de mim. Chutei, chutei a sua canela esquerda, ele virou seu rosto para mim o impacto não o atingiu como eu desejava nem mesmo a surpresa pelo meu movimento. Então, ela sorriu com o rosto diabólico e apertou com força a minha mão, por alguns segundos segurei a dor, mas não por muito tempo. -- Para -- disse sem olhar em sua direção -- está me machucando. Ele relaxou a mão em seguida, virando seu
Senti um cheiro terrível de álcool é um som de falas a distância em sussurros o nome de meu dono era falado de forma grossa e depois risadas vinham juntas. Senti alguém empurrando minha cabeça para o lado como se estivesse vendo meu rosto, então ouvi de longe uma porta batendo com força. Tentei abrir meus olhos, mas estava cansada, não cansada, mas fraca sem forças para lutar contra o sono que parecia querer me vencer.Foi o toque do meu celular que me fez abrir os olhos em um salto, não pude gritar a faixa em minha boca impedia que meu grito fosse ouvido a única coisa que conseguia emitir era sons de gemidos e de dor. Dois homens estavam à minha frente, usavam roupas escuras, estavam sentados mais a frente em duas cadeiras, eu sabia que estava em uma casa antiga e suja. Não estava escuro, mas eu podia ver pelo leve clarão que vinha da janela que já passava das quatro da tarde as lágrimas foram incapazes de serem seguradas ao mesmo tempo que o medo me invadia o rosto de meu pai voltava
Não fazia ideia de que horas eram muito menos quanto tempo eu estava naquele lugar, eles dois haviam saído me deixado sozinha naquela escuridão. Mal conseguia manter o olhar aberto, mas ainda sentia a mão do homem sobre meu pescoço penetrando com força a minha pele. Ela parecia estar ali presente é era a única coisa que me mantinha ainda acordada com medo do pior que podia acontecer. A casa era velha e estava toda coberta por uma manta escura nas janelas não transmitindo muita luz para dentro dela. O que me fez deduzir que era uma casa abandonada, talvez as janelas estivessem quebradas eu estava na sala, mas não havia um sofá, nem Tv, apenas duas cadeiras que antes estavam meus agressores uma mesa de bar estava mais a frente, mas muito suja para alguém querer usar. O barulho da tranca fez meu coração dar um salto e virei meu rosto para um lado, então tentei com os pés ainda livres para trás. Quando a porta abriu o cigarro foi jogado no chão ele pisou em cima de uma olhada para t
Ele sorria como um animal não havia uma única pitada de remorso em seu olhar estava concentrado em encarar meu rosto com aquele olhar diabólico. Quando chegou perto de mim colocou a faca sobre a minha garganta e pediu mais uma vez por silêncio, então tirou a fita da minha boca. Meus lábios tremiam, assim como meu corpo, mal conseguia manter a posição em que estava, tremia como louca esperando pelo pior. O barulho da porta fez ele virar seu rosto, mas eu não conseguia ver quem estava vindo continuava tremendo tentando manter minha cabeça erguida com aquela faca apertando meu pescoço. O movimento foi rápido demais para eu entender o que estava acontecendo, a faca desapareceu de repente, quando levantei meu pescoço eu só pude ver um corpo familar em cima de meu agressor. Ele parecia um animal irracional que batia sem parar e sem nem mesmo tremer várias e várias vezes no homem que estava caído no chão de frente para ele. Seu rosto não tremia enquanto batia no sequestrador estava tão fora