Um tempo atrás na escola: Melani & LucasDepois de eu contar o que havia acontecido para Matheus ele permaneceu em silêncio. Continuava sem dizer nada para mim, estava encarando a janela um pouco desnorteado, esperei que ele voltasse ao normal deitado em sua cama encarando o teto. Me perguntava se a situação era tão complicada como eu imaginava e qual foi o motivo para jogarem a irmã dele para fora da família. Não era algo fácil de contar pelo modo que Matheus ficava quieto quando envolvia este assunto e continuei não perguntando muito sobre isso.-- É melhor -- disse ele ao mesmo tempo que eu me levantava encarando as suas costas -- não vermos ela por enquanto. Ele permanecia com seu olhar para a janela bem distante de minha visão não conseguia reparar seu olhar nem saber o que estava passando em sua cabeça, tudo que eu sabia é que suas palavras eram claras e precisas o que significava que ele já havia tomado a decisão a muito tempo.-- Não acha que ela vai desconfiar de algo? Pergun
Tudo que eu sabia era que a conspiração estava feita. Matheus iria atacar a sua família e eu estava fazendo parte dela, não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas depois que voltei do hospital muitos olhares eram diferentes em minha direção. Fui levada mais uma vez para o pai de Matheus, ele já estava dentro da sala de joelhos enquanto eu entrava.Uma quantidade enorme de homens com armas apontadas para baixo encarava meu olhar. Parei na frente, não conseguia ver o Lucas em lugar nenhum. Ele havia me colocado dentro da sala e antes que eu pudesse perceber havia perdido ele de vista. Não sabia se mantinha-me em pé ou ajoelhada, mas as cutucadas de Matheus na minha perna me disseram que eu devia ajoelhar e foi o que eu fiz rapidamente.Medo, sentia um medo que mal conseguia controlar a minha mão que tremia. Todos estavam olhando em nossa direção, mas só pude me acalmar quando Matheus esticou a sua mão sobre a minha pressionando com leveza.-- Trouxe confusão ao meu local -- d
Gregório Havia muito barulho, o velho falava até demais mesmo sussurrando, não era difícil esquecer a sua voz rouca e grossa. Era óbvio que eu sabia com que ele estava brigando, eles sempre brigavam, até demais, mas eu ainda não conseguia abrir os olhos para olhar o que estava acontecendo ainda sentia meu corpo fora de mim como se não fosse o meu corpo. Então, não importava o quanto eu repetisse para mim mesmo que eu devia levantar eu continuava deitado de olhos fechados, apenas ouvindo as suas vozes.Naquele tumulto de vozes eu queria ouvir o dela, mas não achava entre ela. Tentei abrir meus olhos de novo, pois meu corpo começava a tremer lembrando que eu ainda tinha que buscar ela trazer ela para casa, mas eu ainda estava sentindo dificuldade para me mover, não conseguia sentir a minha voz para falar, nada, eu não conseguia dizer nada, pois estava presa. Eles continuavam gritando, gritando como loucos, mas ainda continuava ouvindo os sussurros o que significava pelo tom da voz alte
O tiro não veio, mantive a minha cabeça baixa com os braços abertos parada na frente dele. Minhas pernas tremiam constantemente meu corpo estava paralisado o que fazia com que meus movimentos estivessem lentos demais, mas eu estava parada em sua frente não deixando que ele atirasse em seu pai. Não importava o que ele tivesse feito, não importava qual fosse o motivo por trás daquilo tudo e eu sabia que ele tinha motivos, mas não podia deixar que o tiro fosse dado.Entendia de certa forma o sentimento que estava nele. Não podia pensar em meu pai sem sentir um certo ódio em meus pensamentos, mas eu sabia que não poderia odiar as suas ações para sempre. Ele não merecia de mim tudo isso, mesmo merecendo, não podia ver arrependimento nos olhos de Matheus daqui a um tempo quando ele lembrasse que havia atirado em seu próprio pai.-- Saia do caminho -- disse ele baixo sem olhar para os homens em volta, todos estavam encarando meu rosto havia mais olhares de indignação do que admiração pela mi
Lucas-- Devia ter matado todos -- Matheus olhava a cadeira de seu pai sentia mesmo que ele tentasse esconder o terror em seus olhos enquanto encarava aquela cadeira estávamos em seu escritório, agora, nosso, havíamos tomado o poder, os traidores os apoiadores de seu pai, todos estavam presos, ele colocou a mão na cadeira e logo em seguida retirou, pensava se havia medo passando em seus olhos ou nojo, não conseguia identificar -- posso pegar outra cadeira se quiser. Resmunguei baixinho, mas então como se eu tivesse despertado ele para alguma coisa, ele sentou, sentou esticando seu corpo e sorrindo para mim.-- Eu sou ele agora -- ele riu consigo mesmo, então relaxou seu corpo na poltrona -- não deixarei ele vivo por muito tempo -- ele desviou seu rosto sobre o meu -- mataremos todos, antes que eles pensem em uma fórmula de nos matar primeiro.-- Não quero aborrecer você -- inclinei em sua direção sentando na cadeira à sua frente -- mas temo que seu pai tenha razão sobre a garota. --
LucasNão podia, não conseguia ficar muito tempo parado em sua janela, mas não podia, não podia trazer ela para casa como ele desejava, não enquanto tudo não estivesse resolvido. Ainda havia pendências, ainda não sabia se voltaria para casa um grupo de homens já me esperava no carro, nosso trabalho deveria ser feito, mas eu sabia que não entraria em uma casa comum.Era um homem perigoso, não sabia o que poderia encontrar, mas sabia que não seria tão fácil como eu esperava. Ela, ela não sabia de verdade quem eu era e nem que seu irmão de brincadeira era a sua linhagem de sangue, ela não sabia nada, e começava a pensar que era melhor as coisas continuaram como estavam. Dei alguns passos para trás, virei meu corpo, mentiria, diria que ela achou loucura é que não viria até nós que ainda sentia ódio, inventaria alguma coisa, ele teria que acreditar em minhas palavras.-- Está me espionando agora? -- a sua voz era aveludada, não virei meu rosto para ela, não queria encarar ela naquele mom
Suas mãos estavam sobre o meu cabelo, pesada a sua mão era pesada enquanto tentava ser gentil. Fingia dormir, mas o aperto em meu peito continuava pontadas e pontadas agudas em meu peito enquanto a cena se repetia em minha cabeça. Casa, eu só pensava que devia ir para casa, esperava que Gregório estivesse esperando por mim, estava com medo, mas tinha que fingir calmaria. A porta do meu quarto abriu um vento gelado passou pelo meu rosto, mas continuei fingindo que estava dormindo, ele não parou um minuto de mexer em meu cabelo.-- Ela deve me odiar -- disse ele com uma voz nem um pouco arrependida -- diga-me que o matou? A pontada aumentou, não podia me mover, não podia chorar, a escuridão era meu único refúgio naquele momento, então pode morder meus lábios reprimindo meu próprio grito enquanto em uma oração silenciosa esperava que ele estivesse vivo.-- Infelizmente não -- as mãos de Matheus fecharam-se sobre meu cabelo -- mas a mulher está morta.-- A governanta? Ele então soltou meu
O policial segurou meu corpo me colocando para trás dele, Lucas estava do lado de Matheus seus olhos estavam neutros, não havia menor expressão de pena em seu rosto. Não ousei olhar para Matheus me escondi atrás do policial as mãos tremiam, mas não iria correr em sua direção apavorada o celular caiu no chão podia ouvir de longe a voz desesperada de Gregório, mas tive medo de falar naquela hora.-- Quem é vocÊ? -- perguntou o policial colocando a mão em sua arma -- o conhece jovem?-- É meu sequestrador.-- Que garota má -- gritou Matheus ao mesmo tempo que o policial levantou a arma na direção de ambos -- Camila -- disse meu nome suavemente -- venha até mim, então poderei perdoá-la. Havia mais frieza em suas voz não podia voltar, não podia, não importava se fosse levar um tiro naquela hora ou não ou se sua raiva iria me matar de vez, mas estava cansada de seus joguinhos, então segurei com firmeza a blusa do policial, pronta para ter a minha liberdade custe o que custar.-- Gregório --