Um tempo atrás na escola: Melani & Lucas-- Eu disse para vocês não se meterem. Ela dizia enquanto andava a nossa frente nós dois vínhamos mais atrás, mas estávamos atrás dela. Qualquer pessoa que olhasse para nós pensaria que éramos comandados por ela. Ela seguia como uma chefe com o pirulito que eu dei para ela seguindo mais a frente enquanto pulava de um pé e depois passava para o outro com um sorrisinho em seu rosto.No começo ele não havia gostado tanto da ideia de ela fazer parte do grupo, mas foi inevitável ele não ter aceitado ela depois. Acabou que ela se tornou uma amiga sua, por mais que ele pensasse em evitar, ele sempre virava seu rosto para ela com um sorriso meio raivoso ao mesmo tempo que contente. Era evidente aos seus olhos que ela havia se tornado a sua irmã mais nova, a família que ele nunca havia encontrado em lugar nenhum. Ele gostava de sua ousadia da forma que ela pegava em seu cabelo e dos tapinhas que ela dava em suas costas, ele lembrava da mãe que nunca tev
Capítulo 9Um tempo atrás na escola: Melani & LucasMatheus passava seus dias sempre contente em ir para escola para ver ela e eu também. O único problema é que ela começou a suspeitar de nossa repentina felicidade e eu devia ter reparado em seu olhar sobre o nosso aquele olhar que dizia que não gostava de nosso sorriso. Ela era uma cobra, mas ainda éramos novos para ver malícia naquela mulher mesmo sabendo que ela não era exatamente uma boa madrasta.Seu filho era um cão, um imbecil como eu gostava de pensar, ele vivia implicando conosco e eu como sempre tentava ao máximo manter Matheus longe dele. Bater nele significava que nós dois teríamos problemas maiores para resolver. Ele veio quando havíamos acabado de chegar da escola diferente de nós ele estudava em uma escola particular bem cara e bem longe da nossa era uma alegria não precisar ver ele nos corredores e uma tristeza vê-lo em casa.-- Olha os imbecis -- eu tinha sorte que Matheus andava mais contente depois de conhecer a sua
Um tempo atrás na escola: Melani & LucasEle nunca me contou em detalhes a história sobre ele e a sua irmã. Ele não me disse nada nem mesmo depois da madrasta ter dito aquilo em minha frente, ele não me contou nada. Eu acreditava que ele tinha seus motivos para escolher o silêncio, então respeitei aquilo e nunca mencionei o fato uma única vez. Mesmo querendo saber toda a história eu permaneci com a minha curiosidade, apenas para mim como um bom amigo que eu era.No dia seguinte eu fui acordado por uma empregada bem cedo, cedo até demais. Ainda não era hora da escola, mas ela me acordava com pressa me mandando vestir alguma roupa. Não dormia no quarto mais luxuoso como os outros, o meu quarto era perto dos empregos, não podia comer junto deles, nem estar em horários que eles se reuniam. Não era uma coisa difícil de se fazer, eu estava vivo e para mim ter uma cama para dormir e comida ao acordar era o suficiente.Andava sonolento pelos corredores encarando a empregada que me puxava com
Um tempo atrás na escola: Melani & LucasDepois de eu contar o que havia acontecido para Matheus ele permaneceu em silêncio. Continuava sem dizer nada para mim, estava encarando a janela um pouco desnorteado, esperei que ele voltasse ao normal deitado em sua cama encarando o teto. Me perguntava se a situação era tão complicada como eu imaginava e qual foi o motivo para jogarem a irmã dele para fora da família. Não era algo fácil de contar pelo modo que Matheus ficava quieto quando envolvia este assunto e continuei não perguntando muito sobre isso.-- É melhor -- disse ele ao mesmo tempo que eu me levantava encarando as suas costas -- não vermos ela por enquanto. Ele permanecia com seu olhar para a janela bem distante de minha visão não conseguia reparar seu olhar nem saber o que estava passando em sua cabeça, tudo que eu sabia é que suas palavras eram claras e precisas o que significava que ele já havia tomado a decisão a muito tempo.-- Não acha que ela vai desconfiar de algo? Pergun
Tudo que eu sabia era que a conspiração estava feita. Matheus iria atacar a sua família e eu estava fazendo parte dela, não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas depois que voltei do hospital muitos olhares eram diferentes em minha direção. Fui levada mais uma vez para o pai de Matheus, ele já estava dentro da sala de joelhos enquanto eu entrava.Uma quantidade enorme de homens com armas apontadas para baixo encarava meu olhar. Parei na frente, não conseguia ver o Lucas em lugar nenhum. Ele havia me colocado dentro da sala e antes que eu pudesse perceber havia perdido ele de vista. Não sabia se mantinha-me em pé ou ajoelhada, mas as cutucadas de Matheus na minha perna me disseram que eu devia ajoelhar e foi o que eu fiz rapidamente.Medo, sentia um medo que mal conseguia controlar a minha mão que tremia. Todos estavam olhando em nossa direção, mas só pude me acalmar quando Matheus esticou a sua mão sobre a minha pressionando com leveza.-- Trouxe confusão ao meu local -- d
Gregório Havia muito barulho, o velho falava até demais mesmo sussurrando, não era difícil esquecer a sua voz rouca e grossa. Era óbvio que eu sabia com que ele estava brigando, eles sempre brigavam, até demais, mas eu ainda não conseguia abrir os olhos para olhar o que estava acontecendo ainda sentia meu corpo fora de mim como se não fosse o meu corpo. Então, não importava o quanto eu repetisse para mim mesmo que eu devia levantar eu continuava deitado de olhos fechados, apenas ouvindo as suas vozes.Naquele tumulto de vozes eu queria ouvir o dela, mas não achava entre ela. Tentei abrir meus olhos de novo, pois meu corpo começava a tremer lembrando que eu ainda tinha que buscar ela trazer ela para casa, mas eu ainda estava sentindo dificuldade para me mover, não conseguia sentir a minha voz para falar, nada, eu não conseguia dizer nada, pois estava presa. Eles continuavam gritando, gritando como loucos, mas ainda continuava ouvindo os sussurros o que significava pelo tom da voz alte
O tiro não veio, mantive a minha cabeça baixa com os braços abertos parada na frente dele. Minhas pernas tremiam constantemente meu corpo estava paralisado o que fazia com que meus movimentos estivessem lentos demais, mas eu estava parada em sua frente não deixando que ele atirasse em seu pai. Não importava o que ele tivesse feito, não importava qual fosse o motivo por trás daquilo tudo e eu sabia que ele tinha motivos, mas não podia deixar que o tiro fosse dado.Entendia de certa forma o sentimento que estava nele. Não podia pensar em meu pai sem sentir um certo ódio em meus pensamentos, mas eu sabia que não poderia odiar as suas ações para sempre. Ele não merecia de mim tudo isso, mesmo merecendo, não podia ver arrependimento nos olhos de Matheus daqui a um tempo quando ele lembrasse que havia atirado em seu próprio pai.-- Saia do caminho -- disse ele baixo sem olhar para os homens em volta, todos estavam encarando meu rosto havia mais olhares de indignação do que admiração pela mi
Lucas-- Devia ter matado todos -- Matheus olhava a cadeira de seu pai sentia mesmo que ele tentasse esconder o terror em seus olhos enquanto encarava aquela cadeira estávamos em seu escritório, agora, nosso, havíamos tomado o poder, os traidores os apoiadores de seu pai, todos estavam presos, ele colocou a mão na cadeira e logo em seguida retirou, pensava se havia medo passando em seus olhos ou nojo, não conseguia identificar -- posso pegar outra cadeira se quiser. Resmunguei baixinho, mas então como se eu tivesse despertado ele para alguma coisa, ele sentou, sentou esticando seu corpo e sorrindo para mim.-- Eu sou ele agora -- ele riu consigo mesmo, então relaxou seu corpo na poltrona -- não deixarei ele vivo por muito tempo -- ele desviou seu rosto sobre o meu -- mataremos todos, antes que eles pensem em uma fórmula de nos matar primeiro.-- Não quero aborrecer você -- inclinei em sua direção sentando na cadeira à sua frente -- mas temo que seu pai tenha razão sobre a garota. --