Capítulo Quatro - Emma

Um mês antes

Fui para a diretoria da faculdade. Dei três batidas na porta e logo ouvi que podia entrar. Assim que entrei, fechei a porta e a diretora estava ali sentada na sua mesa. Olho pra cima para as lágrimas não cair. Vamos Emma! Coragem! Ela me chamou para me sentar. Puxei a cadeira e me sentei.

— Bom dia Emma. Queria falar comigo? — Pergunta, a senhora Sheila. Fala com uma voz suave e tranquila. Não tenho o que reclamar dela, pelo contrário, tem me ajudado muito com os atrasos das mensalidades. Só de pensar que… Meu coração chega doer muito… Mas preciso… — Emma o que foi? Por que está chorando?

— Olha dona Sheila… — Enxuguei a lágrima que estava caindo do meu rosto. — Sou muito, muito grata por tudo. — Fechei os olhos e as lágrimas caíram mais uma vez, de novo a enxugo. Enrolei o cabelo e joguei para trás. — Mas… Vou ter que trancar a faculdade de medicina…

— Mas por que? Seu pai não vai conseguir pagar nesta semana, olha, se quiser pode pagar na outra… — A interrompi.

— Não vai dar. Meu pai foi demitido do trabalho… Por isso que vir aqui trancar… — Abaixei a cabeça e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Nossa Emma, que pena. Você é uma das melhores alunas de medicina. Você tem um talento incrível. Os próprios professores me passaram como você é nas aulas. — Ela disse aquilo, me levantei da cadeira, virei de costas para ela, cruzei os braços. Caramba! Vou ter que abrir mão do meu sonho… Mas preciso ajudar o meu pai… Ele não está nada bem… Sinto as mãos nos meus braços e me virei. Na minha frente está a dona Sheila.

— Olha… Sei que você está passando por dificuldades e sei que você é esforçada e ama o que faz. — Balancei a cabeça que sim, em seguida seco as lágrimas que insistem em cair. Se afasta e olha nos meus olhos. — Que tal, claro se você quiser? Posso oferecer baixar o valor que pagava antes, assim você pode continuar fazendo o curso. — Desviei o rosto, seria maravilhoso mas não posso. Olho para ela e digo que não posso aceitar. Me afasto e vou até a porta. Me despedir e sair dali o mais rápido possível. Antes que me faça mudar de ideia. Saí da faculdade e caminhei até o ponto para pegar o ônibus para voltar para para casa, mas vou ter que passar no mercado e comprar algumas coisas, pois a geladeira está vazia. Ainda vou ter que arrumar um trabalho para ajudar em casa, já que meu paizinho perdeu o trabalho. Ai senhor me ajuda, por favor!

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