Estava diante daquele desgraçado que estava no chão. Chorando que nem uma menininha. Que babaca. Eu achando, que essa merdinha estava me roubando, na verdade estava vendendo viado minhas drogas. AS MINHAS DROGAS!
— Anda, Japa, explica essa merda! Estou esperando! — Me afasto e entrego o fuzil para o Riccardo, que segura. Depois volto para aquele babaca que não fala nada. Dou uma bufada. Pego pelos seus cabelos fazendo ele ficar em pé. Claro que ele começa a chorar.
— Não, não… Por favor… Mattia… Dou um soco no seu estômago e o jogo no chão. — Puta que pariu! Como chora essa merda! — Olho para o Riccardo. — De onde que você arrumou esse cara? Sério? — Pergunto para o meu braço direito que abaixa a cabeça, ficando calado. Volto a olhar para o Andrea. Caminho até ele, ficando perto dele. Que continua no chão sentindo o soco que dei. Coloquei o pé nas suas costas, ele tenta levantar e começo a pisar com força.
— Ai… Ai… Mattia, por favor… Não consigo me mexer… — Súplica com lágrimas nos olhos.
— Só vou parar até você me dizer pra quem vendeu viado as minhas drogas? — Esmago suas costelas que grita de dor.
— Ok, ok. Vou falar… Por favor… —— Roga, tiro o meu pé das suas costas. Me agachei e fiquei o fitando. Deitado no chão, vira o seu rosto olhando para mim. — O coroa é um drogado, tipo, viciado mesmo. No começo ele pagava direitinho, mas depois começou a vender os bagulhos de casa…
— Bagulho? — Indago, levantando a sobrancelha.
— As coisas dentro de casa, chefe. Um exemplo, vendeu uma geladeira no ferro velho, tipo novinha, sabe? — Acendi a cabeça entendendo o que ele estava dizendo. — E não foi só isso! Vendeu a TV smart, cama e etc. Tudo por conta do material. O material é muito bom né?
— Claro! Os meus produtos são de melhor qualidade! — Me levantei e permaneci ali olhando para ele.
— Sim… — Engoliu a seco. — Ele queria mais, mas não tinha mais dinheiro, falei que não vendo viado! Mas o velho falou se vendesse, que poderia chegar na novinha que ele não ia falar nada. E ela é virgem também, por isso que fiz isso, Mattia. — Me afastei e levantei minha mão no meu rosto. Depois olhei para o Riccardo que abaixou a cabeça, me aproximei dele.
— Ouviu que esse merda? — Falo, ele desvia o rosto, mas pego no seu rosto apertando com força para olhar nos meus olhos. — OLHA PRA MIM ENQUANTO EU ESTIVER FALANDO! — Ele sacudiu a cabeça que sim. — Vou perguntar uma vez! Tu sabia dessa merda?
— Não. Eu não sabia! — Riccardo fala rangendo os dentes. Fico um tempo olhando nos seus olhos. Parece que está falando a verdade, então o solto.
— Vou acreditar em você. — Aponto para ele.
— E eu Mattia? Pergunta o Andrea. Me viro vou até a ele. Dou um bico no seu estômago, dou mais um, mais um. — Por favor… Pará… — Noto os outros caras se aproximando. Joguei o pé nas suas costas e aponto para eles.
— QUEM SE METER NESSA PORRA VAI SE JUNTAR AO ANDREA OU PIOR! — Todos se afastam na mesma hora. Volto ao que estava fazendo. Piso com força como se fosse uma barata na minha frente! E geme de tanta dor que fica rouco que nem ouço mais essa voz irritante dele. Pego pelos cabelos e bato seu rosto no chão uma, duas, três, quatro vezes até que seu cenho esteja todo destruído! Depois o jogo no chão e vou até o meu trono, sento em seguida. — Agora vocês podem tirar esse babaca daqui! — Aponto para o corpo que estava no meio da minha sala de estar. Os caras vão imediatamente tirar até um deles fazer uma pergunta.
— Chefe ele ainda está respirando. Fazemos o quê? — Dou uma encarado para um dos caras.
— Leva para uma clínica que tem aqui perto e deixa umas das enfermeiras lá cuidar dessa merda! Isso que aconteceu com o Andrea vai virar de lição! Quem tentar fazer uma coisa dessas sem o meu reconhecimento vai ser pior! Todos se olharam e depois sacudiram a cabeça confirmando. Ergo a mão para o alto. — Depois limpem essa merda aí! A Giulia acabou de limpar essa sala! — Eles saíram com o Andrea. Olhei para o Riccardo, miro o dedo para ele fazendo o gesto para ele se aproximar. Antes de ir ele coloca o fuzil na caixa e vem até a mim. Quando se aproxima vou pra cima dele e aperto seu pescoço com as duas mãos com tanta raiva que até tirei ele do chão.
— Mattia… Cof… Cof… Não estou respirando… — Ele b**e no meu braço. Depois o jogo no chão. Tenta recuperar o ar, coloco minha no seu pescoço fazendo ele olhar para mim.
— Que essa porra não se repita, ouviu? — Ordeno. Ele arregalou os olhos e sacudiu a cabeça que sim. Volto para o meu trono e me sento. Riccardo se aproxima.
— Mattia vai querer ir na casa do velhote para cobrar o seu dinheiro? — Olho para ele.
— Claro! Mas amanhã bem cedo, vamos na casa desse arrombado! Com essa merda do Andrea, estou estressado pra caralho! Preciso relaxar. Liga para Vittoria para mandar umas das meninas! — Encostei a cabeça no trono olhando para o Riccardo.
— Ok! Vai querer que deixa o quarto no esquema? — Pergunta com as mãos no bolso da calça.
— Sim. Deixa tudo no esquema! — Respondi. Estava indo para o quarto. Então me lembrei e o chamei. — Riccardo? — Ele se vira e me fita. — Não esqueça de levar e guardar essas caixas!
— Está bem! Vou passar os caras fazerem isso. Não se preocupe. — Ele saiu. Amanhã tenho que resolver isso. Vou resolver ou não me chamo Mattia Di Lauro!
Um mês antesFui para a diretoria da faculdade. Dei três batidas na porta e logo ouvi que podia entrar. Assim que entrei, fechei a porta e a diretora estava ali sentada na sua mesa. Olho pra cima para as lágrimas não cair. Vamos Emma! Coragem! Ela me chamou para me sentar. Puxei a cadeira e me sentei. — Bom dia Emma. Queria falar comigo? — Pergunta, a senhora Sheila. Fala com uma voz suave e tranquila. Não tenho o que reclamar dela, pelo contrário, tem me ajudado muito com os atrasos das mensalidades. Só de pensar que… Meu coração chega doer muito… Mas preciso… — Emma o que foi? Por que está chorando? — Olha dona Sheila… — Enxuguei a lágrima que estava caindo do meu rosto. — Sou muito, muito grata por tudo. — Fechei os olhos e as lágrimas caíram mais uma vez, de novo a enxugo. Enrolei o cabelo e joguei para trás. — Mas… Vou ter que trancar a faculdade de medicina… — Mas por que? Seu pai não vai conseguir pagar nesta semana, olha, se quiser pode pagar na outra… — A interrompi. — Nã
Dias atuaisEstava saindo do quarto e indo para sala, já tinha tomado café da manhã. Agora cedo eu e os caras, vamo para casa desse infeliz que deve. Quando chego na sala está o Riccardo junto dos caras e também está o Andrea. Todo ferrado da surra que dei nele ontem. Na verdade queria rir, mas o que ele fez é sério! O filho da puta fez isso só por causa de uma boceta. Ai, ai… Só de pensar a raiva volta e quero bater nele de novo! Chego na sala e Riccardo vem até a minha direção. — Chefe estamos prontos para ir pegar o seu dinheiro. O senhor vem? — Pergunta, levanto a sobrancelha do lado esquerdo. O filho da puta me deve e não ir lá cobrar? — Claro que vou cobrar o desgraçado! — Viro o rosto e encaro o Andrea que quando percebe que estou olhando para ele abaixa a cabeça na hora. Sabe que está no vacilo comigo. Se está vivo é porque fui misericordioso. — Vamos logo! Não quero esperar mais um minuto! — Beleza. — O Riccardo se vira e olha para os caras. — O RAPAZIADA, SIMBORA! VAMOS N
Já faz alguns meses que tranquei a faculdade. E estou trabalhando numa pensão aqui na favela mesmo, como cozinheira. No começo a dona da pensão não leva fé da minha experiência na cozinha, mas quando me colocou para fazer um teste, depois desse dia sua pensão só vive cheia. Claro que me contratou. Trabalho das oito até às três e meia da tarde, me paga bem, mas ainda não dá para voltar para faculdade. Como tranquei a faculdade perdi o desconto que tinha antes. O pior é o meu pai. Agora ele vive na boca comprando aquela merda de droga, cheirando o tempo todo. Não para em trabalho nenhum por conta desse vicio, até vendeu as coisas dentro de casa, até meu notebook que tinha ganhado da dona Sheila, lá da faculdade. Me lembro como se fosse hoje… ***— Pai? Pai cheguei… O que aconteceu aqui? — Tinha acabado de chegar em casa. A geladeira estava vazia, decidi passar no mercado para comprar a comida e quando eu voltei nem acreditei no que vi. Não tinha a TV que ele tinha comprado com o trabal
— Ai meu Deus! Ai meu Deus! — Com uma mão no peito e a outra sobre ela dando umas batidas. Ando para um lado e para o outro. Estou muito nervosa. Já não bastava o meu pai ser um viciado nessa droga nojenta, agora descobrir que está defendendo o dono… Não pode ser… — Emma para de andar assim. Está me deixando nervosa… — Disse a dona Luíza que continua sentada na cadeira. — Nervosa? Eu, que estou nervosa com isso tudo! Agora esse mafioso quer matar o meu pai… — Me viro, e encaro. Até esqueci que é a minha patroa. — Se acalme, não precisa ser grossa. — Ela ergue a mão fazendo o gesto para me acalmar. Olhei para ela com a cabeça baixa. Me aproximo e me apoio na cadeira. — Me desculpa… Mas estou nervosa… Meu pai pode morrer… — Olho para o lado. Tem que ter um jeito para ajudar o meu pai. De repente olho para ela. — Olha dona Luíza, vou ter que sair. — Me afastei e caminhei até a porta, porém, ela pega no meu braço e se levanta da cadeira. — Você vai aonde? Não me diga que vai para su
Me afasto daquele verme. Sim, depois o que ele me disse, era isso que ele era. Olho para ele mais uma vez. Só pode ser piada. É isso! Vou até ele e começo a gargalhar. O Riccardo e os caras me olharam não entendendo nada, continuo rindo. O Riccardo se aproxima de mim. — Andrea, qual é a graça? — Indaga me fitando segurando o fuzil. — Não sabe que esse merda me disse? — Ainda rindo olho para o meu braço direito. Que balança os ombros sem entender. — Ele ofereceu sua filha como pagamento! Fala que isso não é piada? — O quê? Ele fez isso? — O Riccardo olha para o infeliz todo sangrando tentando levantar, com muita dificuldade consegue ficar em pé. — Não é piada… Cof… Cof… — Ele cospe sangue. Depois limpa com as costas da mão e volta olhar para mim. — Estou oferecendo a minha filha como… Pagamento… — Está falando sério? — Dou um passo para frente, levanto a sobrancelha direita. — Está oferecendo sua filha como pagamento da dívida que me deve? — Isso… Ela é nova, tem vinte e um anos…
Cheguei na minha casa com a porta arrombada. E vi um homem forte, musculoso e alto, é bem alto. Meu pai estava todo machucado e sangue caindo do seu rosto. Meu Deus, coitado do meu paizinho… Ele fala algo no ouvido para aquele homem, ele se virou e deu um soco no estômago delei. Levou os braços no estômago, sentindo o soco. Em seguida o homem segurou o pescoço do meu pai e deu mais socos na cara dele que o jogou no chão como se fosse um nada. Noto ele levantar a perna. Acho que ele vai continuar batendo nele. Não posso deixar. — Nãoooo! — Me jogo na frente dele. — Pai? Está me ouvindo? Por favor, pai diga alguma coisa? — Estava ajoelhada com as mãos no rosto do pai. O chamo, mas ele está com os olhos fechados, me aproximo e consigo ouvir sua respiração, fraca, mas consigo. Ele está vivo. Graças a Deus! — Como você pode fazer isso com ele? Não tem coração? — Ele sacudiu a cabeça, acho que estava pensando em alguma coisa. Olhando melhor para mim, está bem diante de mim. Estava braba, f
Finalmente ela me obdeceu e entrou no quarto. Merda! Que garota abusada! Um dos vapor se aproxima e pergunta:— Chefe e sobre o coroa? Fazemos o quê?—Depois que eu sair com a garota leva ele pra qualquer canto. Dão uma surra e depois bota fogo! — Disse com as mãos no bolso da calça. Continuo olhando para a porta do quarto que a menina entrou. Vou levá-la para minha casa, não merece essa vida que esse desgraçado fez a passar. Por um lado ela é linda e não quero que nenhum filho da puta tente algo com ela, como o Andrea. Vou até o Riccardo. — Mattia, um dos caras me disse que ordenou acabar com o velhote? Não entendi, não vai levar a filha do coroa e ainda vai matá-lo? — Perguntou confuso. Virei meu rosto e olho para ele. — Sim. Ele vai ser um exemplo. Para terem noção que não se deve. — Concluí. — Então porquê vai levar a garota? — Indaga, o fito. — Não posso deixá-la desamparada. E também o Andrea pode tentar algo com ela. Nos meus olhos ela vai estar protegida! — Friso e Ric
Ele saiu e fechou a porta. Fiquei pensando no que ele acabou de falar. A mãe dele… Ele disse que sua falecida mãe o ensinou a não fazer isso com uma mulher… Será que estou exagerando… Não! Ele é um bandido! Emma não se comove com ele. Não esqueça que ele me trouxe a força! Estou de pé, um pouco longe da cama com a mão no queixo pensando que ele estava falando antes. Que vai mudar esse quarto, até vai colocar a mesa de estudo pra mim… Droga! Será, o que eu ouvir sobre ele é mentira? Estou confusa. Escuto alguém bater na porta. Me aproximo. — Quem é? Mattia? — Pergunto. Será que é ele? Ele veio me buscar para o almoço? — Não. Sou a Guilia. Pode abrir a porta, por favor. — Ouvir a voz de uma mulher. Deve ser a mulher que encontramos na sala assim que entramos nesta mansão. Coloquei a mão na maçaneta e abri em seguida. Ela já vai entrando no quarto. Encostei a porta e olhei para ela. — Mattia está chamando para você descer! — Faz um gesto apontando para lá embaixo. Deve ser onde fica a