Estava no quarto conversando com a minha mãe. Ela me contou que na verdade ela fugiu e não me abandonou.
— Filha… Não queria deixar… Era para vir comigo, mas seu pai me impediu… — Ela disse encolhendo os ombros.
— Ele não deixou? Como assim? — Perguntei, estava sentada na beira da cama.
— Eu não aguentava viver daquele jeito. Ele bebia todos os dias, além disso, tratava muito mal com gritos e… — Ela virou o rosto e abaixou a cabeça. Noto que caiu uma lágrima no seu rosto.
— Mãe… — Me aproximo colocando a mão no teu ombro. Ela virou o rosto para mim, depois ergueu sua mão para secar a
— Emma, me explica isso? — Ela pergunta sobre o meu pai. Fecho os olhos depois solto o ar, pesadamente. Sinto sua mão alisando o meu cabelo. — Filha, o que está me escondendo? — Levou as mãos no meu rosto virando para ela.— Mãe… Acho… — Gesticulo. Engulo a seco, depois levei minhas mãos na dela e tirando.— Fala filha. Por favor… Seu pai fez alguma coisa… — Parou de falar se afastando com as mãos na cabeça.— Mãe… Se acalme. — Vou até ela, coloco a mão no seu ombro. — Mãe!— Ele não fez nada comigo… Bom… — Dou uma pausa.&
Acabo de chegar. Abro a porta, entro e logo fecho. Caminho até a sala e noto que a mesa está vazia. A Guilia já tirou a mesa bem provável que a Emma está no quarto dormindo. Vou tomar um banho pra tirar esse cheiro… E de repente ouço passos, quando vejo é a Emma vindo em minha direção. Puta merda! Levo a mão na cabeça. Ela está acordada? Droga! Droga! Ela vem para me abraçar, mas impedir esticando os braços.— Por que você está acordada? — Pergunto, segurando seus braços.— Estava te esperando. — Ela me fita. Depois tiro minhas mãos e me afasto.— Tudo bem. Mas você tinha que estar no seu quarto! — Falo, minha voz sai ás
— FALA LOGO! JÁ NÃO BASTA ESSE PERFUME HORRÍVEL, AINDA TEM ESSE ROXO NO SEU PESCOÇO! VAI DIZER QUE ESTAVA RESOLVENDO ASSUNTOS DE TRABALHO? — Ela grita, apontando para mim. Puta merda! Não acredito nisso! Vou acabar com a Rafaela! Viro para a Emma, depois me aproximo dela mas recua.— NÃO ME TOQUE! — Esbraveja levantando as mãos para não tocar nela.— Emma, não é isso que você está… — Ela me corta.— Cala boca! — Lágrimas caem do seu rosto. Droga! Porra Mattia que deu em fazer isso? Merda! Merda! Levo a mão na cabeça. — O pior que estava me sentindo mal por… — Ela disse. Olho para ela que estava de cabeça baixa.
Levo a minha mão no ombro do Carlinhos que vira e me fita.— O que é? — Continua com o punho fechado sobre o ar que já ia voltar dá outro soco no Biel.— Qual é o seu problema? — Questiono, o encarando. Fica em silêncio abaixando o braço.— Que merda é essa aqui! — Ele olha para frente, depois também olho. Lá estava ela. E cara não estava boa, até entendo de está assim. Acho que no seu lugar também ficaria. Mesmo assim, não deixa de ser linda. Quero muito beijar essa boca! — Ei? — Aponta para o Carlinhos que desvia o olhar. — Estou falando com você mesmo!— Eu? — Pergunta o Carlinhos com os ombros
Ouço um barulho? Porra, quem tá me ligando? Vai continuar tocando. Vou terminar o meu banho. Sai da minha hidro, vestir o meu roupão. Caminhei até a minha cama, peguei o celular e vi que a última chamada era do meu braço direito. Retorno a ligação.— E aí, Riccardo? — Qual é o problema?” Pergunto, me sentei. — Caraca que demora para atender, ein? Tô ligando a horas porra! — Resmunga no outro lado da linha. — Para de reclamar e fala logo! Não atendi porque estava no banho. — Aviso, sacudir o cabelo que estava molhado. — Fala logo que o que você quer?— Espero que seja da encomenda que estou esperando? — Ok. É sobre isso mesmo! Aqui não é só boniteza. — Levantei da minha cama, fui até o espelho lá no banheiro, me admirando. — Já que ocorreu tudo bem no bagulho, traz para eu ver. Ah, não esquece de trazer a minha grana e o caderno. Quero ver como anda as vendas. — O Riccardo ficou quieto. Não estou gostando disso. — Você me ouviu? — Sim… Vou fazer isso… Praguejo,desliguei em seguida.
— BORA RICCARDO! RESPONDA, POR QUE ESTÁ FALTANDO CINCO MIL NESSE CARALHO! — Balanço o caderno na sua frente, depois jogo na mesa. O desgraçado continua calado. Mas noto ele olhando para o Andrea, que por sua vez vira o rosto. Ah, eles estão escondendo algo de mim. Estico meu braço e pego no pescoço dele que me lança um olhar, o encaro, já puto! — Eu fiz uma pergunta, me explica por que está faltando dinheiro nessa porra? — Aperto seu pescoço, mas não tanto para ele poder falar. Porém, o filho da puta continua calado. O solto e ele leva a mão no peito para poder respirar. Me afasto. — Beleza. Tranquilo. — Faço sinal de positivo com as mãos. Numa questão de segundos vou até as caixas e pego um fuzil, carrego e miro bem na fuça do meu braço direito e levanta as mãos para o alto. Dou um passo para frente pro fuzil ficar bem pertinho dos cornos dele! — É a última vez que vou perguntar? Por que está faltando dinheiro?— Quer saber! — Riccardo olha para o Andrea, depois volta a olhar pra mim
Estava diante daquele desgraçado que estava no chão. Chorando que nem uma menininha. Que babaca. Eu achando, que essa merdinha estava me roubando, na verdade estava vendendo viado minhas drogas. AS MINHAS DROGAS! — Anda, Japa, explica essa merda! Estou esperando! — Me afasto e entrego o fuzil para o Riccardo, que segura. Depois volto para aquele babaca que não fala nada. Dou uma bufada. Pego pelos seus cabelos fazendo ele ficar em pé. Claro que ele começa a chorar. — Não, não… Por favor… Mattia… Dou um soco no seu estômago e o jogo no chão. — Puta que pariu! Como chora essa merda! — Olho para o Riccardo. — De onde que você arrumou esse cara? Sério? — Pergunto para o meu braço direito que abaixa a cabeça, ficando calado. Volto a olhar para o Andrea. Caminho até ele, ficando perto dele. Que continua no chão sentindo o soco que dei. Coloquei o pé nas suas costas, ele tenta levantar e começo a pisar com força. — Ai… Ai… Mattia, por favor… Não consigo me mexer… — Súplica com lágrimas no
Um mês antesFui para a diretoria da faculdade. Dei três batidas na porta e logo ouvi que podia entrar. Assim que entrei, fechei a porta e a diretora estava ali sentada na sua mesa. Olho pra cima para as lágrimas não cair. Vamos Emma! Coragem! Ela me chamou para me sentar. Puxei a cadeira e me sentei. — Bom dia Emma. Queria falar comigo? — Pergunta, a senhora Sheila. Fala com uma voz suave e tranquila. Não tenho o que reclamar dela, pelo contrário, tem me ajudado muito com os atrasos das mensalidades. Só de pensar que… Meu coração chega doer muito… Mas preciso… — Emma o que foi? Por que está chorando? — Olha dona Sheila… — Enxuguei a lágrima que estava caindo do meu rosto. — Sou muito, muito grata por tudo. — Fechei os olhos e as lágrimas caíram mais uma vez, de novo a enxugo. Enrolei o cabelo e joguei para trás. — Mas… Vou ter que trancar a faculdade de medicina… — Mas por que? Seu pai não vai conseguir pagar nesta semana, olha, se quiser pode pagar na outra… — A interrompi. — Nã