Ele saiu e fechou a porta. Fiquei pensando no que ele acabou de falar. A mãe dele… Ele disse que sua falecida mãe o ensinou a não fazer isso com uma mulher… Será que estou exagerando… Não! Ele é um bandido! Emma não se comove com ele. Não esqueça que ele me trouxe a força! Estou de pé, um pouco longe da cama com a mão no queixo pensando que ele estava falando antes. Que vai mudar esse quarto, até vai colocar a mesa de estudo pra mim… Droga! Será, o que eu ouvir sobre ele é mentira? Estou confusa. Escuto alguém bater na porta. Me aproximo. — Quem é? Mattia? — Pergunto. Será que é ele? Ele veio me buscar para o almoço? — Não. Sou a Guilia. Pode abrir a porta, por favor. — Ouvir a voz de uma mulher. Deve ser a mulher que encontramos na sala assim que entramos nesta mansão. Coloquei a mão na maçaneta e abri em seguida. Ela já vai entrando no quarto. Encostei a porta e olhei para ela. — Mattia está chamando para você descer! — Faz um gesto apontando para lá embaixo. Deve ser onde fica a
Estava sentada na cama com a mão apoiada. Lágrimas caiam sem parar. Não pode ser verdade! O que homem estava falando. Meu pai me ofereceu… Como pagamento… Balanço a cabeça negando. Olho para o lado e ele tenta tocar no meu ombro, mas dou um tapa na sua mão. — NÃO ENCOSTA EM MIM! SEU BANDIDO! ISSO É MENTIRA! — Esbravejo. — Pode me chamar disso que não me envergonho. E sim, é verdade sim! Seu pai lhe ofereceu para não morrer! Ele mesmo me disse! — Enfatizou, me fitando. Ainda estou sentada na cama, viro meu corpo para o lado com as mãos no meu rosto. Seco as lágrimas com as costas das mãos. — Olha, entendo você está assim Emma. Mas estou falando a verdade e não fui o único que lhe ofereceu. — Como é que é? — Virei e olhei para ele. Com a mão apoiada na cama me levanto devagar. — Não vou mentir e pra você também parar de achar que está aqui como pagamento de dívida. — Vou até ele, o encaro. Ele continua. — Antes pra conseguir mais drogas, as minhas drogas. Ele lhe ofereceu para um dos
— VOCÊ ESTÁ FALANDO SÉRIO? — Dou um pulo da cadeira, encarando. — Se você tiver brincando… — Não estou. — Ele levantou-se vindo até mim e colocou suas mãos no meu ombro, olhando nos meus olhos. — Quando estava na sua casa, para cobrar a dívida… — Deu uma pausa. — Fui ao seu quarto e vi as apostilas. Como não tinha condições de comprar os livros, desculpe, mas vou ter que falar, mesmo que isso de machuca. Mas o desgraçado do seu pai, por conta do vício dele, você perdeu de continuar cursando. Mas não se preocupe, comigo eu priorizo os estudos em primeiro lugar. — Olho para ele, um bandido falando isso? Não imaginava. — O que foi? — Indaga. — Não imaginava que você… — Um mafioso fazer questão com os estudos? Acho que você ia dizer isso? — Ele vai na cadeira e se senta. Assenti, também sentei na cadeira, o fitando. — Eu… Eu… — Gaguejo, ele ergue a mão para eu não falar mais nada. Engulo a seco. — Faço questão dos estudos porque é assim que trabalho. Eu que administro as minhas cois
— AHH! QUE ÓDIO! NÃO POSSO ACREDITAR NISSO! ESTOU COM TANTO ÓDIO DAQUELA GAROTA! — Reclamo, já estou na cozinha. De raiva pego um copo de vidro que estava na pia e jogo na parede da cozinha. Nem fazendo isso chama atenção dele, está lá sendo atencioso e carinhoso com aquela idota! Pego um copo que estava na pia que tinha acabado de lavar, me viro e jogo na parede, mais uma vez, que vira pó de tanta raiva que estava sentindo. Mesmo fazendo um barulho e nem assim ele vem aqui pra saber! Droga! Ainda por cima ele a trouxe à mesa abraçado com ela. ABRAÇADO? MERDA! Vou onde tinha jogado os copos de vidros, me abaixo e começo a catar pedaço por pedaço. Lágrimas começam a cair de tanta raiva que estou sentindo. E não era pra está assim, mesmo eu ter falado aquilo, era pra está bravo com ela, mas vão pra mesa todo cuidadoso com aquela menina chata! Acabo apertando a mão esquecendo dos pedaços do copo na minha mão. — Ai… — Dou um grito, abro a mão e noto que estou sangrando. Merda, merda! Ime
Acabamos de chegar na mansão do Mattia. Bati na porta e a Giulia abre e entramos em seguida com os materiais para pintar o quarto da garota. Deixamos o material no canto, mas a Giulia nos alertou para não nos deixarmos ali e sim no quarto onde vamos fazer o trabalho. Ela aponta para o andar de cima, noto que a mão dela, está enfaixada com um pano com um pouco de sangue. Vou até ela e pego na sua mão. — O que aconteceu com a sua mão? — Indago, todo preocupado. — Ai… Solta! Está me machucando. — Esbraveja, solto a sua mão. — Perdão… Não era minha intenção. Mas o que aconteceu? — Volto a perguntar, fitando. — Ei, onde colocamos essas merdas aqui? — Pergunta o Andrea, sem paciência. — Dar pra ficar lá com os outros, não ver que tô falando com a Giulia? — Me viro e olho para ele. A voz saiu ríspida. — Estou vendo! Mas não temos o dia todo pra ficar esperando vocês. — Ele olha para Giulia e depois me fita. Leva a mão no cabelo jogando para trás, tampando sua visão. — E outra, temos
Depois que saímos do carro fomos para faculdade. Quero logo que meu anjo volte a estudar. Só um momento… Eu disse meu anjo? Sacudir a cabeça. Estou ficando doido, mesmo! Deixo isso pra lá. Ela está andando na frente e vou a seguindo, atrás dela. Estávamos passando no pátio da faculdade, dei uma olhada rápida ao redor, até que é bonito. Tem árvores, alguns bancos para os alunos se sentarem para conversar ou até mesmo estudar. Assim que passamos por um grupo de alunos que estavam sentados perto de uma árvore, ouço um deles falando:— Nossa! Olha o tamanho daquele cara! É enorme e musculoso… Até que é um gato! — Disse uma loira que estava ali no meio. Bem que dizem que elas gostam de um Negão, rs. — Fala sério! Aquele babaca bonito, está zoando? Há, há. — Disse um branquelo que se levantou, apontando para mim. — Seu babaca, está perdido? — Gargalha o branquelo. Paro de andar. Olho para frente e Emma continua caminhando. Dou mais uma olhada, mas é para os lados para ver se tinha mais al
— Olá, sou Riccardo Ricci É um prazer conhecê-la. — Ergo a minha mão para cumprimentá-la. Ela me fita por um tempo. Fica desconfiada, acho que por está ali, com anjo e não o pai dela. — A senhora não vai apertar a minha mão? — Indago, levanto uma das sobrancelhas. — Ah, sim é claro. É prazer em conhecê-lo… — Ela aperta a minha mão. — Como se chama mesmo? — Riccardo. Riccardo Ricci. — Respondo, ela se afasta, ainda me fitando. — E o que o senhor está fazendo aqui? Não me lembro da Emma ter mencionado o senhor? — Ela olhou para o anjo e abaixou a cabeça. Depois voltou a olhar para mim. Merda! Vou ter trabalho, merda! — Que tal se a senhora deixar nos entrar para eu explicar? — A fito. Ela olha para o anjo que assente, balançando a cabeça. — Está bem. Por favor, entram! — Ela disse, abrindo a porta e se afastando para eu e anjo entrar, que em seguidafechou a porta. Ela foi para sua mesa sentou na sua cadeira, puxei a cadeira para o anjo se sentar, que agradece pela a minha atitude.
Depois que comemos a comida deliciosa que a Giulia fez (estava incrível mesmo), depois fomos para o quarto que ela tinha nos mostrado antes. Todos subiram as escadas. Vi ela tirando os pratos da mesa, falo para eles irem subindo que vou ajudá-la. O Andrea fez uma cara feia, mas foi junto com os outros. E fui até a mesa. — Riccardo, o que está fazendo? — Ela pergunta me vendo juntando os pratos. — Você não ia junto com os garotos lá pra cima? — Não precisam de mim. Eu quero ajudar aqui. — Seguro alguns pratos que tinha juntado e levo até a cozinha. Paro e viro meu rosto para ela. — Não vai me ajudar? — Ela pegou o restante das coisas e levou para a cozinha junto comigo. Assim que entramos na cozinha coloquei os pratos dentro da pia e a Giulia colocou as outras coisas no canto da pia. Ela virou e caminhou até mim. — Obrigada Riccardo. Já pode ir. — Ela levou sua mão no ombro. Numa questão de segundos coloco minha mão na sua cintura fazendo ela virar, ficando com o corpo colado no meu