Capítulo Oito - Mattia

Me afasto daquele verme. Sim, depois o que ele me disse, era isso que ele era. Olho para ele mais uma vez. Só pode ser piada. É isso! Vou até ele e começo a gargalhar. O Riccardo e os caras me olharam não entendendo nada, continuo rindo. O Riccardo se aproxima de mim.

— Andrea, qual é a graça? — Indaga me fitando segurando o fuzil.

— Não sabe que esse merda me disse? — Ainda rindo olho para o meu braço direito. Que balança os ombros sem entender. — Ele ofereceu sua filha como pagamento! Fala que isso não é piada?

— O quê? Ele fez isso? — O Riccardo olha para o infeliz todo sangrando tentando levantar, com muita dificuldade consegue ficar em pé.

— Não é piada… Cof… Cof… — Ele cospe sangue. Depois limpa com as costas da mão e volta olhar para mim. — Estou oferecendo a minha filha como… Pagamento…

— Está falando sério? — Dou um passo para frente, levanto a sobrancelha direita. — Está oferecendo sua filha como pagamento da dívida que me deve?

— Isso… Ela é nova, tem vinte e um anos… — Se aproxima e faz um gesto com a mão, quer falar no meu ouvido. Me viro inclinando para ele falar. — Ela não perdeu o cabarço. Sem contar que ela é de… — Não o deixo terminar de falar. Dou um soco na boca do estômago, em seguida pego pelo pescoço e dou outro soco no seu cenho e mais um. Depois o jogo no chão. E quando ia continuar a chutar ouço gritos.

— Pará! Para de bater nele! — Entra uma moça e vai até o desgraçado do velho. Acho que é a filha. — Pai? Está me ouvindo? Por favor, pai diga alguma coisa? — Ela está ajoelhada com as mãos no rosto do pai. Não consigo parar de olhar para ela. Ela é linda. Aqueles cabelos cacheados preso, de rabo de cavalo. A voz era doce e suave. Sair do transe quando ouvir a voz daquela moça linda na minha frente. — Como você pode fazer isso com ele? Não tem coração? — Sacudir a cabeça voltando em si. Olhando melhor para ela bem diante de mim. Mais ou menos do meu tamanho, não, é um pouco menor. Morena e olhos levemente puxados, estava braba vindo pra cima de mim. Me deu um empurrão. Noto que Riccardo ia pra cima da garota, olhei para ele erguendo o braço para ele ficar no mesmo lugar. Voltei a olhar para ela, seriamente.

— Olha tenho que dizer, ou é muito corajosa ou não sabe quem eu sou? Acho que vou ficar com a segunda opção! — Ela pisca várias vezes, depois engole a seco. Mas me olha nos meus olhos.

— Eu sei quem é você…

— É mesmo? Então fala como me chamo? — Dou um passo para frente, ficando bem perto dela. Podia ouvir seu coração bater mais forte. Está nervosa.

— Você… É o Mattia… — Ela disse. Me afastei e sorri para ela. E Riccardo se aproxima de mim.

— Chefe, o que fazermos? Se livra da moça e continua cobrando desse velho para te pagar? — Me virei, olhei ao meu redor da casa. Nada dentro desse barraco. Vou até a cozinha, abro geladeira e nada dentro. Volto para sala onde estava a mina e os moleques e mais o desgraçado do coroa.

— Ei você? — Aponto para a corajosa.

— Eu? — Ergue o dedo para ela. Aceno a cabeça que sim. — O que você quer?

— Vai para o seu quarto e arruma suas coisas. Você vai para minha casa. — Disse com as mãos no bolso da calça.

— Eu não vou não! Você não manda em mim? — Levanto a sobrancelha. É muito abusada essa garota!

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