Capítulo Sete - Emma

— Ai meu Deus! Ai meu Deus! — Com uma mão no peito e a outra sobre ela dando umas batidas. Ando para um lado e para o outro. Estou muito nervosa. Já não bastava o meu pai ser um viciado nessa droga nojenta, agora descobrir que está defendendo o dono… Não pode ser…

— Emma para de andar assim. Está me deixando nervosa… — Disse a dona Luíza que continua sentada na cadeira.

— Nervosa? Eu, que estou nervosa com isso tudo! Agora esse mafioso quer matar o meu pai… — Me viro, e encaro. Até esqueci que é a minha patroa.

— Se acalme, não precisa ser grossa. — Ela ergue a mão fazendo o gesto para me acalmar. Olhei para ela com a cabeça baixa. Me aproximo e me apoio na cadeira.

— Me desculpa… Mas estou nervosa… Meu pai pode morrer… — Olho para o lado. Tem que ter um jeito para ajudar o meu pai. De repente olho para ela. — Olha dona Luíza, vou ter que sair. — Me afastei e caminhei até a porta, porém, ela pega no meu braço e se levanta da cadeira.

— Você vai aonde? Não me diga que vai para sua casa? — Sacudir a cabeça que sim. Ela distancia, soltando o meu braço. — Menina está louca? Você não pode fazer nada! Ele é muito perigoso…

— Não tenho medo! E já está decidido! Vou lá agora! — Dou as costas para ela e saiu da pensão. Começo a correr até a minha casa. Tomara que não seja tarde… Que esse tal traficante não faça nada com o meu pai…

Mattia

Vejo os moleques trazendo o velhote já vestido e de banho tomado. O Riccardo vem na frente, depois fica do meu lado e os caras o jogam no chão. Tenta se levantar mas só consegue ficar sentado. Leva a mão na cabeça.

— Ai… Que dor de cabeça… — Olha para mim e depois para os caras. — Quem são vocês?

— Caralho! O coroa cheirou tanto que esqueceu da gente? — Disse um dos meus homens. Que se aproxima do velho e dá dois t***s no seu rosto. Ele olha para o lado e acho que reconheceu o Andrea que abaixou a cabeça na mesma hora.

— Agora estou lembrando. Você me vendeu as drogas porque estava interessado na minha filha… — Olho para o Riccardo que também olhou para mim. Acenei para ele ir no velho e fazer o que tem que fazer. O meu braço direito vai no velho pegando na gola da sua camisa fazendo ele levantar na marra!

— Escuta aqui coroa. Estamos aqui para cobrar o que você deve para o Mattia! — Olha para o Riccardo, confuso.

— Devendo? Não estou devendo nada… Eu combinei com ele… — Levanta a mão apontando para o Andrea que vai para o outro lado com a cabeça baixa. Olho pra cima bufando de raiva. Levo a mão no rosto e esfrego os olhos para tentar me acalmar.

— Seu filho da puta não tem nada combinado! A droga pertence ao Mattia e não para aquele comédia, ouviu? — Riccardo sacudiu sua gola, depois deu

t***s bem no seu rosto que perdeu o equilíbrio e caiu no chão.

— Mas não tenho o dinheiro… Agora… Por favor, não tem outro… — O Riccardo pega o fuzil que estava pendurado e com a parte de trás dar bem na sua cara. Ele continua lamentando que não tem o dinheiro, o meu braço direito me olha e aceno para ele continuar. Ele olha para o pessoal e faz sinal para ir com tudo pra cima dele: o chutam, batem com o fuzil nele. Até que ele conseguiu levantar a mão e falar algo. Eu assobio para se afastarem e vou até o desgraçado que está todo machucado, e pingando a sangue.

— Acho que você quer falar algo? — Estou na sua frente com os braços cruzados na altura do peito.

— S… Sim… — Disse o velho com a voz baixa.

— Então diga. Não posso mais perder tempo. — Me agacho, o fitando.

— Eu não tenho dinheiro para pagar… Mas tenho a minha filha, ela pode servir como pagamento? — Ele pergunta, murmurando. Me levantei na mesma hora. Não estou acreditando. O desgraçado está oferecendo sua filha como pagamento? Eu ouvi direito?

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