ALANA NARRANDOEstou completamente ofegante. Estava sentada por cima de Hanner, com ele dentro de mim, rebolando feito uma vadia, pra ele. Esse homem me deixa alucinada. Assim que ele saiu de dentro de mim, eu me deitei por cima dele e me aninhei em seu corpo gostoso. Hanner parece uma galeria de obras de arte. Adoro seu corpo todo tatuado, seu cheiro gostoso pois anda sempre perfumado, seu cabelo sempre bem arrumado... Hanner é bem mais velho que eu, vinte anos e alguns meses, mas isso não faz diferença. Quem olha pra esse homem sabe o motivo de eu não resistir.Me deitei ao lado dele, finalmente, depois de ter ficado por cima dele um tempo. Me entreguei àqueles grandes braços que me envolvem sempre com muito carinho. É bom demais ter o Hanner pra mim, nossa... É bom demais ser dele. Ele me dá um conforto fora do comum. Nunca me senti assim, nunca.Fecho meus olhos e respiro fundo. Meu rosto está aninhado em seu peito, e ele acaricia meu cabelo.— Tudo bem, ratinha? — Ele questionou.
ALANA NARRANDOHanner ficou muito preocupado com minha dor no abdômen, e marcou médico para de manhã. Ele conseguiu um encaixe com uma amiga médica e quando deu sete da manhã, já estávamos a caminho do local da consulta.— Como você está se sentindo? — Ele perguntou.— Estou melhor que ontem. Não precisava desse alarde, foi só uma cólica, isso é normal.— Não custa conversar com a médica e tirar possíveis dúvidas, não é mesmo? — Eu concordei com a cabeça.Isso não era ruim, de forma alguma. A preocupação de Hanner comigo me encanta.Quando chegamos no consultório, chiquérrimo por sinal, fizemos um pequeno cadastro e logo uma loira muito bonita, alta e de jaleco veio em nossa direção.— Hanner, meu amigo! — Ela veio com simpatia demais para perto dele. Não gosto disso, mas olhei para a mão dela e vi uma aliança. — Como está? Quanto tempo!— Laura! Eu estou muito bem, e você? Não te vejo desde a... Georgia.— Faz dezoito anos, Hanner. Você é um amigo muito ausente. — Ela riu e o abraçou
HANNER NARRANDOEu estava parado na cozinha, observando a cara da Alana, que estava em estado de choque.— Hanner, eu... — Ela fez uma pausa. Eu ainda estava segurando seu braço, então a soltei. — Eu estou grávida!Puta merda.— Oi? — Questionei. — Como?— Até onde eu sei, pessoas que fazem sexo correm esse risco. — Ela disse e cruzou os braços.Tive vontade de rir do bico que ela fez. Eu sentia meu corpo gelar dos pés a cabeça. Alana tem quase dezenove anos, mas ainda assim, acho jovem demais para ter um filho... Ainda mais com um assassino da máfia, e no meio de uma guerra!— Puta que pariu! — Exclamei. Não foi pela gravidez em si, mas sim pelo momento. — E agora? — Ela me olhava, com os olhos arregalados como se fossem saltar de seu rosto.— Eu não sei, Hanner! Eu estava tomando as pílulas, mas... Ai, que droga, a culpa é toda minha. Eu sou uma grande idiota. — Ela resmungou para si mesma.Eu estava ansioso, nervoso e com um monte de sentimentos misturados. Gente, Alana está grávid
HANNER NARRANDOEstou sentado na cozinha da minha linda casa, afiando uma faca para cortar a carne do churrasco que estamos fazendo no jardim. É aniversário da nossa filhinha. Depois que terminei de afiar a faca, comecei a cortar a carne na tábua de corte e levei os bifes para o lado de fora. Observei os convidados: Cerca de oitenta pessoas, com chapéus de festa, balões... O rosto de cada um deles era bastante familiar: Fui eu quem tirei suas vidas. Eu fui até a churrasqueira, enquanto em silêncio, eles me olhavam, em silêncio também. Uns com tiros, sangrando. Outros com facadas, outros ensopados de água, alguns com cordas no pulso ou algum tipo de corrente... Todos em silêncio.Alana saiu de dentro de casa com um bolo na mão, e todos eles começaram a aplaudir e cantar “parabéns para você”. Uma garotinha, com vestido cor de rosa, me olha com um lindo sorriso... Alana coloca o bolo em cima da mesa, e pega a menininha no colo. Elas continuam a cantar parabéns, felizes, mas eu ainda olho
HANNER NARRANDOPassear com Alana para fazer compras parecia uma ideia maravilhosa, mas o estômago dela não concordou com isso. Ela quase vomitou algumas vezes dentro das lojas, e na última, vomitou de verdade.— Hanner... Está muito calor, eu não estou aguentando mais andar. Vamos embora, vai. — Disse, desistindo das compras.— Vamos. — Concordei.Compramos poucas coisas, tudo branco e amarelo, porque não sabemos o que vem por aí. Torço para que seja uma menina e um menino, mas tudo bem se não for.Quando chegamos em casa, Alana correu para o banheiro. Ela estava passando super mal. Vomitou mais uma vez e eu fiz um chá de erva doce, para ver se ela melhorava um pouco. Ela tomou e decidiu deitar, para descansar um pouco.Como eu e Alexander brigamos, tenho passado bastante tempo em casa. Tenho fuçado nas coisas, já que essa casa não é minha e sim de Ryan, e pensado em um plano para controlar o Alexander de vez.“Meow”, ouvi. Olhei para trás e Vlad me olhava com os olhos bem arregalado
HANNER NARRANDOSaí com a mão na testa, sabendo que estava sangrando. Eu não ligo para isso, mas preciso estancar com alguma coisa, então, por enquanto, a mão serve.Eu andei para o mais longe possível, até que finalmente achei um telefone na estrada. Liguei para um colega meu, minha coleta de emergência, e ele veio em poucos minutos.— Hanner, o que aconteceu? — Disse, quando entrei no carro. — Você tá com o rosto todo sujo de sangue. Alguma vítima te deu trabalho?— Não, Taylor. Eu era a vítima dessa vez. Mas não vem ao caso. — Respirei fundo e encostei a cabeça na parte de trás do banco. — Minha cabeça está explodindo. Me leva pra casa do Ryan, pelo amor de Deus.— Eu levo, é claro. — Disse.Silêncio. Eu estava tão cansado que cochilei. Confio no Taylor, ele é pra quem eu ligo quando tudo dá errado. E hoje, tudo deu errado. Quando chegamos na minha casa, eu precisei ser acordado por ele. Ele me cutucou com a mão, e eu despertei em um pulo.— Chegamos.Tive que me localizar primeiro
ALANA NARRANDOSinto a água quente descendo por meu cabelo. Fecho meus olhos e abro um sorriso. Eu amo acordar cedo, fazer amor com o Hanner e tomar banho com ele. Ele está com as duas mãos em minha cintura, e tudo parece acontecer em câmera lenta. Deslizo minhas duas mãos por seu peitoral, enquanto ele aproxima o rosto do meu com um sorriso. Seus lábios tocam os meus, e eu o retribuo.— Eu amo você. — Ele sussurrou.— Também amo você. — Respondi.Passei meus braços ao redor do pescoço dele, e o beijei, embaixo da água quente. Eu sentia suas mãos em meu corpo, sua pele na minha... É tão bom tê-lo comigo.Depois que tomamos banho, eu me troquei e peguei meu tablet. Estou estudando algumas coisas sobre culinária, quero aprender a cozinhar melhor. E eu gosto de ver os vídeos. Ryan tem assistido alguns vídeos comigo também, o que é legal.— Alana, hoje eu vou passar o dia fora. Me deseje sorte. — Hanner disse. — Eu vou começar a derrubar o Alexander.O plano de Hanner foi discutido esses
HANNER NARRANDOEstou bravo. Muito bravo. Infelizmente, o Vlad perdeu a patinha. Foi uma sorte do caramba sobreviver, aliás, não acho que foi sorte, acho que foi Deus.Vlad está deitado em cima de uma coberta, em uma gaiola grande, no hospital veterinário.— Vou abrir para vocês poderem falar com ele. — O veterinário disse. Alana estava chorando, porque viu que ele está meio molenga.— Oi, Vlad. — Ela correu até a gaiola e começou a fazer carinho em sua cabeça.Ele soltou um gemidinho, como se dissesse um oi, na língua dos gatos, mas continuou paradinho e com a cabecinha deitada no cobertor. Depois que ela o cumprimentou, foi minha vez. Me aproximei e fiz carinho na cabeça dele.— Você é meu herói, gato perneta. — Falei e sorri. Alana prendeu a risada.— E como vão ser as coisas, a partir de agora? — Alana perguntou ao veterinário.— Como ele foi picado por uma cobra, vou deixa-lo aqui por mais dois dias. Depois, se tudo correr bem, eu libero pra vocês voltarem pra casa com ele. Vocês