ALANA NARRANDOAcordei e Hanner estava saindo do banheiro apenas de toalha. Aquele corpo malhado cheio de tatuagens me deixou sem ar. Eu sentei na cama, o olhando de cima a baixo. Ele ficou parado, me olhando também.— Por que está olhando tanto pra mim? — Questionou.— Porque você é lindo, Hanner. — Ele sorriu de forma maliciosa.Foi até o guarda-roupa e terminou de se secar, colocou a toalha pendurada no fecho do guarda-roupa enquanto se trocava na minha frente sem nenhum pudor. E eu o olhava.— O que foi? Você já me viu sem roupa antes. Não faz o menor sentido me esconder.— É, tem razão. — Eu me levantei. Ele já estava vestindo uma cueca branca e estava de costas. Coloquei as mãos em suas costas e as deslizei ali. — Eu gosto do que vejo.Ele virou de frente para mim, e eu coloquei minhas mãos em seu peitoral. Eu posso ser tímida, doce, mas eu sei o que quero. E apesar de não ter coragem de atacar ele, eu confesso que gostaria.Ele apoiou as mãos em meus cotovelos, passou os polega
HANNER NARRANDOEu fiquei dias fora de casa. O compromisso demorou muito mais do que imaginei. Por sorte, deixo um bolo de dinheiro escondido dentro de uma gaveta, e liguei para a Alana, mandando que ela se cuidasse. Ela disse que faria isso, e pediu que Sarah ficasse com ela no meu apartamento. Mantive minha regra: Sem entrar no meu escritório e sem entrar no meu quarto. Meu escritório está trancado, de qualquer forma. Eu não quero que ela entre e veja a quantidade de arquivos e papeladas... Ou encontre alguma foto que a deixe assustada.É domingo. Estou indo para casa, no carro, sujo, cansado e muito decepcionado comigo mesmo. Cada dia que passa, eu odeio mais fazer o que faço. Eu não sei dizer se a culpa é de Alana, que tem quebrado meus muros, ou se é culpa minha, mesmo. Meu coração de pedra está amolecendo e para o emprego que tenho, isso é horrível. Eu fiquei triste de carregar tanta gente sem vida pra lá e pra cá nesses dias que estive fora.Enquanto eu dirigia, comecei a dar s
HANNER NARRANDOAlana começou a tirar a roupa que usou na igreja, ficando apenas com um top de academia e um short também de academia. Os dois eram brancos, deduzi que era para não aparecer por baixo da roupa que ela estava vestida antes. Deixou a roupa em cima da mesa, para guardar depois.— Senta aqui comigo, Alana. Quero conversar com você sobre meu trabalho e sobre... O que sentimos um pelo outro. — Eu suspirei, de forma pesada, e olhei para baixo. Como a gente dá más notícias depois de algo como isso? Eu realmente me senti amado hoje, com o que a amiga dela disse, com o que ela mesma confessou... É muito difícil pensar que agora eu preciso jogar um balde de água fria e mostrar no que ela está se metendo e no tipo de cara que eu sou.— Pode falar, eu já estou preocupado.— Você sabe as pessoas que eu trabalho? Elas jamais me deixariam sair. A máfia alemã é cruel, Alana. Não é como um clube que você entra e sai a hora que quer. Temos compromisso com isso, entende? Eu... Eu meio que
ALANA NARRANDOEu sentia as duas mãos de Hanner em meu rosto, enquanto ele me beijava. Seria difícil resistir a ele, principalmente considerando o fato de que eu sei mais ou menos o que me espera. Ele levou a boca até meu pescoço, deslizou o nariz por ali e aquilo me fez tremer. Minha pele inteira se arrepiou e eu não contive meu sorriso. Quando ele finalmente começou a beijar meu pescoço, minhas mãos automaticamente apertaram seu ombro e eu fechei meus olhos de forma apertada.— Você é linda, Alana. E eu te quero mais do que você imagina. — Ele disse e aquilo fez com que eu sentisse que era a garota mais linda do mundo.Passei minhas mãos para seu rosto e o fiz colocar novamente na frente do meu. Eu o beijei, e ele me beijou de volta, se empurrando contra mim. Eu senti que ele estava me querendo, provavelmente tanto quanto eu o queria. O que eu estava fazendo? Eu o queria tanto que estava perdendo a noção do perigo, que não é exatamente um perigo, afinal, eu já fui dele, mas gostaria
HANNER NARRANDOTudo bem, eu já sabia que as coisas seriam diferentes depois que comecei a me abrir com Alana, mas... Eu não sabia que as coisas mudariam tanto. Alana colocou um monte de flores na minha casa e trouxe um gato. Tudo bem, eu não ligo para as plantas, mas o gato... É estranho. Principalmente porque ele me olha como se fosse o dono da casa.Como o dia foi muito cansativo, tomei um banho e fui deitar depois do jantar. Alana veio deitar comigo, acho que agora ela entendeu que eu a quero perto. Sinceramente, minha vontade era arrancar a roupa dela e descontar tudo em sexo, mas eu preciso respeitar essa menina. É, preciso. Então, apenas a abracei, fechei meus olhos e tentei dormir.Mas como a gente dorme depois de ter feito o que eu fiz fora de casa? Quer dizer, se fosse antes, eu apagaria feito pedra. Mas... Não agora. Eu me sinto culpado. Foram três vidas, três. E eu não pude fazer nada, o que me faz sentir pior ainda. Meu chefe aplaude, e se fosse antes, eu mesmo aplaudiria
HANNER NARRANDOEu sabia que não seria fácil, só não sabia que seria tão difícil. Estou sentado no sofá na casa desse homem que desconheço, mas que preciso cobrar a dívida. A família toda dele já está contida em um quarto, enquanto ele está amarrado na minha frente. Estou com a arma na mão, o olhando. Tudo que consigo pensar, no momento, é nos olhos de Alana. Eu me sinto um lixo por fazer o que preciso fazer.— Sabe por que estou aqui? — Questionei, o olhando. Minha vontade é de não falar ou fazer coisa alguma.— Eu sei. — Disse, chorando. — Por favor, não mata minha família. — Implorou. — Eu sei que fiz coisas horríveis, mas eles não fazem ideia de nada. Por favor, tenha misericórdia!Misericórdia. Algo que eu não conhecia antes. É dolorido sentir, mas isso me fez perceber que eu não sou quem eu achava que era. Fui criado para ser um homem de ferro, sem sentimentos, raivoso, pronto para eliminar o que quer que fosse do meu caminho. E agora, eu tenho uma mulher em casa por qual estou
ALANA NARRANDOÉ muito difícil resistir ao Hanner. As mãos dele acariciam meu corpo de forma perfeita. É como se elas fossem feitas para isso. Sua boca me beija de uma forma que eu não consigo resistir.Ele desceu a boca por meu queixo e depois atacou meu pescoço. Eu apertei minhas mãos em seus ombros, fechei meus olhos e afundei a cabeça no sofá. Minha respiração, completamente ofegante, revelava o que eu estava sentindo por ele. Sabe, se eu não estivesse convicta do que é certo ou errado, eu faria sem pensar duas vezes. Mas aquele pensamento de que talvez eu esteja cometendo um pecado me assombra, e me faz tentar resistir...Tentar. Tentar com ele por cima de mim, esfregando o quadril no meu e beijando meu pescoço, é bastante difícil. Ele ainda beijava meu pescoço quando alcançou minhas mãos com as dele e as prendeu acima da minha cabeça, de forma dominadora, mas ao mesmo tempo, sem fazer com que eu me sentisse presa ou coisa do tipo. Aquilo só me deixou com mais vontade de me entre
HANNER NARRANDOAcordei e o maldito do gato estava literalmente em cima de mim. Ele me olhava como se eu fosse o servo dele. Estou de barriga pra cima, Alana dorme no meu peitoral e o gato na minha barriga.Eu tirei o gato, depois ajeitei Alana com bastante cuidado para não acordá-la. Deus, ela parece um anjo dormindo. Os cabelos castanhos compridos, levemente caídos em seu rosto e bagunçados... Os olhos fechados com cílios enormes e aquele rosto de quem dorme em paz, com a consciência tranquila. Tudo isso me atrai muito.Tomei um banho rápido e depois me troquei. Quando fui preparar meu café da manhã, lá estava o gato, em cima da bancada da cozinha. Eu o olhava nos olhos e ele me olhava. Ele parece que odeia o mundo, mas sinceramente, quem odeia o mundo deita em cima de alguém?Enquanto a água do café fervia, eu me aproximei dele. Ele se levantou e veio em minha direção. Aproximei minha mão dele, e ele esfregou o rosto nela. Fechou os olhos como se aquele carinho fosse necessário. No