Capítulo Seis!

Ferman Aksoy

O relógio na parede marcava o avançar da noite, mas eu sabia que ainda havia uma última batalha a enfrentar naquele dia. Fui chamado ao escritório de meu pai, Ferhat, o patriarca da nossa família. Entrar naquela sala sempre trazia uma carga de tensão, mas dessa vez parecia ainda mais intensa. Era quase como se o ar estivesse mais denso, me forçando a manter a calma diante do olhar penetrante de meu pai.

Ferhat Aksoy, um homem impiedoso e sim, nossa família era da Máfia turca, que foi passado de geração em geração, meu irmão Erkan havia falecido a poucos meses e meu pai se culpava por isso, já que ele quem deveria resolver os assuntos pendentes da máfia Bozkut, nossos maiores inimigos.

Sempre me mantive distante dos assuntos da empresa da minha família, apenas assumi o cargo como o CEO e médico do meu hospital, mas as vezes tive que de forma obscura salvar vidas de gangsters que trabalham para a máfia Aksoy, agora só preciso cumprir com o único pedido que meu irmão fez a mim desde que sua esposa estava grávida do Faruk, que se algo acontecesse, eu deveria lutar contra tudo e todos para criar o filho dele como se fosse meu.

Meu pai estava sentado em sua poltrona de couro escuro, os dedos entrelaçados sobre a mesa enquanto me observava com um olhar crítico. Sem dizer uma palavra, ele gesticulou para que eu me sentasse. O silêncio inicial foi quase ensurdecedor, e eu sabia que ele estava prestes a questionar minhas decisões.

— O que pensa que está fazendo, Ferman? — A voz de meu pai soou firme, cortante. — Agora você quer ser o pai do seu sobrinho?

Eu o encarei, tentando manter o controle da minha expressão.

— Faruk é seu neto, pai. Ele precisa de estabilidade, de amor, e precisa crescer em nossa família.

Meu pai soltou uma risada fria, como se estivesse diante de uma piada de mau gosto.

— O patriarca desta casa sou eu, Ferman. Você passou por cima de mim ao tomar essa decisão, sem sequer me consultar. E agora vem falar de família? Me diga, como pretende criar Faruk se nem ao menos pode lhe dar uma mãe?

Eu sabia que precisaria ser direto. Inspirando fundo, disse:

— Vou resolver isso. Planejo me casar com Leyla Ylmaz. Ela será uma mãe para Faruk.

Por um momento, a expressão do meu pai foi de surpresa, mas logo ele a substituiu por seu semblante habitual, severo e impassível.

— Casar com essa advogada… Acha que isso resolverá tudo? Só porque disse isso, espera que eu confie em sua escolha?

Seu olhar era cortante, e eu sabia que ele tentava avaliar o quanto minha decisão era verdadeira. Endireitei-me, sustentando seu olhar.

— Sei que a situação não é comum, mas eu estou pronto para assumir essa responsabilidade. Faruk merece estar aqui, e só peço que não se oponha a isso.

Ele me encarou em silêncio por longos segundos antes de murmurar:

— Está certo. Se você vai se casar e oferecer um lar para Faruk, não farei nada para impedi-lo de conseguir a guarda. Mas, Ferman... — ele me olhou com uma intensidade ameaçadora — Se ousar falhar em qualquer promessa que me fez aqui, saiba que enfrentará as consequências.

Eu sabia que ele não falava por falar. As ameaças de meu pai sempre vinham carregadas de consequências reais e, ao deixar o escritório, senti o peso daquela promessa.

Continua...

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