Capítulo Quatro!

Ferman Aksoy

Leyla entrou no carro batendo a porta com uma certa força, como se quisesse deixar claro que não estava exatamente feliz em estar ali. Ela se manteve rígida, braços cruzados, enquanto eu manobrava. Olhei para ela, e um sorriso surgiu sem que eu pudesse evitar.

— Não esperava que a mulher que foi tão rude comigo mais cedo fosse minha advogada — provoquei, apenas para ver como ela reagiria.

Ela manteve o olhar fixo à frente, mas senti o tom firme na voz dela.

— Não estava sendo rude, Ferman. Estava apenas fazendo o meu trabalho.

Ri. Ela era determinada, tinha uma presença impenetrável. Silenciosa, mas afiada. Após alguns minutos de silêncio, estacionei em frente à minha casa. Sabia que ela ia reagir.

— Não vou entrar. Achei que era só um jantar, não uma visita à sua casa — disse, firme, me desafiando com o olhar.

Saí do carro e fui até o lado dela, abrindo a porta e estendendo a mão com um sorriso leve.

— É só para jantar, Leyla. E, para ser honesto, você não faz o meu tipo.

Ela soltou uma risada contida, olhando para mim com uma sobrancelha arqueada.

— Que alívio. Porque você até faz o meu tipo, mas só se fosse em outro milênio, não nesse.

Ri com sinceridade. Essa mulher era um enigma. Caminhamos até a entrada, e eu segurei sua mão. Ela tentou recuar, mas não deixei. Quando entramos, a família já estava à mesa, nos esperando, e pude sentir o olhar de surpresa de todos. Eda, minha irmã mais nova, foi a primeira a falar.

— Essa é sua nova namorada, Ferman? — perguntou ela, com um sorriso divertido.

Antes que Leyla tivesse tempo de responder, eu me adiantei.

— Digamos que ela desperta em mim algo que nenhuma outra mulher já tentou. Talvez seja muito mais do que uma namorada.

Leyla me lançou um olhar que misturava descrença e sarcasmo. Sorri, aproveitando cada segundo.

— Sou a advogada dele — ela disse para todos, deixando claro o limite. — E tenho certeza de que me convidou para jantar com vocês esta noite para me convencer a vencer o caso dele. Afinal, a família é importante para ele, certo?

Minha mãe riu, e o clima à mesa se descontraiu. Leyla acabou relaxando, conversando com todos, compartilhando algumas histórias que a faziam se esquecer da formalidade. Eu a observava, admirado pela maneira como ela se integrava, rindo com a minha mãe, respondendo às provocações de Eda.

Quando o jantar terminou, ofereci para acompanhá-la até a sua casa. Assim que ficamos sozinhos, eu a encarei, sabendo que era agora ou nunca.

— Sabe, Leyla, eu realmente não te trouxe aqui só por causa do caso.

Ela cruzou os braços, mantendo o tom desafiador.

— Então, por que me trouxe?

Hesitei, mas as palavras saíram, mais sérias do que eu pretendia.

— Porque, honestamente, nunca conheci alguém que me desafiasse assim e você talvez precise de um amigo, receio que eu posso ser a solução dos seus problemas.

—Isso é sério?—ela diz ainda sendo sarcástica.

—Você pode não querer ajuda, mas precisa de mim, então quero que seja a melhor advogada que eu já pude ter e que eu tenha a guarda do meu sobrinho, se isso acontecer, você poderá contar comigo para tudo, até mesmo para colocar sua madastra fora da sua empresa.

—Eu não preciso que me prometa nada senhor Ferman, eu irei fazer o meu trabalho e você terá seu sobrinho, lhe garanto isso.—disse ela e logo pegou minhas chaves, entrou no carro e saiu de lá dirigindo.

—Essa mulher vai me deixar louco.—digo enquanto a vejo saindo com o meu carro, para fora da mansão.

continua....

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