“Isso é algo que muda totalmente o cenário, Majestade.” Finn declara com surpresa na voz. Há também preocupação, algo que ele tenta esconder, mas que transparece em cada palavra.“Eu sei, por isso preciso que vocês agilizem logo a anulação do meu casamento. Preciso me casar com Aria o mais rápido possível. A segurança dos meus filhos depende disso,” informo, sem paciência, deixando claro que minha tolerância está no limite.Minha voz reverbera pelas paredes, ecoando como um trovão. Os olhos dos conselheiros me seguem enquanto ando de um lado para o outro, incapaz de conter a inquietação que me domina. A raiva que sinto de Aria ainda pulsa, ainda que uma parte de mim deseje que não seja assim. A fúria que sinto parece aumentar a cada segundo, um incêndio que consome tudo em seu caminho. Meus punhos se cerram, e cada músculo do meu corpo se tenciona. A imagem de Aria, com aquele olhar desafiador, invade minha mente. Como ela consegue ser tão teimosa? Como ousa me desafiar ao ponto de pr
“O senhor já está recuperado, graça aos deuses… a cirurgia foi um sucesso e a sua recuperação surpreendeu a todos,” o médico relata, seu tom é de orgulho e satisfação.Estou deitado na cama de hospital. O quarto é espaçoso e possuiu um pouco de decoração que não torna o local tão deprimente. Presto atenção nas declarações do médico o máximo que consigo, porém, o que eu quero saber é sobre Aria. Se ela está bem.As palavras do médico se misturam com o zumbido nos meus ouvidos. Eu tento prestar atenção, mas minha impaciência cresce. A cada segundo que passa, meu coração acelera, não pela tensão da recuperação, mas pela ansiedade. Assim que o médico conclui seu relatório detalhado sobre meus cuidados, uma enfermeira aparece à porta. Sua presença é uma distração bem-vinda, e quando ela anuncia que há uma visita para mim, minha respiração prende por um momento. O desejo de que seja Aria toma conta de mim como uma chama, trazendo um raro vislumbre de esperança.Mas esse lampejo de expectati
A porta do meu escritório se abre com um estrondo, batendo com força na parede, fazendo o som ecoar pelo ambiente silencioso. Do outro lado, Alexander está parado, seus olhos queimando com uma fúria que é quase tangível. Seu rosto está severo, cada linha de sua expressão tensa, como se ele estivesse lutando para manter algum controle sobre si. É impossível não reparar na rigidez de sua postura e no modo como seus punhos estão cerrados ao lado do corpo. Ele parece uma tempestade prestes a desabar.Fico surpreso ao vê-lo aqui tão cedo. Sua recuperação foi rápida — rápida demais. Ainda consigo sentir o cheiro metálico e frio dos remédios que impregnaram sua pele durante o tempo que passou no hospital. Não consigo decidir se isso é um testemunho de sua determinação ou apenas uma teimosia imprudente. Mas uma coisa é clara: ele não está aqui para discutir estratégias ou para tratar do ataque que quase lhe custou a vida dias atrás. Não, a energia que Alexander emana agora é muito mais pessoa
Minha respiração está ofegante, sinto os braços firmes e fortes de Alexander abaixo de mim, me abraçando pelos ombros.Deito minha cabeça em seu peitoral, me sentindo segura e feliz com esse momento após o sexo. Nada poderia ficar mais perfeito do que isso. O quarto exala a nossa paixão, eu observo a luz da tarde invadindo pela cortina, dançando pela cama bagunçada.“Aria, eu preciso conversar com você” Alexander diz de repente, sua voz grossa e rouca, soa com pesar.Levanto o meu corpo e giro minha cabeça para olhá-lo, percebo em seus olhos azuis-escuros iguais o oceano de madrugada, profundo e misterioso, carregar algo que o está correndo.“Sim, meu amor, o que foi?” incentivo, passo a mão por uma mecha do cabelo castanho ondulado dele, algo que sempre me trouxe paz de fazer.Porém, Alexander segura a minha mão e afasta do seu rosto, ele senta na cama e respira fundo, eu olho para ele com preocupação, sem entender o que está acontecendo.“Não está dando certo, Aria” Alexander anunci
Minha última noite como um homem livre e solteiro. O pensamento de que amanhã a essa hora estarei casado, me causa enjoo. Ando pelas ruas do meu país sem saber exatamente o que fazer com o meu último dia de liberdade. Sei que o casamento será a salvação para o reino, pelo menos, é o que eu torço que seja.Meus pensamentos são avulsos quando entro no bar, sei que as roupas simplórias que estou usando me ajudara a mesclar com os plebeus. Afinal, está sendo anunciado em todos os lugares o meu casamento, mesmo eu sendo um rei recluso que tenta sempre fugir dos holofotes. Com as roupas simplórias e um feitiço de camuflagem, tenho uma noite tranquila pela frente.Até que eu a avisto e sinto o seu cheiro. Meu lado lycan fica eufórico com o cheiro da humana, algo que nunca aconteceu antes. O cheiro dela é impregnante, avassalador e, ao mesmo tempo, exótico. Me aproximo dela como se ela fosse o sol e eu tivesse que orbitar em sua direção.Assim que me sento ao seu lado, a jovem não esboça nenh
Cinco Anos Depois…O salão está abarrotado de meses redondas espalhadas pelo cômodo amplo e bem iluminado. A decoração me enche os olhos e eu me pergunto se algum dia terei dinheiro para fazer algum evento desse nível de magnitude.Eu equilíbrio a bandeja com as taças de champanhe enquanto passo por entre as mesas oferecendo as bebidas. As pessoas sentadas, toda bem vestidas e elegantes, me ignoram como sempre fazem quando não querem nada sendo oferecido. Tão soberbas e esnobes que me faz ficar irritada. Respiro fundo e continuo passando por cada mesa, alguns aceitam e outros simplesmente continuam me ignorando.O som da festa preenche o ambiente com o falatório dos convidados. A pista de dança comporta apenas adultos dançando e alguns adolescentes com coragem para dançar de forma engraçada. Mantenho minha atenção em cada detalhe que há no salão, notando também minhas colegas garçonetes servindo os canapés e outros pratos.Volto para a cozinha que destoa com a elegância do salão. O lo
“Há mais alguma coisa que eu posso oferecer, para Vossa Majestade?” meu servo questiona. Seus lábios voltam a beijar a minha coxa, o que me causa um arrepio.Meu corpo continua em êxtase pelo o orgasmo que tive, eu sinto ainda o tremor pelo meu corpo e em minha intimidade o latejar do meu clitóris inchado. Olho para o homem deitado entre as minhas pernas. A sua devoção em me agradar chega a ser um pouco patética.“Silêncio,” respondo com frieza e o puxo pelo braço para cima.Percebo que seu membro está rígido e pronto para me penetrar. Deito o homem na cama e subo nele, encaixando o seu membro em minha entrada. A penetração é fácil e eu sinto o prazer percorrer todo o meu corpo. O rapaz começa a ficar mais ofegante e a querer gemer, algo que quebra a minha concentração prazerosa.“Silêncio,” ordeno antes de tampar sua boca com a minha mão.Meu corpo inteiro está carregado de luxúria e desejo. Consigo controlar o ritmo da penetração, o movimento de ir e vir com rapidez. Meu corpo fica
A expressão no rosto do coordenador, uma mistura de desculpas envergonhadas e um certo temor, só aumenta a sensação de sufoco em meu peito. Sua postura inclinada diante da rainha Seraphina e do rei Caelum, como se estivesse tentando compensar um erro gravíssimo, me faz sentir minúscula, insignificante, um inseto prestes a ser esmagado. As palavras dele, tão suaves quanto desesperadas, parecem ecoar pelo salão, cada uma mais pesada que a anterior, e a sensação de que estou sendo observada por todos se torna insuportável. O peso do julgamento silencioso parece recair sobre meus ombros, uma pressão que ameaça me esmagar ali mesmo.Enquanto repasso cada momento em minha mente, cada detalhe do que fiz, o som dos risos e das conversas ao redor se transforma em um zumbido distante, como se eu estivesse submersa em um oceano de incertezas. As paredes do grande salão parecem se fechar ao meu redor, tornando o espaço antes majestoso em algo opressor.Os olhares dos convidados se tornam farpas i