Capítulo 68 Acerto de contas

A floresta se calou de repente.

Um silêncio espesso, antinatural, caiu sobre nós como uma mortalha. Cyrus parou, as garras enormes envenenadas surgiram, emanando faíscas, o cabo de Palius surgiu nas sombras, os olhos varrendo a névoa adensada. Eu senti, no fundo do meu ser, que aquilo não era um simples ataque.

Era algo muito pior.

Uma presença faminta. Maléfica, perversa. E tristemente familiar.

De dentro da bruma, surgiu Marcel.

Ou o que restava dele.

Seu corpo era uma caricatura do que já foi. Pele rasgada, veias pulsando com energia escura, os olhos negros como breu e as garras tão longas que arranhavam a terra a cada passo. Uma fumaça pútrida se desprendia de sua carne corrompida. A magia profana fervia ao redor dele como um halo maligno.

Um rugido explodiu de sua garganta.

Eu não hesitei nem por um segundo. Toda a dor e a revolta voltaram com força total. Meu coração ardia nas chamas da vingança.

Laha tomou meu corpo em um fluxo devastador, meus ossos estalando, minha carne se r
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