Olho para aquelas fotos mais uma vez sentindo o ódio me dominar, ódio de mim por acreditar em todas as palavras que aquela desgraçada me disse. Como fui idiota!Ela estava se aproveitando de mim esse tempo todo e eu acreditando em seu amor. Do outro lado da sala posso observar os olhos da minha mãe, sentindo pena de mim, sei que tentou me alertar, mas eu preferi acreditar nos olhos inocentes, que agora sei, de inocente não tinham nada.— Aaah! — Grito com todas as forças dos meus pulmões enquanto derrubo praticamente tudo que tem em cima da minha mesa.— Pelo amor de Deus, Matheus! O que deu em você? — Os olhos arregalados da minha mãe que antes refletia pena, agora refletem medo.— Como assim o que deu em mim? Acabo de descobrir que sou corno, um idiota. Quebrar tudo que tem na minha frente é o mínimo que quero fazer agora.— Sinto muito filho, mas tentei te avisar que aquela mulher não servia para você. — Dou um sorriso sem humor algum, lógico que minha mãe não iria deixar isso pa
Sete anos depois— Ajoelha! — Ordeno para a mulher em minha frente, ela obedece com um sorriso sacana desenhado no rosto bonito.Safada, não perde tempo, vai subindo com suas mãos por minhas coxas em direção ao zíper das minhas calças, antes mesmo de abri-la, vejo sua língua umedecendo os lábios carnudos.Quando enfim libera meu pau do aperto em que ele se encontrava, sinto um breve alívio que logo é substituído pela deliciosa sensação das mãos macias e dedos finos.— Humm… — gemo inclinando minha cabeça para trás quando suas mãos começam os movimentos de vai e vem deixando-o mais duro do que já estava. Mas antes mesmo dela abocanhar o meu pau, escuto o barulho da porta se abrindo seguindo da voz potente do meu pai.— Mat…mas que porra é essa, Matheus?O meu pai ainda está parado em frente à porta, me olhando com uma cara que transmite perplexidade, a situação poderia até ser cômica, se a minha secretária não estivesse com o meu pau em sua mão, quase o colocando na boca. Porra, que a
— Quais serão os próximos passos, Dr. Matos? — Pergunto desejando pela milésima vez naquele dia acordar desse pesadelo que parece nunca ter fim.— Desde o início deixei claro que os principais tratamentos para o caso da Elena, seriam a quimioterapia e o transplante de medula óssea. Como a quimioterapia não funcionou… — Noto no semblante do médico entretecimento por te que me dar essa notícia novamente. — agora tentaremos o transplante de medula óssea, apesar de ser extremamente difícil encontrar um doador compatível, essas são as melhores possibilidades de cura para Elena. Sacudo a cabeça confirmando que entendi apesar desta não ser a primeira vez que conversamos sobre o assunto. Já perdi as contas de quantas vezes conversamos sobre a doença e tratamento da minha filha, fora as horas intermináveis de pesquisa.Levanto minha cabeça e fecho os olhos e respirando profundamente para evitar que as lágrimas que já estão se acumulando em meus olhos sejam derramadas.Estou exausta esses últi
Um coquetel para comemorar a minha nomeação como CEO. Eles realmente acreditam que precisa disso? Quem está surpreso com minha nomeação?Além de ser o mais velho dos herdeiros Albertelli. Acredito que o fato do meu irmão Ricardo ter se formado em medicina está mais que óbvio de que ele em nenhum momento desejou trabalhar na empresa da família. Ou seja, essa recepção é uma verdadeira perda de tempo.Um circo armado pelo conselho, para a mídia, já que é possível ver um repórter a cada metro quadrado.Quando um garçom se aproximou de mim, pego uma taça de champanhe e tomo todo o líquido em uma única golada, coloco a taça sobre a bandeja e pego outra.— Mat… — Só de ouvir essa voz irritante, desejo que um buraco se abra sobre os meus pés para me engolir. — Michele. — Praticamente rosno seu nome.— Mat querido, há quanto tempo? Nunca mais você me ligou.— Por qual motivo ligaria para você, Michele? — Pergunto segurando a vontade de revirar os meus olhos.— Para conversarmos bobinho. Convi
Ainda estava me sentindo um pouco atordoado com suas últimas palavras, a sensação era de que meu cérebro transformou-se em gelatina, mas lentamente suas palavras foram me gerando entendimento e comecei a gargalhar depois de um tempo a risada foi substituída por raiva. — Você não tem vergonha sua...Antes mesmo que eu pudesse completar a frase ela ergueu o dedo indicador apontando para minha direção de forma ameaçadora e disse:— Se eu fosse você pensaria duas vezes antes de tentar me ofender, pois eu posso lhe garantir que não sou mais a mesma Elisa que você conheceu. Surpreso com suas palavras e ainda atordoado com sua presença, sem o menor pudor percorri o seu copo com os olhos. Agora de perto conseguia ver que seu rosto mesmo maquiado não escondia olheiras e um semblante cansado, mas ainda assim continuava linda e atraente. O corpo com curvas nos lugares certos estava vestido com um tubinho azul.Porra! Como pode estar mais gostosa do que era há sete anos?— Isso eu posso ver. —
Assim que atravesso a porta respiro profundamente e encosto-me a ela tentando controlar as batidas do meu coração. Não foi uma decisão fácil procurar Matheus após tantos anos, mas estou disposta a fazer de tudo para salvar a vida da minha filha até mesmo me humilhar na frente do homem que um dia eu jurei que iria odiar para sempre.Está frente a frente com ele me abriu várias feridas, foi como voltar no tempo e me ver novamente como a Elisa de sete anos atrás, assustada e sem entender o porquê do homem que eu amava estar me acusando de algo que eu não fizera.Sabia que nosso reencontro não seria fácil, mas não imaginava que meu coração fosse reagir como se o tempo não houvesse passado.Precisei de uma força descomunal para não demonstrar o quanto sua presença estava me afetando. Quando ele segurou meu pulso e saiu me arrastando corredor a fora não consegui reagir, pois estava completamente impactada com sua presença e com seu toque em minha pele.Matheus Albertelli sempre foi um homem
Ser pai não era realmente algo que estava nos meus planos ou que eu havia desejado. Lógico que em algum momento eu sabia que isso iria acontecer. Como herdeiro, tinha sobre mim a pressão de me casar e ter filhos, mas isso realmente não era algo com o qual eu me preocupava até o momento. Não posso negar que a notícia da paternidade mexeu com algo dentro de mim. Eu não sabia que a possibilidade de ser pai me animaria e assustaria na mesma proporção. Esse era um sentimento inédito para mim.Quanto mais olhava a foto da pequena, Elena, mas desejava ser pai dela. Não sei se estava delirando, mas realmente conseguia ver alguns traços meus nela, mesmo sendo uma mini cópia da mãe. Linda! Quando crescer vai dar muito trabalho. Terei que espantar muitos marmanjos!De onde veio isso? Eu nem recebi a confirmação de que ela era realmente minha e já estava fazendo planos futuros?Ainda existe o fato de a menina estar doente. Ela é tão pequena… não posso nem imaginar como está sendo difícil para El
Inferno!— Não acredito que aquela mulher resolveu sair das profundezas do inferno justamente hoje!— Pelo amor de Deus não começa, Olga.— Não começa com o quê, Carlos? Vai me dizer que você aprova o que seu filho fez? O Matheus não cansa de ser um cão mandado da Elisa? É só ela aparecer e chamar que meu filho sai abanando o rabinho atrás dela? Que espécie de feitiço é esse que essa mulher jogou nele?— É claro que não aprovo, mas Matheus já é adulto e ele sabe o que faz.— Eu não vou permitir que aquela caçadora de herança volte para vida do meu filho.Não vou mesmo. Tive muito trabalho para separar aqueles dois no passado. Não vou permitir que aquela pobretona venha destruir todos os meus planos.Quando meu filho começou a namorar Elisa, não dei muita bola, no começo, pois acreditei que ela seria só mais um passatempo na vida dele, como qualquer outra. Conforme o passar do tempo as coisas começaram ficar sérias entre eles, eu tive que dar meu jeito para separá-los, principalmente