Isadora

Coloquei os fones de ouvido e liguei para a Alicia. Precisava desesperadamente saber do paradeiro do Daniel, o funcionário que minha mãe mencionou na carta. Ela me passou o telefone dele, e assim que liguei, ele atendeu e me deu um endereço. Quando cheguei ao local, fiquei surpresa. Era uma casa acolhedora, com uma cerquinha branca e um mini playground onde algumas crianças brincavam alegremente. Outras estavam trepadas em um pé de amora, e foi como se algo dentro de mim despertasse. Um flash de memória me atingiu: já estive naquele lugar, brincando naquele mesmo pé de amora quando criança.

Um casal me aguardava, e então, ao me aproximar, reconheci a fisionomia do Daniel. Ele era jovem, talvez tivesse uns trinta anos. A mulher ao lado dele parecia um pouco mais velha, talvez entre 35 e 40.

Daniel me perguntou com um sorriso amigável:

— Você se lembra de mim? Ou da Tânia, minha esposa?

Balancei a cabeça, um pouco sem jeito.

— Mais ou menos...

Foi então que ele começou a explicar: — Es
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