Isadora

Assim que vi aquele homem lindo vindo na minha direção, não consegui disfarçar meu sorriso. Soltei o cinto de segurança, abri a porta do carro e deixei a chave no contato.

— Pode dirigir? Pelo visto, você conhece bem a cidade. Leve-nos para almoçar. Estou morrendo de fome — ele falou animado.

Hesitei por um instante, eu não esperava que ele fosse tão direto e espontâneo: — Você sabe que sou pobre e costumo comer em lugares simples, não é?

— Gosto de comida caseira, não tenho problema com isso. Mas, quando te conheci, você estava em um restaurante pra lá de caro.

— Só estava acompanhando a minha amiga, Laila.

—Vamos, me leve a algum lugar simples.

Eu o observei por um instante, antes de responder:

— Posso levar, mas depois do almoço quero te levar a uma sorveteria perto da praça central. Eu amo sorvete. Sempre procuro uma sorveteria em todo lugar que vou, mas nenhuma supera essa.

Danilo sorriu:

— Bom saber. Essa viagem é pra isso mesmo, pra gente conversar e se conhecer melhor.

— Pod
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