Isadora

No carro, eu olhava pela janela em silêncio. Queria evitar uma interação com meu chefe, mas ele parecia alheio a isso.

— Posso te fazer uma pergunta, Isadora? — ele fala, quebrando o silêncio.

Suspirei pesadamente, para deixar claro o meu desagrado, mas acabei virando para ele com um sorriso educado. — Claro!

— Você mora em uma cobertura cara, estuda em uma universidade renomada, dirige um carro do ano. Por que trabalhar como estagiária?

Soltei uma risada seca.

— Porque a vida de filhinho de papai só serve para pessoas como você. O resto de nós precisa ralar para conseguir as coisas.

— Não me leve a mal, Isa, mas o que você ganha na Psy não cobre nem a manutenção do seu carro, quanto mais seu apartamento. E, sinceramente, você não pode me chamar de filhinho de papai baseado apenas em fofocas que Patrícia te contou.

Mordi o lábio, envergonhada.

— Certo. Então me conta a sua versão, e talvez apague minha primeira impressão. — Sugiro, para desviá-lo de sondar minha vida, mas no fundo,
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