Epílogo Lúcia Russo Rodrigues . O tempo na fazenda estava passando rápido, e a orquídea rosa, ou roxa, como o cowboy lhe chamava, estava ficando linda com aquela barriga de grávida, andando para todos os lados, esbanjando beleza. Se antes já era brava, agora é que ficou muito pior com o Lucas querendo fazer tudo por ela, e nem a deixa cavalgar. A sua barriga de cinco meses lhes trazem muitas emoções a cada vez que o bebê se mexe dentro dela. Na consulta do pré natal, eles estavam ansiosos para saber o que era o bebê, mas na última ecografia a médica não conseguiu ver. E então hoje eles estavam lá novamente para descobrir, e o Lucas estava parecendo que a sua esposa já estava parindo, pois tamanha era a ansiedade e o desespero dele em saber o sexo. — Arre égua, que o bebê num qué dá as cara! — Calma, Lucas... a doutora está olhando! — a Lúcia segurou na mão dele que estava tão ansioso. — É um menino, senhor Rodrigues.
CAPÍTULO BÔNUS Rodrigo Essa mulher não tá mais me descendo, o bom era quando eu só ia lá para ter o bem e bão, mas agora que casei cum a safada, a minha vida virou um tédio, e mesmo obrigando ela a limpá tudo as coisa que num gosto, ela tem o dom de me irritar. O tempo até que passou rápido... hoje o nosso pequeno Liam já está com alguns meses de vida, e não posso dizer que me sinto à vontade saindo com ele, pois sei muito bem que o povo dessa cidade tudo comenta que a criança não é minha, porque é muito pequeno, e com a pele mais escura que a nossa, tem até quem fale que é um retrato do Zé pequeno, e mesmo achando que parece comigo, as vezes acho que estou ficando louco. — Demorou, Rodrigo... aonde foi? Se pegar puta na rua eu vou saber, e vou dar pra metade da cidade, você vai ver! — Islanne ameaçou, mas até ri. — Até parece que algum dia parou de dá por aí! Você acha que sô idiota, islanne? A cidade inteira tá comentando que o Liam n
CAPÍTULO 01Neste livro, você encontrará palavras escritas de maneira errada nas falas do Lucas, e algumas na narrativa dele. Se trata de um enredo de um homem simples que cresceu na roça, no interior do Paraná..Lucas Rodrigues .— Mais que diacho! A Beatriz faz bestera, e eu que pago o pato? — Reclamei bufando com a ligação do meu pai.— Mais, meu fio... a tua irmã vai casar! Vai pega ruim se você num vié! Eu já resolvi tudo aqui, o caboclo vai casar com ela de verdade, porquê no papel já casô, me arrependi de num ter trazido a ispingarga, mas no fundo o erva Mate estava de boa intenção. — meu pai comentou.— Eu sei, entendi essa parte! O duro é deixar tudo aqui na fazenda na mão de outro, pra me sentir um pinguim atolado! Quem me garante que vão tratá as vaca direito, vão cuidar dos cavalo? Rosado tá meio Jururu, e num é segredo pra ninguém que não tiro a minha bota, a minha fivela, e o chapéu! — Reclamei.— Tá meu fio... trás tudo, então! Sabe que o pai num liga, né? Por mim, só
CAPÍTULO 02 Lúcia Russo Sou Lúcia Russo, venho de uma família italiana, muito influente, e sou herdeira da Máfia Pulire! Minha identidade dentro da Máfia é secreta, e ninguém nunca soube da minha vida, apenas os mais íntimos da família. Cresci em meio a treinamentos de sobrevivência, ataque, defesa, e torturas! Com dez anos, fiz a minha primeira execução seguida de tortura, onde aprendi que só morrem os filhos da puta que merecem! Nesta Máfia, não torturamos inocentes, e nem pessoas por motivos incabíveis, somos treinados para encontrar, torturar e matar aqueles que matam, a preço de nada, estupram, batem em mulheres, e assim por diante, mas a minha principal brincadeira, acontece com pedófilos! Esses eu me aproveito, e gosto de utilizar a minha sala inteira de torturas nos desgraçados, começando em arrancar unha, por unha, do pé, ou da mão do filho da puta! Nunca me relacionei com ninguém! Apenas tenho muitos contatos para o meu prazer sexual, que não consigo ficar s
CAPÍTULO 03 Lucas Rodrigues . Depois que saí daquele quarto, logo dei um jeito de ficá longe daquela muié assanhada. Num é por nada não... mas ela pode até ser aprumadinha, mas assanhada, não! Onde já se viu? Agarrá um cabra macho e querê forçá as coisas assim? E, o pior ainda foi querê me zombá! . Um ano depois, no Brasil... Santa Maria do oeste - Paraná... . Voltei para a minha terra, a minha vida que tanto sô acustumado. Agora administro a fazenda do meu cunhado Pedro, com a minha família, e estou construindo a minha casa na fazenda ao lado. Mais, eu já passei muito perreio, e até fome, a nossa família sempre foi muito pobre, e para a Gabi, minha irmã mais véia podê realizá o sonho dela em se torna veterinária, eu deixei os estudos e trabalhei para ajudar ela, e a nossa casa que era de madeira, e bem simples, dentro da fazenda Sampaio, aonde a gente trabalhava. . Venho cavalgando no trovão, o meu cavalo, que é mais que um amigo... esse eu gu
CAPÍTULO 04. Lúcia Russo Nem me perguntem porquê eu quis vir até esse fim de mundo! Eu nem iria vir, mas daí comecei a pensar, e pensar, e cheguei a conclusão que se eu não me sentisse bem, voltaria para a casa, mas eu já conhecia todos aqui, e um deles inclusive, eu nunca esqueci. O voo foi tranquilo, e eu estava ansiosa, na verdade não sei o que esperar daquele cowboy dos infernos, talvez o maldito nem se lembre de mim, já que me tratou como um nada, mas também duvido que ele tenha esquecido aquele beijo no casamento do Matthew, pois eu tento todos os dias, e não consigo, e o pior é que lembro cada vez mais daquilo, e isso que já passou um ano, e as poucas vezes que nos vimos, o desgraçado do cowboy se finge de besta, como se eu não existisse. No dia do chá revelação da Bia, ele me ignorou, cumprimentou como uma convidada qualquer, e se não importasse nada pra ele, e me corrói a raiva quando me lembro, tenho vontade de levá-lo para a sala de tortura, queria ver
CAPÍTULO 05 Lucas Rodrigues . Fui correndo buscar o trovão, e o bicho véio já estava me esperando, parecia pronto pra mim montar. Num salto rápido eu já tava em cima dele, e tomara que a cela não esteja frouxa, porque o meu amigo já saiu galopando assim que viu a porteira aberta, e que trêm bão, é cavalgar no meu trovão, que mais parecia um raio, já conhece todos os movimentos do meu corpo, e eu do dele, mal preciso segurar as rédeas, ele já sabe o que fazer, parece que foi feito pra mim. Fui cercando cada uma das vacas que haviam fugido, e com facilidade já coloquei cada uma de volta por onde haviam vindo, e quando desci do trovão, e parei para consertar a cerca, reparei que a loira de branco estava encostada na mureta alta da varanda, e olhava pra mim. “Mas, que diacho de muié teimosa!“ — penso. Já falei que num quero nada cum ela, e a doida fica aí se oferecendo... Me abaixei arrumando as madeiras que estavam tortas, mas visivelmente precisaria de martel
CAPÍTULO 06 Lucas Rodrigues (vinte dias depois) — Oh meu fio... qué dizê que vai participar do concurso que tá tendo lá aonde sua irmã mora? — meu pai me perguntou quando me sentei com a caneca de leite quente que acabei de tirar do fogão a lenha. — Ainda não sei, não!Num sei pra quê i tão longe pra prová que eu entendo muito bem de gado, só por causa de um papel que vai dizê que eu ganhei! Ainda tô pensando nisso aí... — Coloquei o leite com café na minha caneca de vidro, peguei uma fatia do pão caseiro da minha mãe, e fiquei só ouvindo as ideia. — Meu filho, a Bia iria ficar feliz de te ver lá, por mais que só desse uma passada, pois eu sei que lá tem o hotel próprio deles, deveria ir... — a minha mãe também ficou insistindo. — Tá bão, mãe! Vamo vê... se dé na loca, amanhã eu pego o avião e vô, só num fica insistindo que se eu num tivé a fim, num vô, sê sabe que num gosto nada de pressão, isso não rola comigo. — ela me deu um beijo na testa, e sorriu. —