Theon
Eu saí do restaurante de minha irmã observando o sol que se punha atrás dos picos que em breve estariam cobertos de neve que cercavam Aspen. Minha família e eu nos estabelecemos na cidade há doze anos quando viemos da Grécia a convite da tia de meu pai Nia Evangelous, que era dona de um Resort e estação de Esqui nos arredores de Aspen. Desde então, meus pais vinham abrindo uma rede de comércios ali.
Eu gerenciava as lojas de esporte na neve, enquanto Callie gerenciava o restaurante com minha mãe. Lara voltara de Portland há alguns meses quando se formou na universidade, e para nossa surpresa, ela estava com uma filha em seus braços.
Aquilo fora um grande choque para todos, principalmente por não sabermos nada a respeito do pai da criança. De qualquer maneira, nós fizemos o possível para apoiá-la na criação daquela criança, nunca a deixaríamos sozinha. Eu nem imagino o que faria se estivesse na mesma situação que ela.
E Evangeline, que estava prestes a se formar, retornava regularmente para nos visitar, e quase sempre, trazia alguns amigos para aproveitar tudo o que Aspen tinha para oferecer aos turistas.
Apertei um pouco ao meu redor o sobretudo que usava. Estávamos na segunda semana de setembro e a temperatura começava a cair, principalmente no fim da tarde, quando o vento baixava ainda mais a sensação térmica. Eu adorava a vida que eu levava ali, e há algumas semanas melhorara ainda mais.
— Querido, me espera — Harper me chamou, saindo do restaurante em seguida, segurando meu braço, me fazendo sorrir.
— Você estava tão animada conversando com minha irmã que pensei que você preferiria ficar — expliquei, passando o braço ao seu redor.
Harper e eu tínhamos começado um relacionamento após o casamento de meu primo Gregor na metade de agosto. Nós dois éramos velhos amigos e eu sempre soube dos sentimentos dela por mim, mas me sentia um pouco relutante em começar algo que poderia estragar a amizade que cultivamos todos esses anos. Contudo, eu estava errado, estávamos juntos há quase um mês e eu não poderia estar mais feliz.
É de se esperar que o começo seja assim, pelo menos.
— Eu estava combinando algo com ela para o fim de semana. Estamos pensando em descer pra Denver para fazer algumas compras — ela sorriu, se aconchegando a mim.
— Vão amanhã ou no domingo? — questionei, a guiando pela rua, indo na direção da minha casa.
— Amanhã, e vamos sair bem cedo — ela se desvencilhou de mim ao chegar na esquina que levaria ao seu apartamento — então dormirei em minha cama hoje, meu bem.
Eu franzi o cenho com aquela resposta, eu tinha alguns planos para a noite e minha irmã estragou tudo, mas eu já tinha sido avisado para não me intrometer na amizade das duas, então decidi não protestar.
Harper foi a primeira amiga da minha irmã mais velha quando chegamos à cidade. As duas tinham a mesma idade e logo se identificaram. O fato de minha irmã namorar o primo de Harper, Adam Goodwill, as aproximou ainda mais.
Quando contei para Callie sobre Harper e eu, a primeira coisa que ela fez, foi me avisar que se eu magoasse a amiga dela, ela cuidaria pessoalmente de me deixar estéril. Não que ela precisasse se preocupar com isso, eu nunca pensaria em desrespeitar ou enganar minha namorada tendo crescido em meio a tantas mulheres. De fato, eu não era dado a loucuras nessa área, sendo minha aventura em Vegas com Samantha minha maior e única exceção.
— Vamos, eu vou te deixar em casa — eu a puxei de volta para meus braços acenando para a velha Senhora Peterson que estava saindo da mercearia.
Nós caminhamos até a portaria de seu apartamento, quando meu celular começou a tocar. Eu me desvencilhei dela, alcançando o aparelho no bolso da calça. Franzi o cenho ao ver a foto de Samantha estampada na tela. Não tivemos nenhum contato desde que voltei para o Colorado, e apesar de ter garantido que entraria em contato caso retornasse à Vegas, eu não entendia o motivo daquela chamada.
— Quem é? — Harper perguntou despreocupada, procurando a chave dentro da bolsa.
— Ninguém — eu rejeitei a chamada, antes de colocar o celular no modo silencioso.
De qualquer forma, eu não poderia atender na presença de Harper. Se Samantha voltasse a me ligar, eu explicaria a minha nova situação e pediria que ela não voltasse a telefonar.
— O que foi? O Gasparzinho está te ligando? — ela zombou antes de se esticar e beijar meu rosto.
— Mais ou menos isso — ofereci um sorriso sem graça — mas não é nada importante.
— Eu te vejo amanhã à noite? — ela aceitou aquela resposta sem questionar, para meu alívio.
— Claro — meu sorriso se alargou um pouco, apesar de notar que ela não me convidou para entrar.
Nós nos despedimos e eu caminhei sozinho, observando o céu alaranjado pelo pôr do sol. O vento bagunçou meus cabelos enquanto eu observava o céu.
Peguei meu celular para conferir o horário, mas encontrei três chamadas perdidas de Samantha ali.
Eu notei Adam e Gregor vindo ao meu encontro pela rua quase deserta e decidi terminar de vez com aquilo. Estava prestes a retornar a ligação de Samantha quando meu celular voltou a tocar.
Será que ela está no Colorado? Por qual razão ela me ligaria após tanto tempo?
— Adamos.
— Theon, Oi! — Sua voz soou ansiosa — Sou eu, Samantha. Não sei se você se lembra de mim, nós nos conhecemos...
— Em Las Vegas, sim, é claro que eu me lembro de você, Samantha. Como você está? — eu a interrompi, cumprimentando com um aceno de cabeça os dois rapazes que pararam ao meu lado.
— Eu estou... bem... — ela falou depressa — não... não estou, estou... eu não sei!
Ela soltou uma gargalhada nervosa, aumentando minha confusão.
O que está acontecendo com essa mulher!?
— Você está ou não está bem?
— E você, como você está, Apolo? — ela ignorou minha pergunta.
— Eu estou bem — eu respondi, sem saber como continuar aquela conversa.
Samantha e eu nos demos muito bem durante os dias que ficamos juntos. Ela era bonita, sexy, divertida e muito quente. Tão quente que quase não tivemos tempo para conversar durante aquela semana. A coisa mais pessoal que eu sabia sobre ela era seu sobrenome!
O silêncio prevaleceu do outro lado da linha, fazendo eu me perguntar se ela teria desligado na minha cara.
— Desculpe, eu não deveria ter ligado — ela gemeu, antes de encerrar a chamada sem me dar a chance de me despedir.
— Quem era? — Adam perguntou enquanto eu encarava o aparelho confuso.
Ligação esquisita!
— Samantha.
— A dançarina que te roubou dos amigos? — Adam zombou.
— Ela não me roubou de ninguém — eu murmurei, retomando meu caminho, sendo prontamente acompanhado pelos dois.
— Eu discordo. Era minha despedida de solteiro, você deveria estar conosco o tempo todo, e nós mal te vimos depois da primeira noite — Gregor gracejou — eu só te perdoei porque ela era muito gostosa!
— Você não deveria ligar para ela. Callie te mataria se soubesse — Adam zombou.
— Não fui eu quem ligou, foi ela. E Callie não tem que saber de nada, porque eu não tenho interesse em ninguém além de Harper.
Foi quando meu telefone voltou a tocar.
— Alguém está com saudades — Gregor cantarolou ao meu lado — Você deixou uma boa impressão, primo.
Eu revirei os olhos, o ignorando ao atender a chamada.
— Desculpa eu ter desligado, eu preciso falar com você — Samantha soltou antes mesmo que eu falasse qualquer coisa.
— Você pode falar — comecei, pensando em lhe avisar de uma vez que eu estava em um novo relacionamento, mas acabei reconsiderando.
Talvez ela só estivesse com algum problema.
— Theon, eu estou evitando essa ligação nos últimos quinze dias e isso tem sido um inferno pra mim — tive a impressão de ouvi-la fungar.
— Você está chorando?
— Me desculpa, eu só não sei como começar e… eu sinto muito — todas minhas dúvidas se foram, ela estava mesmo chorando.
Eu parei de caminhar, me preocupando com ela. Samantha tinha algum problema sério e se pensa que posso ajudá-la de alguma forma, eu devo ouvir seu pedido.
— Samantha, o que aconteceu? — eu tentei transmitir alguma tranquilidade para a garota.
— Você pode vir para Vegas neste fim de semana? — ela implorou.
— Samantha… — eu suspirei.
— Por favor.
— Eu não posso.
Não importa o problema que ela pensa que tem. Eu não posso me envolver dessa forma.
— Theon, eu realmente preciso te contar algo, e seria melhor se você viesse — ela insistiu.
— Se você quer me contar algo, é melhor falar por aqui mesmo — respirei fundo — Eu não pretendo voltar a Vegas tão cedo.
— Estou grávida — ela soltou de uma vez, me deixando sem fala.
Eu pisquei atordoado enquanto minha mente processava o que ela tinha acabado de dizer, sem conseguir encontrar voz para formular uma resposta coerente.
— O quê? — foi o máximo que saiu enquanto meu ritmo cardíaco acelerava.
— Sei que isso é repentino e você mal me conhece — ela continuou — mas eu te garanto que você foi a única pessoa com quem eu estive nos últimos meses.
— Você está brincando comigo. Essa é a sua ideia de pegadinha? — eu forcei um sorriso.
Era isso, tinha que ser uma brincadeira!
Uma brincadeira de péssimo gosto!
— Não estou — sua voz falhou um pouco — olha eu te mando as fotos dos exames e... Se você tiver qualquer dúvida que é seu, eu não me importo de fazer um exame de DNA, eu só não quero ter que lidar com isso sozinha!
Eu senti uma tontura me acometer enquanto eu ouvia suas palavras, desabei em um banco que tinha na beira da calçada, fazendo com que Adam e Gregor, de quem eu tinha até esquecido a presença, me olhassem preocupados.
Minha mente vagou para nosso último encontro, naquele clube. Eu nem sequer tinha me lembrado do preservativo naquele momento.
— Eu sei que você deve estar pirando, porque eu estou. E não sei o que fazer — o desespero voltou a tomar conta de sua voz.
— Ok, olha... Fica calma — eu consegui formular — eu vou... eu vou digerir isso e volto a te ligar, tudo bem?
— Você está bem? — ela perguntou apreensiva.
— Eu apenas preciso de um tempo, eu falo com você em breve — eu insisti, torcendo para ela aceitar aquela resposta, enquanto fazia mentalmente as contas de quanto tempo havia passado desde a despedida de solteiro.
— Está bem, só não suma, por favor — sua voz soou desolada.
Sumir? O que ela pensa? Que eu fingiria que isso não aconteceu, e viveria minha vida tranquilamente ignorando um provável filho meu?
Eu jamais faria algo assim!
— Eu não vou sumir, apenas me dê um tempo — eu garanti antes de desligar.
Theon Adamos— Está tudo bem? — Gregor questionou, se sentando ao meu lado.Coloquei o celular no bolso, apoiando meus cotovelos nos joelhos, escondendo o rosto com as mãos.Isso é um pesadelo!— Theon? — Adam parou ao meu lado — Você está pálido.— O que ela te falou? — Gregor colocou a mão em meu ombro.Não! Isso não pode estar acontecendo!— Theon? — Adam insistiu.— Ela disse que está grávida — minha voz saiu em um sussurro abafado.Eu ergui meu rosto minimamente, com a boca ainda escondida em minhas mãos encarando o nada atordoado.— Você disse grávida? — Gregor ergueu a voz.— Espera, isso não significa que você...— Ela disse que é meu, Adam! — Eu gemi, jogando minha cabeça para trás e voltando a esconder o rosto com as mãos.Essa é a pior coisa que poderia acontecer agora. Crianças não estavam nos meus planos nos próximos anos!— Hey, foi o que ela disse. Mas isso não significa que seja — Gregor tentou.— Nem deve ser seu! — Adam completou — Você nem a conhece! Para engravida
SamanthaOuvi a porta da frente ser aberta antes de Charlie acender a luz, me encontrando encolhida no sofá.— Sam, você ainda está acordada! — ela exclamou com preocupação.Eu peguei meu celular, notando que já passava das duas da madrugada. Fiquei deitada aqui esperando Theon retornar a ligação e nem percebi o passar do tempo.— Eu acho que dormi um pouco — eu me sentei.— O que aconteceu? Por que você está aqui?— Eu liguei pra ele — expliquei, sentindo meu rosto esquentar.— Ohh, compreendo — ela se sentou ao meu lado.Eu vinha fugindo dessa ligação desde que descobri a gravidez. As garotas tentavam me convencer a ligar para Theon desde minha consulta na última semana, mas eu sempre perdia a coragem no último momento, e hoje, revendo as fotos do ultrassom, decidi tentar.— Como ele reagiu? — ela segurou minha mão.— Da maneira esperada, eu acho — dei de ombros, desviando o olhar — Primeiro pensou que eu estava brincando, depois disse que precisa de um tempo e me ligaria mais tarde
Samantha — Bom... E você está conseguindo trabalhar? — ele questionou na tentativa de puxar um novo assunto.— Eu fui dispensada na última semana — eu admiti — a médica não achou que seria uma boa ideia continuar com minha rotina.— Eles não poderiam te colocar em outra função? — ele perguntou surpreso.— Bem, me contratam para dançar, se eu não posso fazer isso... — eu dei de ombros — e de qualquer forma logo me dispensariam de qualquer jeito. Em breve eu não serei mais atraente o suficiente.— Não seja tola — Ele soltou — Você é muito bonita, nada vai mudar isso.Eu senti meu rosto esquentar diante daquele elogio. Não era a primeira vez que ele me falava que eu era bonita, e eu ouvi isso muitas vezes durante nosso breve romance. Mas era a primeira vez que eu não me sentia assim.— Você quer sobremesa? — ele perguntou ao ver que eu havia terminado de comer.— Não, obrigada — eu neguei.Theon fez sinal para o garçom fechar a conta e embalar o resto dos meus pratos para viagem, insist
Theon Um alívio tomou conta de mim ao ouvir a resposta de Sam, aquilo me deu uma luz no fim de toda a situação. Não seria fácil, mas nós podemos fazer funcionar. Pelo bem daquela criança, nós faríamos aquilo funcionar. — Muito obrigado — eu suspirei a abraçando. — Não foi nada — ela garantiu, parecendo um pouco sem graça. — Vamos, é melhor você sair um pouco desse sol — eu me levantei, a ajudando em seguida. Samantha sorriu, passando a caminhar ao meu lado com uma expressão mais tranquila. Deixei minha mente vagar um momento até o dia anterior, quando eu não sabia tudo o que me esperava. Eu estava feliz com Harper e agora eu sequer sei o que me espera a partir desse ponto. Ela vai aceitar bem? Como eu posso contar algo assim para ela? E minha família, o que vão pensar de tudo isso? — Bem, como tudo isso vai funcionar? — A voz de Samantha me trouxe de volta de meu devaneio, quando nos aproximamos de seu apartamento. — O que você quer dizer? — Como é sua cidade? Quando eu pos
TheonGregor e eu saímos de Vegas pela manhã, mas já era quase hora do almoço quando chegamos a Aspen. Eu o deixei em casa antes de ir para a minha, avisando Harper que eu tinha chegado antes de entrar no banho. Meu único desejo naquele momento era dormir pelo restante da tarde, mas eu tinha ciência de que se adiasse ainda mais minha conversa com minha namorada, eu perderia a coragem de contar o que descobri.Assim que saí do banho, fui até a cozinha, revirei a geladeira em busca de algo para o almoço enquanto planejava visitar Harper logo depois. O som da porta da frente sendo destrancada chamou minha atenção, eu fechei a geladeira e fui até a sala, quase esbarrando com Harper no caminho.— Theon! Oi — ela sorriu ao me ver.Ela vestia uma camiseta azul xadrez e tinha uma echarpe em volta do pescoço. Seus cabelos estavam presos com simplicidade, mas ela ainda assim conseguia ficar linda com aquele sorriso fácil nos lábios. Sorriso que eu tiraria em breve.— Harper, o que você está faz
Theon Sai de casa decidido a terminar de vez com aquilo. A casa de minha mãe não ficava muito longe, assim, eu cheguei em quinze minutos. A primeira coisa que eu ouvi quando passei pela porta da frente, foi o som do choro estridente de Daphne, a filha de Lara. Logo em seguida Evangeline, minha irmã mais nova, veio em minha direção com uma expressão exasperada no rosto. — Pelo bem da sua sanidade, é melhor você sair daqui agora — ela ergueu a voz — essa menina não para de berrar faz pelo menos uma hora! Eu não tive tempo de respondê-la, ela simplesmente correu em direção à escada, desaparecendo no andar de cima, enquanto os gritos de minha sobrinha, se possível, ficavam ainda mais altos. — Ela está com fome! — a voz de minha mãe soou abafada vindo da sala. — Eu já te falei, não está na hora — minha irmã choramingou — ela mamou faz pouco tempo! Fui até onde elas estavam, observando minha irmã em pé perto da grande porta de vidro que levava ao quintal dos fundos, embalando sua fi
Theon— Você nos deixou curiosas — Lara sorriu em encorajamento.— Bem, eu recebi uma ligação na sexta — cocei a garganta.— Que tipo de ligação? Negócios? — Liny questionou, se concentrando em sua comida.— Eu vou ser pai — revelei sem rodeios, fazendo com que todas congelassem diante da notícia.Liny tinha parado o garfo com a comida a meio caminho de sua boca, me encarando chocada, enquanto as outras pareciam ter uma reação parecida.— O que você disse? — minha mãe balbuciou.— Eu descobri na sexta e ainda estou tentando assimilar — eu expliquei.— Meu Deus, Theon — Lara sorriu — Harper está de quanto tempo?— Isso é mais um motivo para você pedi-la em casamento! — minha avó apontou satisfeita.— Harper não está grávida — eu corrigi aquele equívoco.— Agora eu não entendi — Liny franziu o cenho.— Eu conheci uma garota em Las Vegas durante a despedida de solteiro do Gregor — desviei o olhar para meu prato quase intocado — na sexta ela me ligou para contar que está grávida e que eu
SamanthaO som da campainha chamou minha atenção enquanto eu dobrava minhas últimas peças de roupa para colocar dentro da mala.— Sam, está pronta? — a voz da Elle soou no corredor próximo ao quarto alguns momentos depois.— Quase — eu cantarolei.Ela abriu a porta, revirando os olhos ao me encontrar apenas de calcinha e sutiã e com a toalha envolta dos cabelos.— Você nem se vestiu ainda!? Isso é típico — ela suspirou — se apresse seu pedacinho de gravidez, ou você não vai ficar apresentável a tempo. Logo as garotas estarão aqui!— Você percebe a loucura disso tudo? — eu soltei, procurando uma roupa que servisse em mim — além disso, não é minha culpa, eu passei os últimos minutos ajoelhada no chão do banheiro ao lado do vaso sanitário. Não tive muita opção.Quando descobriram sobre minha gravidez e minha mudança, as garotas com quem eu dançava decidiram fazer um chá de bebê antecipado como despedida. Apesar de afirmar que considerava aquilo uma grande loucura, afinal eu estava apenas