Bom dia, a historia chegou ao fim e eu não poderia deixar de agradecer a todos vocês que me apoiaram e acompanharam cada capítulo... Eu espero que vocês continuem acompanhando minhas outras historias, por enquanto apenas uma está com contrato assinado aqui na Buenovela, mas estou trabalhando para colocar todas as outras. Então vou deixar um trecho de divulgação da minha outra historia aqui, ela se chama "De repente, Peter e Mary" e é uma comédia romantica bem gostosinha. Um beijo, até a Próxima!!!
DEGUSTAÇÃO!!!!
As portas do elevador logo se abriram, revelando o andar onde ficavam os escritórios dos meus pais e a sala de reuniões da diretoria. Nós seguimos em silêncio até a sala de reuniões, encontrando meus pais e os dois advogados principais da editora, Gavin Stewart e Damon Bells.
Os dois eram babacas, mas eram bons advogados e geralmente só eram chamados em casos complexos.
Porque eles estão aqui?
— Marianne, você não me atendeu — Omar começou.
— Desculpe, eu estava ajudando Peter com algo — Eu corei imediatamente.
Porque tem sempre que ser meu pai a me ver quando eu falho em algo?
— Eu me pergunto...
— Omar, depois nós falamos sobre isso — Minha mãe interferiu — No momento devemos discutir a situação do Senhor Rozanov.
Situação do Peter? Que situação?
— Minha situação? — ele externou meu pensamento.
— Sente-se Sr. Rozanov — Gavin pediu.
— O que aconteceu? — Ele perguntou preocupado.
Será que realmente vão tentar demití-lo?
Eu me sentei em silêncio ao seu lado, o que está acontecendo?
— Rozanov, o seu visto foi negado — Meu pai declarou com pesar.
— Negado? Como assim negado? O cara já mora aqui há anos! — Eu exclamei.
— Mary... — Minha mãe disse em tom de aviso, fazendo com que eu me calasse.
— Eu achei que estivesse tudo certo — Pyotr comentou confuso — Vocês falaram...
— Você não deveria ter saído do país no mês passado — Damon declarou — Você precisava da autorização da imigração para sair e ao voltar para a Rússia sem essa autorização, o processo foi cancelado.
— Minha avó faleceu — Ele explicou — Eu não tive tempo de aguardar a autorização, eu precisava estar no enterro.
— Infelizmente isso não é o bastante, Sr. Rozanov — Gavin declarou ajeitando alguns papéis em sua pasta — Nós teremos que deixá-lo ir, você poderá tentar voltar aos Estados Unidos em dois anos.
Dois anos? Eles só podem estar brincando! Vão simplesmente dispensá-lo assim?
— Então eu vou ter que começar tudo do zero na Rússia, pra depois voltar e ter que recomeçar mais uma vez? — Pyotr respirou fundo.
Isso é totalmente injusto.
— Tem que ter algo que vocês possam fazer — Eu me pronunciei — Vocês dois são ótimos advogados, eu tenho certeza que conseguem resolver isso!
— Isso seria perda de tempo, Srtª Navruz — Gavin me encarou diretamente.
Eu tenho consciência de que ele não gosta de mim, me acha apenas mais uma garota mimada brincando de ser gente grande, como eu mesma já o ouvi dizer. Mas não é disso que se trata agora.
— E vocês não vão nem tentar? Sério? — Eu encarei todos chocada — Mãe!
— Marianne — Pyotr segurou minha mão, provavelmente esperando que eu parasse de falar.
— Pai? — Eu insisti olhando diretamente para Omar, que parecia mais interessado em observar a mão do meu chefe sobre a minha.
Eu acompanhei o seu olhar, vendo nossas mãos juntas. Pyotr percebeu isso e imediatamente retirou a dele, mas isso me deu uma ideia.
Talvez ele tenha razão, eu sempre vou pelo caminho que ninguém espera.
— Srtª Navruz, infelizmente as coisas às vezes não saem da maneira que nós queremos — Gavin me encarou de forma pouco amigável.
— E vocês esperam que eu faça o que exatamente? Espere dois anos? — Eu cruzei meus braços de forma desafiadora.
Se ele me acha uma garota mimada, é exatamente isso que vou dar a ele.
— O que você está fazendo? — Pyotr murmurou em um tom praticamente inaudível ao meu lado.
— Apenas confie em mim — Eu respondi no mesmo tom.
— Do que você está falando? — Damon franziu o cenho.
— Do nosso casamento — Eu elevei minha voz algumas oitavas atraindo o olhar chocado de Pyotr — Vocês esperam que eu espere dois anos? Ou que eu me mude para a Rússia com ele? Aquele lugar é bizarro!
— Casamento? — Gavin zombou — Marianne, você acha que somos burros?
— Filha, essa é a hora que você começa a se explicar — Meu pai ergueu uma sobrancelha.
— Peter me pediu em casamento ontem — Eu dei de ombros, fazendo com que ele começasse a esboçar uma reação, mas um chute meu o impediu de negar qualquer coisa — Eu ia esperar um pouco para tornar oficial.
— Eu sabia — Omar bateu na mesa de forma vitoriosa enquanto minha mãe nos observava com uma expressão analítica — Sabia que vocês dois estavam muito próximos.
O que? Da onde ele tirou isso agora?
— Vocês não estão realmente caindo nessa, não é? — Gavin exclamou — Está na cara que ela está mentindo!
— Está me chamando de mentirosa, Gavin? — Eu lhe ofereci um olhar altivo.
— Estou dizendo que você precisa começar a entender que você não pode conseguir tudo — Ele retrucou irritado — Seja lá qual seja o motivo que esteja te levando a fazer isso.
— Você acabou de falar que minha única filha não pode ter tudo? — Meu sorriso aumentou quando meu pai se virou para o advogado que parecia desconcertado.
Bingo!
— Rozanov, você tem algo a dizer sobre isso? — Minha mãe interferiu para o alívio do advogado.
— Eu... Eu posso falar a sós com a minha... noiva? — Ele respirou fundo antes de pronunciar a palavra noiva.
— Claro — Damon declarou.
— Vocês podem usar meu escritório - Minha mãe indicou — Sejam rápidos.
Eu me levantei entrelaçando meus dedos aos de Peter o guiando para fora da sala. Ele estava completamente confuso com o que tinha acabado de acontecer, e eu não podia culpá-lo. Nós entramos no escritório de minha mãe, atraindo alguns olhares das assistentes pelo caminho.
— O que foi isso? — ele questionou assim que eu fechei a porta.
— Eu te disse que não deixaria ninguém te demitir, Peter. Muito menos te mandar de volta para a Rússia — Eu sorri.
— Se casando comigo? — Ele me encarou.
— Porque não? — Eu dei de ombros sentando em cima da mesa perfeitamente arrumada de minha mãe — A gente já passa muito tempo juntos e você ouviu meu pai, não vai ser difícil convencer as pessoas de que é pra valer.
— Mary, é crime! — Ele exclamou, tentando manter a voz baixa.
— Você prefere largar tudo o que você conquistou aqui e voltar para a Rússia? — Eu revirei os olhos — Além disso, só vai ser um crime se alguém descobrir.
— Se alguém descobrir!? — Ele colocou a mão no rosto, com uma expressão exasperada — Mary, isso poderia te prejudicar.
— Peter, você quer ou não quer ficar? — Eu pulei para o chão e caminhei até ele.
— Eu quero, mas...
— Então está decidido. A gente se casa, vive uma bela e confortável vida de aparências e seguimos em frente — Eu dei de ombros — Não parece tão complicado para mim.
— Porque você está fazendo isso? —Ele desviou o olhar.
— Porque aquilo foi totalmente injusto — Eu apontei — Era o enterro da sua avó, você não pode perder tudo por ser um bom neto!
— Mary...
— Olha, além disso você também me ajudar — Eu o cortei — Esse provavelmente vai ser meu único casamento. Eu não estou muito inclinada à essas coisas, sabe. Então você vai me ajudar a realizar o sonho do meu pai de caminhar comigo até o altar, sem ter que me casar com um idiota qualquer, além disso nossa relação não precisa mudar.
Ele ficou pensativo por um momento, olhando para a janela, totalmente alheio à minha presença.
— Seria algo tão ruim assim me apresentar por aí como sua esposa? — Eu perguntei oferecendo meu melhor sorriso.
Eu observei Pyotr analisar meu corpo demoradamente, fazendo meu sorriso aumentar ainda mais quando nossos olhos se encontraram, o deixando sem graça.
— O que você me diz? — Eu insisti.
— Eu aceito — Ele respirou fundo — Mas vamos ter que combinar tudo direito.
— Sem problemas Peter, eu sou ótima em inventar histórias — Eu me dirigi até a porta, olhando por sobre o ombro ao percebê-lo ainda parado no mesmo lugar — Você não vem?
Samantha— Sam, você está aí? — Charlie bateu na porta do banheiro do apartamento que dividíamos.Meu único desejo, era fingir que não existia até que aquilo se tornasse real. Eu me afundei um pouco mais na banheira vazia, buscando alguma proteção contra a realidade.— Sam, Você sabe que se a gente se atrasar teremos que aguentar a Elle pegando no nosso pé! — sua batida se tornou insistente — vamos, serão apenas dois shows hoje.— A porta está aberta — Eu murmurei, abrindo a terceira barra de chocolate que provavelmente me transformaria em uma porca.Bem, eu ficaria do tamanho de uma mais cedo ou mais tarde de qualquer maneira.Charlie abriu a porta, arregalando os olhos ao me encontrar deitada na banheira vazia, cercada de embalagens das mais diversas guloseimas que meu pagamento pelo show da noite anterior havia sido capaz de comprar.— Mas que porra é essa?Ela se aproximou com cuidado da banheira, enquanto eu mordiscava sem vontade a barra de chocolate. Minha amiga se abaixou, peg
Samantha Hurst— Você está ansiosa? — Elle perguntou sentada ao meu lado na sala de espera da clínica.— É claro que ela está ansiosa, não sei como conseguiu esperar uma semana por essa consulta — Charlie revirou os olhos — eu já teria batido na porta de todos os médicos disponíveis de Vegas até que alguém me atendesse!Não pude evitar rir diante de seu entusiasmo. Eu me sentia nervosa pelo que me aguardava atrás da porta fechada do consultório, mas não queria demonstrar isso. Eu podia lidar com um pouco de ansiedade.— Na verdade, eu passei a última semana me acostumando com a ideia — dei de ombros — acho que eu precisava desse tempo.— E como está sendo? — Elle se interessou.Eu me movi desconfortável na poltrona, pensando em minha resposta.— Bem, eu tenho que me adaptar. No começo eu estava perdida e sem saber o que fazer — eu admiti — mas agora, sei que tenho que continuar, apenas não sei como contar para Theon.— Ainda não ligou pra ele? — Charlie me observou.— Achei melhor esp
TheonEu saí do restaurante de minha irmã observando o sol que se punha atrás dos picos que em breve estariam cobertos de neve que cercavam Aspen. Minha família e eu nos estabelecemos na cidade há doze anos quando viemos da Grécia a convite da tia de meu pai Nia Evangelous, que era dona de um Resort e estação de Esqui nos arredores de Aspen. Desde então, meus pais vinham abrindo uma rede de comércios ali.Eu gerenciava as lojas de esporte na neve, enquanto Callie gerenciava o restaurante com minha mãe. Lara voltara de Portland há alguns meses quando se formou na universidade, e para nossa surpresa, ela estava com uma filha em seus braços. Aquilo fora um grande choque para todos, principalmente por não sabermos nada a respeito do pai da criança. De qualquer maneira, nós fizemos o possível para apoiá-la na criação daquela criança, nunca a deixaríamos sozinha. Eu nem imagino o que faria se estivesse na mesma situação que ela. E Evangeline, que estava prestes a se formar, retornava regu
Theon Adamos— Está tudo bem? — Gregor questionou, se sentando ao meu lado.Coloquei o celular no bolso, apoiando meus cotovelos nos joelhos, escondendo o rosto com as mãos.Isso é um pesadelo!— Theon? — Adam parou ao meu lado — Você está pálido.— O que ela te falou? — Gregor colocou a mão em meu ombro.Não! Isso não pode estar acontecendo!— Theon? — Adam insistiu.— Ela disse que está grávida — minha voz saiu em um sussurro abafado.Eu ergui meu rosto minimamente, com a boca ainda escondida em minhas mãos encarando o nada atordoado.— Você disse grávida? — Gregor ergueu a voz.— Espera, isso não significa que você...— Ela disse que é meu, Adam! — Eu gemi, jogando minha cabeça para trás e voltando a esconder o rosto com as mãos.Essa é a pior coisa que poderia acontecer agora. Crianças não estavam nos meus planos nos próximos anos!— Hey, foi o que ela disse. Mas isso não significa que seja — Gregor tentou.— Nem deve ser seu! — Adam completou — Você nem a conhece! Para engravida
SamanthaOuvi a porta da frente ser aberta antes de Charlie acender a luz, me encontrando encolhida no sofá.— Sam, você ainda está acordada! — ela exclamou com preocupação.Eu peguei meu celular, notando que já passava das duas da madrugada. Fiquei deitada aqui esperando Theon retornar a ligação e nem percebi o passar do tempo.— Eu acho que dormi um pouco — eu me sentei.— O que aconteceu? Por que você está aqui?— Eu liguei pra ele — expliquei, sentindo meu rosto esquentar.— Ohh, compreendo — ela se sentou ao meu lado.Eu vinha fugindo dessa ligação desde que descobri a gravidez. As garotas tentavam me convencer a ligar para Theon desde minha consulta na última semana, mas eu sempre perdia a coragem no último momento, e hoje, revendo as fotos do ultrassom, decidi tentar.— Como ele reagiu? — ela segurou minha mão.— Da maneira esperada, eu acho — dei de ombros, desviando o olhar — Primeiro pensou que eu estava brincando, depois disse que precisa de um tempo e me ligaria mais tarde
Samantha — Bom... E você está conseguindo trabalhar? — ele questionou na tentativa de puxar um novo assunto.— Eu fui dispensada na última semana — eu admiti — a médica não achou que seria uma boa ideia continuar com minha rotina.— Eles não poderiam te colocar em outra função? — ele perguntou surpreso.— Bem, me contratam para dançar, se eu não posso fazer isso... — eu dei de ombros — e de qualquer forma logo me dispensariam de qualquer jeito. Em breve eu não serei mais atraente o suficiente.— Não seja tola — Ele soltou — Você é muito bonita, nada vai mudar isso.Eu senti meu rosto esquentar diante daquele elogio. Não era a primeira vez que ele me falava que eu era bonita, e eu ouvi isso muitas vezes durante nosso breve romance. Mas era a primeira vez que eu não me sentia assim.— Você quer sobremesa? — ele perguntou ao ver que eu havia terminado de comer.— Não, obrigada — eu neguei.Theon fez sinal para o garçom fechar a conta e embalar o resto dos meus pratos para viagem, insist
Theon Um alívio tomou conta de mim ao ouvir a resposta de Sam, aquilo me deu uma luz no fim de toda a situação. Não seria fácil, mas nós podemos fazer funcionar. Pelo bem daquela criança, nós faríamos aquilo funcionar. — Muito obrigado — eu suspirei a abraçando. — Não foi nada — ela garantiu, parecendo um pouco sem graça. — Vamos, é melhor você sair um pouco desse sol — eu me levantei, a ajudando em seguida. Samantha sorriu, passando a caminhar ao meu lado com uma expressão mais tranquila. Deixei minha mente vagar um momento até o dia anterior, quando eu não sabia tudo o que me esperava. Eu estava feliz com Harper e agora eu sequer sei o que me espera a partir desse ponto. Ela vai aceitar bem? Como eu posso contar algo assim para ela? E minha família, o que vão pensar de tudo isso? — Bem, como tudo isso vai funcionar? — A voz de Samantha me trouxe de volta de meu devaneio, quando nos aproximamos de seu apartamento. — O que você quer dizer? — Como é sua cidade? Quando eu pos
TheonGregor e eu saímos de Vegas pela manhã, mas já era quase hora do almoço quando chegamos a Aspen. Eu o deixei em casa antes de ir para a minha, avisando Harper que eu tinha chegado antes de entrar no banho. Meu único desejo naquele momento era dormir pelo restante da tarde, mas eu tinha ciência de que se adiasse ainda mais minha conversa com minha namorada, eu perderia a coragem de contar o que descobri.Assim que saí do banho, fui até a cozinha, revirei a geladeira em busca de algo para o almoço enquanto planejava visitar Harper logo depois. O som da porta da frente sendo destrancada chamou minha atenção, eu fechei a geladeira e fui até a sala, quase esbarrando com Harper no caminho.— Theon! Oi — ela sorriu ao me ver.Ela vestia uma camiseta azul xadrez e tinha uma echarpe em volta do pescoço. Seus cabelos estavam presos com simplicidade, mas ela ainda assim conseguia ficar linda com aquele sorriso fácil nos lábios. Sorriso que eu tiraria em breve.— Harper, o que você está faz