Yan
Meu reino, meu império, está em festa. Com três meses de vida, meu filho será apresentado a todos como o meu primogênito. O futuro alfa, aquele que conduzirá o império dos lobos negros após a minha partida. O alfa híbrido, descendete de uma bruxa poderosa.
Quando Marry explodiu em fogo negro, entendi o que ela quis dizer. O fogo que ela carregava era frio como a morte, não queimava, mas sugava a vida de tudo o que ela desejava sugar. E meu filho trará seu poder dentro de si, junto com a força e dominância de um alfa.
Enry está em meus braços. Tecido preto, como o carvão, bardado com fios dourados envolvem o corpo nu do meu filho.
— O primogênito do alfa! — pessoas gritavam.
— Nosso futuro rei! — outros completavam.
Com o som avassalador, meu filho abre seus olhinhos verdes e resmunga. As mãozinhas com dedinhos esticados buscam por segurança, algo que lhe tire da cacofonia histérica dos súditos que estão no pátio do castelo.
Assim que surjo na varanda destinada a discursos para o reino, o povo se cala. Agradeço a deusa mãe por calar suas bocas.
Seguro Enry com firmeza e ergo seu corpinho frágil, o povo está atento.
— Enry Kall Fury. Meu filho! Meu primogênito! O herdeiro gerado sob a benção da deusa Mãe, a deusa Lua. E seu futuro rei!
O povo vai a loucura com minhas palavras e Enry volta se contorcer agitado com o barulho.
Removo o pano que envolvia seu corpinho. A prova para todos de que ele é um macho, o primeiro filho macho do rei. Ergo-o completamente nu como parte do ritual, o mesmo foi feito por meu pai ao me apresentar para o povo como o futuro alfa.
Meu reino está protegido. Tenho um herdeiro.
O povo aplaude contemplando a bênção da deusa Lua em nossas vidas. Todos sabem que ele é filho de uma escrava, que eu não escolhi uma Luna, mas eu sou o rei, sou implacável com quem abrir a boca para falar qualquer coisa que me desagrade.
Envolvo novamente o corpo do meu filho. Se meu reino não estiver destruído até ele completar treze anos, ao completar essa idade, se segue mais uma etapa do ritual de preparação de um alfa: seu treinamento.
Com o povo ainda alvoroçado, deixo a varanda. Saindo de lá com meu filho agitado em meus braços.
Balanço seu corpinho e o aproximo do meu, sentindo sua maciez.
— Acalme-se, já vou levá-lo para a sua mãe.
Desço as escadas rapidamente, apressado. Não gosto de ver meu filho assim. Sei que quer mamar, sei que está stressado devido ao barulho intenso do povo. Por isso, vou em busca de sua mãe.
O bebê começa a chorar mais alto.
— Shh... shhh. A mamãe já vem.
Ando pelo corredor onde os aposentos da escrava se encontram.
— Marry! — berro pelo corredor e logo ela aparece em uma das portas.
Ao me ver, a mulher vem apressadamente em nossa direção.
— Enry... o que aconteceu ao meu filho? — seu olhar escuro me acerta como um soco, como me acusasse de algo. Jamais faria algo ruim para o meu filho.
— Nada, ele só está cansado e com fome.
Marry o pega de meus braços, acomodando-o nos seus. Ele começa resmungar e procurar pele leite de boca aberta. A escrava retira o seio de dentro da roupa branca, típica do uso dos escravos no castelo, e o oferece a meu filho que abocanha com voracidade.
O menino suga o leite com força, enquanto Marry caminha de volta para o seu quarto. A acompanho.
Ela percebe que a sigo, mas não fala nada.
Ao entrarmos no quarto, ela fecha a porta, senta-se na poltrona e relaxa enquanto o menino se alimenta. Ela recosta e a blusa se abre mais, mostrando o outro seio. O bico rosado entumescido.
Minha boca saliva, meu lobo quer despertar.
Aquela cena desperta o lobo selvagem em mim: ver a minha fêmea, alimentando a minha cria e com o outro seio exposto... outro bebê poderia estar se alimentando ali.
Quando vejo o líquido branco brotar do bico e formar uma gota prestes a cair, meu lobo quase é levado a loucura. Preciso colocar outro filho em seu ventre. E será esta noite.
— Marry... — rosno de forma quase incompreensível, mas ela entende o chamado e seus olhos brilhantes encontram os meus.
— Sim, majestade.
— Ao por do sol na entrada da floresta.
Ela compreende o pedido e acena. A escrava já sabe que me servirá nesta noite, depois de três meses sem sexo, preciso derramar-me em seu interior.
Poderia ter me deitado com qualquer mulher neste tempo, mas não quero que surjam boatos de bastardos meus por aí. Meus filhos serão todos vindos de uma mesma fêmea.
Saio do quarto antes que não suportasse mais, acabaria fodendo-a com meu filho se alimentando. E tenho planos para esta noite, quero sexo cru e selvagem; quero me acasalar na floresta, onde deixarei nosso cheiro, um sinal para todos sobre o meu território.
***
A noite cai e vou para a entrada da floresta. Marry está a minha espera com a roupa fina e transparente, mostrando o seu corpo nu sob ele. Sei que ela se envergonhou nas primeiras vezes, mas que se acostumou ao perceber que todos a olhavam com respeito apesar de ser uma escrava, pois era a escrava pessoal do rei, e poucas as escolhidas se mantinham por tanto tempo como ela.
Transformo-me em lobo e levo meu nariz até sua intimidade. Seu cheiro me envolve e meu corpo logo se excita. Posso sentir o cheiro do seu desejo, do seu sexo molhado ansioso para a nossa noite depois de três meses de abstinência.
“Esta noite a tomarei sob a luz da lua no meio da floresta como dois animais” — falo em sua mente, pois minha forma lupina não é capaz de proferir palavras.
Ela geme em expectativa.
Começo a andar na sua frente e ela me segue. Pelo cheiro, sei que a área está vazia. Volto a minha forma humana, completamente nu e excitado. Seus olhos vão direto para o meu sexo que pulsa ansioso.
— Retire a roupa — ordeno e ela obedece sem hesitar.
Ando em seu redor, analisando o seu corpo feminino com sinais de que deu cria recentemente. Os seios cheio de leite, a barriga ainda um pouco flácida e as estrias na lateral do seu corpo.
Minha fêmea. Meu filho fez isso ao seu corpo. Meu filho a tonou ainda mais gostosa para mim e eu colocarei outro em seu ventre, quero meu reino cheio de meus herdeiros.
Abaixo-me na sua frente. Levanto sua perna, apoio seu pé em meu ombro e sua intimidade úmida fica exposta para mim. Sinto vontade uivar. Passo a língua ali e ela geme alto.
Estimulo o seu sexo, Marry rebola em minha face e eu já não estou aguentando mais. Desço sua perna, seu cheiro impregnado em minha face. Coloco-me de pé e ordeno a ela.
— Fique de quatro.
Ela obedece e eu me coloco atrás dela. Ergo uma perna dela para que fique mais aberta para mim e invado o seu corpo sem cerimônia. Grito com a sensação e seu grito segue o meu. Meto com força, sentindo o gozo se aproximar, as bolas se remexem e faíscas de prazer percorrem minhas veias.
Nosso suor brota por nossa pele. Ela geme e rebola, sei que está gostando tanto quanto eu deste sexo selvagem no meio da floresta.
Continuo me enterrando, sentindo o prazer me inundar e quando ela grita e me aperta de prazer, gozo e me derramo dentro da minha fêmea, até a última gota.
Retiro meu membro e observo o sêmem escorrer.
Viro seu corpo de forma abrupta e ela cai de costas no chão. Com meus olhos injetados de tesão, abro as suas pernas e vejo o líquido branco ainda escorrendo. Meu membro já está ereto novamente e a invado, reiniciado o ato.
Assim se seguirá a nossa noite.
Atenção para os dias de publicação: Segunda, quarta e sexta. Deixe seu comentário e indique a leitura para as amigas. Boa leitura! *** Marry A floresta a minha frente estava em chamas. Labaredas engoliam as árvores, gritos envolviam a noite ao meu redor e um choro irrompeu até meus ouvidos. Meu corpo estremeceu... meu filho... Enry... era o choro do meu filho. Comecei a correr naquela direção. — Enry! — gritei por ele mesmo sabendo que era pequeno demais para responder — Enry! — Yan! — grito pelo pai do meu filho, pois se ela estiver ao alcance da minha voz com certeza o salvará. — Nosso filho! Continuo a correr na direção de seu chorinho. As chamas aumentam mais, cada vez mais e estou sozinha. Nem Yan nem seus soldados, ninguém está aqui para nos ajudar e eu preciso encontrar o meu filho, só não sei como. O choro se torna mais forte e eu vejo nitidamente centenas de lobos, todos me cercando, me impedindo de avançar pela floresta. Não tenho escolha. Meu filho está ali em alg
Malmy— Hoje é seu dia, Malmy, estive a sua procura a manhã inteira.Ergo-me de onde estava, cavando a pequena cova para a semente ser plantada.— Se eu for agora, os soldados do rei me verão, sentirão a minha falta.— Mas o Fosso vai enfraquecer — rebate o homem que insistia que eu deveria ir.— Não vê que eles estão por toda parte? Deixe-me trabalhar, assim que terminar aqui eu vou.— Se perdermos todo o poder por sua causa...— Vai fazer o quê, vai me chicotear também? — encaro-o. Valentia brilha em meu olhar. Pra quem já está afundado na merda, um balde a mais não faz diferença.— Vai se arrepender de me afrontar.— Você é que vai se arrepender. O guarda já está vindo e se não me deixar trabalhar, nós dois seremos chicoteados.O velho bruxo se afasta. Seu olhar tem promessas das mais perversas ao me encarar.Continuo meu trabalho debaixo do sol quente. A pequena pá em minhas mãos é enfiada no solo, fazendo mais uma cova.Dou um passo a diante e faço outra, e assim prossigo meu tra
YanHoje é dia de A caçada. Esse evento serve para reaproximar a alcateia, trazer nossas raízes de volta e reafirmar a posição e importância de cada um.Mas antes de sair do castelo, passei no quarto da minha escrava e ordenei que me aguardasse em meus aposentos, pois depois de horas correndo, caçando, uivando e matando, precisarei do alívio urgente do sexo.Só de pensar em sua pele macia, sinto a urgência de retornar para meu quarto, mas o momento com meus lobos também é importante.Estamos todos em forma lupina, somos todos negros, mas reconhecemos muito bem um ao outro. Como Alfa da matilha sigo na frente, conduzindo os outros lobos pela trilha na floresta. Logo atrás de mim vem meu Beta, meu braço direito nas estratégias de defesa do reino. Os demais seguem atrás de nós.Qualquer som de folhas e galhos estalando, faz com que paremos de caminhar. O instinto de caça aflorando, as orelhas sensíveis percebendo cada som. O cheiro do medo nos entrega a posição da vítima. Um cervo. Ele s
MarryO que senti nos braços do Alfa foi diferente do que já havia experimentado até aquele momento. O beijo foi urgente e cheio de desejo, diferente do que havia sido até ali e confesso que gostei do que senti. Me lembrei da deusa Mãe me dizendo que me tornaria uma Luna e que não precisaria fazer nada para que isso acontecesse.No momento em que estava muito envolvida dos braços do rei, senti algo urgente, algo que não sentia há muito tempo. Como se algo estivesse sendo arrancado de mim, a fraqueza foi instantânea e não pude fazer nada além de ceder à escuridão que me envolveu.O frio me cercou e me tragou para um lugar onde meu corpo parecia flutuar, era escuro, vazio, como se minha alma tivesse sido retirada de mim. Só senti isso uma vez: quando minha irmã foi gravemente ferida e estava à beira da morte. Os cortes provocados pelas chicotadas infeccionaram e a coleira em torno de seu pescoço não permitiu que que seu corpo se curasse.O tratamento de ervas da minha mãe não funcionou
YanOs sentimentos dentro de mim estavam completamente confusos quando deixei o meu quarto. Por um momento achei que Marry estivesse morta. Meus planos seriam interrompidos, meu filho não teria mais uma mãe, eu não teria mais a escrava que há mais de um ano era a única mulher que tomava em meus braços, que deitava-se em minha cama. Porém, quando a mulher abriu os olhos, não soube lidar com o sentimento de alívio, o desejo de tomá-la em meus braços e protegê-la, de beijar a sua boca e agradecer à deusa Mãe por sua bondade e misericórdia. Isso me deixou assustado.Enquanto percorria o castelo, decido encontrar com meus lobos e tomar alguma cerveja na taverna da nossa aldeia que cerca o castelo, porém, antes que alcançasse a porta que leva ao exterior do castelo, um soldado esbaforido me alcança, trazendo o recado de minha escrava: Marry tem urgência de falar comigo.Me transformo em lobo, rugindo e correndo como um louco de volta ao meu quarto. O que será que aconteceu? Ela está em peri
MarryA exaustão me tomou e adormeci logo que o rei saiu do quarto, levando meu filho adormecido consigo. O sono foi tranquilo, sem sonhos estranhos, e desperto me sentindo revigorada com o sol da manhã entrando pela janela e banhando o quarto.Percebo que Yan não está no quarto. Penso se passei a noite sozinha em seus aposentos, se ele voltou quando disse que voltaria, mas isso não é da minha conta, sou apenas uma escrava, uma que se deita com o rei, mas uma escrava no fim das contas.Levanto-me e me visto com meu roupão branco habitual que estava depositado sobre a poltrona no canto do quarto. Antes que eu saia, o cômodo é invadido por algumas servas que carregam água quente, sais de banhos, perfumes, óleos e um tecido preto se estende nos braços de uma delas. Meu coração se aperta ao ver aquilo e espero que não seja para mim, espero que não seja o que estou pensando.Quando elas terminam de passar para a sala de banhos, saio do cômodo, andando rapidamente para o meu quarto. Tentan
YanNão precisava, mas quis fazer aquilo. Quis dar a Marry a chance de se despedir de sua irmã com honra. Ainda tenho dificuldades de acreditar que ela foi capaz de manter a existência da sua gêmea e da mãe em sigilo. Também, não é como se tivéssemos algo tão íntimo que ela poderia se sentir confortável para falar de sua vida, e confiança para tal. Ela é apenas uma escrava, sempre tratada e lembrada de sua posição no castelo, não posso culpá-la por agir assim. E eu mesmo nunca perguntei nada de sua vida nos campos de trabalho.A cerimônia foi realizada pelo ancião do reino entre os lobos, aquele detentor da sabedoria, e durante todo o momento, Marry se manteve ao lado da mãe.Enry ficou comigo uma boa parte da cerimônia.Marry foi levada pela mãe e em algum momento retornou, sua face indecifrável. Em silêncio, ela veio pegar o filho e levá-lo para que a avó o visse e também para a irmã, de certa forma, antes que o fogo arrastasse o que sobrou dela neste mundo.Minha escrava estava est
Marry Minha irmã morreu, minha mãe ainda se encontra entre os escravos e não há como saber se ela está segura, se não será açoitada a qualquer momento, adoecerá e morrerá também, deixando-me sozinha neste mundo, apenas com meu filho e um rei Alfa cruel. Yan foi embora, deixando-me a ordem de ir treinar meus poderes em duas horas. O que ele acha que sou? Não basta ser uma escrava que precisa estar a disposição sempre que é solicitada em seu quarto, agora terei que treinar meus poderes para servi-lo? Ouço batidas na porta e sei que são as servas para preparar o meu banho. Sou um tipo estranho de escrava, uma que é servida por outras. Elas passam com baldes de água quente e fria, óleos e sais de banho e toalhas limpas. Roupas limpas são deixadas sobre a minha cama. Nenhuma roupa que sirva para treinamento, no entanto. Somente as que uso para servir o rei em seu quarto, ou onde ele desejar me possuir, e as comuns de todas as escravas. Deixo para pensar sobre isso depois. Coloco meu fi