EnryDentro daquele cômodo foi uma verdadeira confusão. Enquanto enfrentava Handall, os gêmeos lutavam com duas bruxas e elas eram muito poderosas. Podia sentir o resquício de sua magia em minha pele quando se aproximaram demais, e quando vi que Hiran e Killan estavam perigosamente perto da larga abertura na parede, me preocupei, mas não podia fazer nada, pois estava envolvido em um embate com Handall.Mas para minha surpresa, o ataque do bruxo, que deveria me matar, foi congelado no tempo por minha irmã e seu pedido foi para que ajudasse os gêmeos. Porém, era tarde demais. Vi Killan e em seguida Hiran desaparecerem no mar revolto, engolidos pelas ondas altas e agitadas. Não havia o que fazer, se eu mergulhasse atrás deles, seria somente mais um desaparecido. E minha esposa estaria sozinha para levar Margot para casa.Margot já estava quase desfalecia quando cheguei perto dela. Fraca demais, ela não poderia ter usado o seu poder, mas fez isso para salvar a minha vida. Quando Naiara e
NaiaraA exaustão me tomou quando deitei no chão ao lado de meu marido. Mesmo com o chão duro, dormi como há muito tempo não dormia. Acordei e quando olhei para o sofá, não vi Margot. Me sentei e olhei ao redor do cômodo, finalmente a vendo próximo a janela.Me levantei, ajustei o laço do roupão e fui até ela. Ao me aproximar, vejo que observa a chuva que cai.— Está bem, Margot? — questiono.Ela suspira e se vira para mim, um segundo depois ela está me abraçando e o soluço escapa forte de sua garganta, como se ela estivesse se contendo há muito tempo— Meus irmãos, Nai... — soluça. — Eles vieram me salvar e acabaram ao mar revolto, e não para de chover. — Hiran e Killan são homens fortes, eles estão bem. Eu tenho certeza — falo, mesmo sem ter absoluta certeza. Mas quero tranquilizar o coração aflito da garota.— A culpa é minha, Nai... — Sinto o corpo dela tremer, enquanto me abraça forte.— Você não tem culpa de nada, Margot. — Acaricio seu cabelo.— Não posso ir embora sem tentar
MargotJá rondamos todo o litoral e nada dos gêmeos. A chuva não cessa, as ondas estão altíssimas e batendo com violência nas pedras. Minhas lágrimas são lavadas constantemente pela chuva forte que encharca o couro da minha roupa.Já estou exausta de tanto usar minha magia para parar o tempo.“Margot, não vai adiantar. Já andamos quilômetros. Se eles conseguiram sair da água, estão escondidos em algum lugar sabe-se lá onde” ouço a voz de Enry em meus pensamentos, sei que está preocupado comigo. Ele vem repetindo que posso ficar doente a todo momento.Suspiro, pois ele tem razão. As horas passam e nenhum sinal dos gêmeos. Naiara se aproxima de mim, indicando a amarração em suas costas. A esfera está ali, guardada em segurança.“vamos para casa, Margot” agora é Naiara que fala comigo.Desamarro com cuidado a esfera, seguro-a firme em minha mão. Enry e minha cunhada se aproximam, ficando perto de mim, lanço a esfera para cima e visualizo a nossa casa em nossa aldeia na Terra de Luna. A l
EnryCorri em busca do curandeiro que rapidamente atendeu ao meu chamado. Os lobos espantaram-se em me ver naquela forma semilupina, mas para eles apenas reforça minha herança e aumenta o respeito que possuem por mim. Em menos de um ano, eu serei o alfa da aldeia.No momento, minha esposa ainda está desacordada, deitada na cama do quarto de Magot, mas o curandeiro afirmou que ela está bem, que é apenas questão de tempo para que ela desperte. Porém já fazem horas e Naiara não desperta.Margot tem o olhar distante, para além da janela. Está calada e sei que culpa a si mesma por tudo o que aconteceu.— Maninha — falo, aproximando-me. — Não fique assim. — Passo um braço por seu ombro, abraçando-a.— Não sei se eles estão vivos, Enry — murmura com os olhos fixados além da janela. — E Naiara ainda está desacordada. Tudo culpa minha.Viro-a de frente para mim e seguro firme em seu rosto.— Olha para mim, Margot. Você não tem culpa de nada, entendeu? — As lágrimas correm livres por sua face e
Seis meses depoisEnryEstive em Terra de Eva duas vezes depois do meu retorno para casa com minha esposa e minha irmã.Da primeira vez, viajei com meu pai. Ele ficou admirado com a cidade e não tem como não ficar, porém, o nosso objetivo não pôde ser cumprido.Percorremos o máximo que conseguimos da floresta em nossa forma lupina e nada de meus irmãos. Passamos noites em claro tentando sentir o aroma mais puro do ar que poderia carregar o cheiro de Hiran e Killan, mas nada foi possível.As atividades na cidade humana estava mais próxima ao normal, mesmo que nossa presença o deixem desconfiados. Eles correm, se afastam de nós, de alguma forma conseguem identificar que não somos daquele mundo. Mas o que importa é que, tendo voltado ao normal, toda atividade humana deixa um cheiro estranho no ar que impregna a tudo e nos impede de sentir aromas a uma certa distância. Isso nos forçava a procurar por eles durante a noite.Depois de nossa primeira tentativa falha, retornei mais uma vez soz
Olá, queridos leitores!Chegamos na metade dessa série de quatro livros. Agora vão conhecer a sinopse a degustação do terceiro livro da série que será publicado somente em janeiro. No mês de janeiro procurem pelo título Apaixonada pelos gêmeos, e vamos continuar a saga de Yan e sua famíla.Boa leitura!SinopseKillan e Hiran, irmãos gêmeos e filhos de um alfa poderoso, sempre foram inseparáveis. No entanto, suas vidas tomam um rumo inesperado quando Izys, uma mulher marcada por tragédias pessoais, cruza seus caminhos. Após perder o pai para o câncer e cuidar sozinha de sua mãe doente, Izys se vê traída pelo noivo, que a culpa por sua própria infidelidade. Devastada, ela tenta acabar com sua vida, mas um homem misterioso a resgata no último momento. Sem saber, os gêmeos a encontram em diferentes circunstâncias e ambos se apaixonam. Agora, o forte laço entre os irmãos será testado: uma mulher poderá ser a razão para separá-los.Capítulo 1- O salvadorIzysQuando abro a porta do meu apar
MarryMinha pele gritava devido as últimas agressões que havia sofrido. Ser escrava significa que qualquer erro, por mínimo que pudesse ser, ele era descontado em seu corpo: dias sem comer; escassez de água e o mais comum: as chicotadas. Ontem derramei água por estar fraca demais e minha recompensa foram vinte chibatadas.Minhas costas estavam queimando, os cortes recentes ainda se fechando e nada podia encostar na pele dolorida, por isso estava deitada de bruços sem nada na parte de cima do corpo. Sobre minha pele ferida, minha mãe havia colocado ervas para ajudar na cura e evitar a infecção.Preocupada, minha mãe disse:— Precisa se curar, minha filha, em três dias é a visita do rei. Ele não gosta de ver nenhum de seus escravos deitados, doentes... tudo ele julga como fraqueza e manda matar.Eu respondi:— Aquele rei desgraçado, eu queria muito arrancar a face dele com as unhas.— Fala baixo, filha, se alguém te ouvir podem levar suas palavras ao rei e então estará perdida.Gemo baix
YanA escolhi por dois motivos: seus olhos negros e desafiadores e seu poder de fogo. Preciso de um herdeiro, mas não quero uma companheira. Também não quero uma mulher maculada, por isso escolhi uma virgem. Resolvi unir a utilidade de uma escrava pessoal e possível genitora do meu filho com uma habilidade que pudesse me ser útil em um futuro próximo.A guerra se aproxima, meu reino estará exposto, meu império de lobos será abalado se eu morrer e não houver um herdeiro para herdar o que conquistei.O som na porta me desperta.Eu ordeno:— Entre.— A escrava, senhor — A serva avisa e, ao se afastar, o meu lobo desperta ao ver a mulher linda na minha frente. O corpo imaculado vestindo apenas o tecido banco fino e transparente.Marry se assusta ao ver o lobo negro gigantesco se aproximar dela, mas logo se recupera e se mantém inabalável em seu lugar. Gostei disso nela, silenciosa e controla o medo como poucos conseguem. Perfeita.Cheiro a beldade na minha frente. Seus cabelos foram domad