Marry Minha irmã morreu, minha mãe ainda se encontra entre os escravos e não há como saber se ela está segura, se não será açoitada a qualquer momento, adoecerá e morrerá também, deixando-me sozinha neste mundo, apenas com meu filho e um rei Alfa cruel. Yan foi embora, deixando-me a ordem de ir treinar meus poderes em duas horas. O que ele acha que sou? Não basta ser uma escrava que precisa estar a disposição sempre que é solicitada em seu quarto, agora terei que treinar meus poderes para servi-lo? Ouço batidas na porta e sei que são as servas para preparar o meu banho. Sou um tipo estranho de escrava, uma que é servida por outras. Elas passam com baldes de água quente e fria, óleos e sais de banho e toalhas limpas. Roupas limpas são deixadas sobre a minha cama. Nenhuma roupa que sirva para treinamento, no entanto. Somente as que uso para servir o rei em seu quarto, ou onde ele desejar me possuir, e as comuns de todas as escravas. Deixo para pensar sobre isso depois. Coloco meu fi
YanPreciso me concentrar e fazer uma força imensurável para me afastar de Marry. Hoje eu a chamei para treinar o seu poder, e não para me enterrar em seu corpo.Solto sua coxa, desgrudo meus lábios dela e me afasto.— Mais tarde, agora temos que treinar o seu poder. Precisa aprender a controlá-lo.— Como vou treinar vestida deste jeito? — questiona com seus olhos escuros fixos em mim.Sorrio com malícia, pois se ela achou que se livraria do treinamento por causa da roupa que usa, a bruxa se enganou.— Foi opção sua vir vestida assim, escrava. Escolheu o que queria vestir para o treino de hoje — Viro-me de costas e retiro a espada do meu cinto, afasto-me dela alguns passos. Nada de treino com armas, somente magia. — Para o próximo treino terá roupas adequadas.Jogo a arma no chão de terra batida. A área de treinamento é ampla e iluminada por tochas por toda parte. Volto para a direção da mulher que me aguarda, e as luzes refletem em sua face.— Eu não tenho opções, Majestade. Era esta
LiamYan pensa que é o mais poderoso, se aproveitou do título de primogênito, o filho que carregaria “Kall” no nome, para assentar no trono do rei alfa quando ele faleceu.Mas aquele trono deveria ser o meu. Meu pai era um alfa que não respeitava a sua Luna e por isso era cercado de bastardos, e eu sou um deles. Mas o fato de que eu não seja reconhecido como um filho legítimo, não tira de mim o meu sangue, o sangue do alfa que corre em mim, ainda mais forte do que o que corre em Yan. Eu deveria ser o alfa, e nem mesmo como beta ele me nomeou.Deixou claro que não repetiria o erro do pai em deixar centenas de bastardos espalhados por aí. Suas palavras feriam meu ser, mas nunca deixei transparecer. A melhor arma é estar perto daquele que quer derrubar. Enry é o ponto fraco de Yan, pegando o menino, teremos o rei alfa nas mãos. Ele me daria seu reino e qualquer coisa mais que eu pedisse. Mas infelizmente sozinho não sou capaz de nada e fui obrigado a me aliar a Vik.Vik é uma alfa viúva
MarryTer minha mãe comigo me deixa mais tranquila em ralação a sua segurança, mas também me traz sentimentos conflitantes. Pensar que ela viu sua filha morrer nas mãos do Fosso e ainda sugeriu que eu o alimentasse... Ela não temia perder mais uma filha? Eu sou mãe e tenho certeza quando digo que não arriscaria a vida de meu filho por nenhum motivo, nem mesmo pela minha vida.Fico me questionando se devo avisar ao rei o que está acontecendo, o que estão armando. Ao mesmo tempo que sou grata por ter me livrado, e agora também livrou a minha mãe, de todo o terror que é ser escravo nos campos de trabalho, ainda assim tudo o que passei, e também os outros escravos passaram e passam até hoje, é culpa da cultura de escravidão criada pela família de Yan. Avisá-lo pareceria traição. Mas também, não avisá-lo não parece ser muito diferente já que sou mãe do filho dele, seu primogênito.Hoje mesmo, antes de sair com meu filho e minha mãe para o banho de Sol de Enry, me senti em dúvida do que diz
YanHá algo de errado e eu preciso descobrir. Nenhum sinal dos lobos cinzas. Aqueles que viviam rondando meu território, desapáreceram. Eu até poderia dizer que eles desistiram, mas se eu conheço a rainha Vik, aquela mulher não desiste. Ela não desistiu, mas está tramando algo. O problema é descobrir o quê e se há alguém de dentro envolvido. Neste caso eu arrancaria o seu couro ainda em vida, para que sirva de exemplo para os outros.Huan está comigo, ajudando-me a analisar as movimentações anteriores dos Cinzentos sobre um mapa, a minha intenção é tentar traçar um padrão em suas aparições e assim descobrir qual a relação entre os locais onde eram vistos e o sumiço repentino de todos eles. Algo me diz que tenho algo grande a descobrir.— Majestade, acho que teremos que chamar os batedores. Eles terão uma melhor noção sobre onde esses lobos cinzas eram vistos — Huan diz e eu o encaro. Ele tem razão.— Então vá chamar os que estiverem livres agora.— Sim senhor — Imediatamente meu beta
Atenção leitores: Tenho publicado um capítulo por semana devido a produção de outra obra. Em breve teremos capítulos diariamente. Fique ligado.MarryDurante o caminho até meu quarto, minha mãe não parava de falar que eu me arrependeria de acreditar e confiar no rei Alfa. Ela se continha para falar sobre os segredos sobre o Fosso, com toda a razão, pois Yan com sua audição de lobo, poderia muito bem ouvir e então seria o nosso fim. E eu não sei o que fazer, pois não quero denunciar a minha mãe, mas também a sensação de estar traindo a confiança do alfa me incomoda.Ao entrar em meu quarto, as perturbações de minha mãe ganham um novo alvo.— Você deveria encontrar um outro homem, um lobo, forte e poderoso como aquele que falou conosco no jardim. — Vou até as janelas fechar os vidros, vai que o som escape para o jardim e alguém ouça as loucuras da minha mãe?— Está louca, mãe? Ele é irmão do rei, nem se eu quisesse me envolveria com o irmão de Yan, isso é loucura. — Retorno para a cama
YanAs horas passam e Marry ainda está em meus braços, mesmo depois de ter terminado o sexo. Os dedos dela passeiam por meu peito e os meus se enroscam em seus cabelos. Devo confessar que isso nunca aconteceu comigo antes, minhas escravas pessoais me serviam na cama e somente isso. Quando terminava, elas se retiravam de meus aposentos sem que não acontecesse nenhum outro toque ou carícia. Fico pensando no que isso pode significar?Estou faminto e imagino que ela também esteja. Me viro, me apoiando em um cotovelo, enquanto meus dedos continuam passeando pelos cabelos dela. Ela deixa escapar um sorriso tímido. As palavras dela ressoam por minha cabeça, dizendo que está se apaixonando por mim. Seria um sinal da deusa da Lua? Como um alfa, eu deveria escolher minha Luna, mas nunca quis uma. E como rei, eu dito as regras aqui, eu digo como funciona o meu reino e decidi viver assim. Escolhi uma escrava para ser a mãe de meus filhos, para não ter que escolher uma Luna, mas então em série de
LiamEu não sou idiota. Assim que a mulher se afastou com aquele bebê chorando e o guarda me encarou com um olhar assassino antes de segui-la, soube que o plano não daria certo e que precisávamos de uma distração. Se quisermos tirar o rei de dentro do reino e tomar aquilo que ele acha que lhe pertence, teremos que mudar os planos.Sigo para a parte da floresta onde há a passagem para o túnel secreto que leva para o reino da rainha Vik. Deixo uma bolsa de couro com roupas entre as árvores, e me transformo em lobo assim que adentro o espaço escuro, e começo a correr o mais rápido que posso. Meus olhos de lobo se ajustam a escuridão com mais facilidade, meu olfato também me ajuda a seguir os rastros de outros que passaram por ali e assim sigo correndo até notar uma leve claridade à distância. Mais alguns metros e estou diante a abertura.“O que faz aqui, lobo negro?” — Um guarda da rainha me questiona assim que saio do túnel. Os dentes dele estão à mostra, uma promessa de morte.“Vim tra