YanHá algo de errado e eu preciso descobrir. Nenhum sinal dos lobos cinzas. Aqueles que viviam rondando meu território, desapáreceram. Eu até poderia dizer que eles desistiram, mas se eu conheço a rainha Vik, aquela mulher não desiste. Ela não desistiu, mas está tramando algo. O problema é descobrir o quê e se há alguém de dentro envolvido. Neste caso eu arrancaria o seu couro ainda em vida, para que sirva de exemplo para os outros.Huan está comigo, ajudando-me a analisar as movimentações anteriores dos Cinzentos sobre um mapa, a minha intenção é tentar traçar um padrão em suas aparições e assim descobrir qual a relação entre os locais onde eram vistos e o sumiço repentino de todos eles. Algo me diz que tenho algo grande a descobrir.— Majestade, acho que teremos que chamar os batedores. Eles terão uma melhor noção sobre onde esses lobos cinzas eram vistos — Huan diz e eu o encaro. Ele tem razão.— Então vá chamar os que estiverem livres agora.— Sim senhor — Imediatamente meu beta
Atenção leitores: Tenho publicado um capítulo por semana devido a produção de outra obra. Em breve teremos capítulos diariamente. Fique ligado.MarryDurante o caminho até meu quarto, minha mãe não parava de falar que eu me arrependeria de acreditar e confiar no rei Alfa. Ela se continha para falar sobre os segredos sobre o Fosso, com toda a razão, pois Yan com sua audição de lobo, poderia muito bem ouvir e então seria o nosso fim. E eu não sei o que fazer, pois não quero denunciar a minha mãe, mas também a sensação de estar traindo a confiança do alfa me incomoda.Ao entrar em meu quarto, as perturbações de minha mãe ganham um novo alvo.— Você deveria encontrar um outro homem, um lobo, forte e poderoso como aquele que falou conosco no jardim. — Vou até as janelas fechar os vidros, vai que o som escape para o jardim e alguém ouça as loucuras da minha mãe?— Está louca, mãe? Ele é irmão do rei, nem se eu quisesse me envolveria com o irmão de Yan, isso é loucura. — Retorno para a cama
YanAs horas passam e Marry ainda está em meus braços, mesmo depois de ter terminado o sexo. Os dedos dela passeiam por meu peito e os meus se enroscam em seus cabelos. Devo confessar que isso nunca aconteceu comigo antes, minhas escravas pessoais me serviam na cama e somente isso. Quando terminava, elas se retiravam de meus aposentos sem que não acontecesse nenhum outro toque ou carícia. Fico pensando no que isso pode significar?Estou faminto e imagino que ela também esteja. Me viro, me apoiando em um cotovelo, enquanto meus dedos continuam passeando pelos cabelos dela. Ela deixa escapar um sorriso tímido. As palavras dela ressoam por minha cabeça, dizendo que está se apaixonando por mim. Seria um sinal da deusa da Lua? Como um alfa, eu deveria escolher minha Luna, mas nunca quis uma. E como rei, eu dito as regras aqui, eu digo como funciona o meu reino e decidi viver assim. Escolhi uma escrava para ser a mãe de meus filhos, para não ter que escolher uma Luna, mas então em série de
LiamEu não sou idiota. Assim que a mulher se afastou com aquele bebê chorando e o guarda me encarou com um olhar assassino antes de segui-la, soube que o plano não daria certo e que precisávamos de uma distração. Se quisermos tirar o rei de dentro do reino e tomar aquilo que ele acha que lhe pertence, teremos que mudar os planos.Sigo para a parte da floresta onde há a passagem para o túnel secreto que leva para o reino da rainha Vik. Deixo uma bolsa de couro com roupas entre as árvores, e me transformo em lobo assim que adentro o espaço escuro, e começo a correr o mais rápido que posso. Meus olhos de lobo se ajustam a escuridão com mais facilidade, meu olfato também me ajuda a seguir os rastros de outros que passaram por ali e assim sigo correndo até notar uma leve claridade à distância. Mais alguns metros e estou diante a abertura.“O que faz aqui, lobo negro?” — Um guarda da rainha me questiona assim que saio do túnel. Os dentes dele estão à mostra, uma promessa de morte.“Vim tra
MarryEu sei que não posso esperar muito do rei, mas confesso que aquele momento de carinho e silêncio após a nossa relação, me fez sentir que algo mudaria. Sei que é um sentimento idiota, um esperança tola, mas ao pensar que ele já mudou tanto desde quando vim para este castelo... Este pensamento alimenta um sentimento perigoso. Perigoso para mim e para o meu coração.Sua frieza ao se afastar havia feito meu coração doer, mesmo depois de todo aquele momento junto. Mas a oferta de um jantar me alegrou e quando minha mãe chegou com meu filho no colo um sorriso bobo preenchia meu rosto.— Que sorriso idiota é esse, Marry? — questiona minha mãe com raiva. — Está sorrindo por ser usada, se rebaixou tanto assim? Ele te usa por horas e depois você fica com essa cara de boba apaixonada?Enry dorme nos braços de minha mãe. Pego meu filho de seu colo e o acomodo no seu berço, cubro meu bebê e acaricio a sua cabecinha com cabelinhos escuros. A cada dia ele está mais parecido com o pai.— Ele nã
MarrySons de metal se chocando, rosnados e gritos atingiam meu ouvido enquanto descia as escadas correndo com meu filho em meus braços. Liam logo atrás de mim.— Rápido, vamos! — Ele me incentivava a correr, mas tinha medo de cair e machucar meu filho.— Não consigo ir mais rápido — respondo.— Me entregue Enry, você conseguirá vir mais rápido se estiver sozinha — oferece, mas no momento que as palavras saem de sua boca, sinto algo ruim, e um arrepio percorre meu corpo.Não sei o que está acontecendo, mas não vou entregar meu filho.— Vou tentar ir mais rápido. — Tento realmente correr mais rápido, mas não tenho sucesso.Percebo que Liam está irritado, não sei o que ele quer. Não sei se posso confiar nele. Só o estou seguindo, pois não vejo uma alternativa melhor no momento. Queria Yan agora, aqui comigo. Eu sei que o rei protegeria o meu filho e também a mim.Finalmente chegamos a parte inferior das escadas e me deparo com uma cena intrigante:Uma mulher usando armadura de batalha,
YanA medida que me aproximava do castelo, vi lobos cinzentos por toda parte, atacando inocentes. Aquele poder ainda me chamava, ainda emanava, mais fraco, mas ainda estava lá.Coloquei toda minha força e velocidade desde que saí da Vila Velha, deixando a maioria dos lobos que estavam comigo para trás, apenas meu beta conseguia acompanhar meu ritmo.O cheiro de sangue atinge as minhas narinas e vejo corpos por toda parte, um verdadeiro caos. Com um rosnado espanto meia dúzia de lobos que estavam em um frenesi, se alimentando dos corpos mortos à minha frente, infelizmente não há o que fazer para salvar as vítimas. Eram todos servos indefesos, todos usando seus colares que impediam de utilizar seus poderes para se defender. A culpa atravessa meu coração, mas a afasto, pois no momento tenho outra preocupação.Sigo para as escadarias da porta de entrada do castelo e a sensação de poder está ainda mais forte ali dentro. O silêncio me preocupa.Vejo a fonte da energia que senti: meu filho.
YanTento tranquilizar minha escrava, acaricio seu cabelo escuro e beijo sua testa. Ela chora e soluça constantemente enquanto minha mente trabalha, tentando pensar em algo.— Acalme-se, Marry, e me conte por que acha que ela me amaldiçoou.— Não está acreditando em mim, não é? — Afasta-se e me encara, seus olhos vermelhos pelo choro agora parecem enraivecidos.— Não disse isso, só quero entender seus motivos. Conheço Vik desde que seu marido era vivo e nunca ouvi nada do tipo — me justifico, pois preciso que ela me conte o que sabe antes que eu vá até a mulher e arranque dela a verdade.— Eu nunca vi uma — começa a contar, endireitando-se ao se sentar de forma mais reta. Seus olhos encontram os meus. — Mas, minha mãe sempre falava que haviam bruxas amaldiçoadoras e que a última que ela conheceu já havia morrido há muito tempo.— Bruxa amaldiçoadora? — questiono, pois ainda não havia escutado sobre isso.— Sim. Cada bruxa herda um poder, você sabe. — Aceno a cabeça em concordância, po