Inspirando profundamente em meio aos soluços, sento aos seus pés, inspirando profundamente, colocando minha cabeça em seu colo, fechando por fim os olhos. As lágrimas continuam a vir, cada vez mais forte, enquanto meu corpo era balançado com soluços.
Era de se esperar que um dia precisaria chorar por nós dois. Eu esperava isso. Toda aquela carga que carregava, não era nada leve, era muita responsabilidade, sabendo que não o teria para me ajudar quando fraquejasse, que todos os dias teria que o sepultar, esperando que um dia simplesmente decidisse ir mais uma vez, me deixando ali completamente sem saber o quê fazer.
Não havia pensado num depois para mim.
Barulhos externos são os primeiros sons que chegam aos meus ouvidos, quando começo a acordar. Meus olhos por alguma razão, não se abrem completamente, o que me deixa assustada, pois só consigo ver borrões por de baixo dos cílios. Onde estou?, a pergunta surge na minha mente, enquanto mexo minha cabeça dolorida de um lado para o outro. Sem fazer ideia de onde estava. Minhas mãos tateiam o que pareceu ser um colchão e lençóis. Havia uma agulha no meu braço direto e alguns fios no meu tórax. Apesar de forçar minhas pálpebras a se abrirem. Não conseguia. &nb
Já acordou com a sensação de ter alguém te olhando? Ainda meio que sonolenta, tive essa “sensação”, demorando para perceber um vulto parado perto da janela. Meus olhos não estavam tão inchados como no dia anterior, mas minha visão continuava limitada.- Quem é você? – pergunto na dúvida de ser algo da minha mente. O vulto solta o ar dos pulmões.- Lucius Cesarini – A voz máscula grossa, chegou aos meus ouvidos firme. Aquele nome estava longe de me parecer familiar.- É médico? Ele ri pelo nariz.- N&ati
Dois dias se passaram. Consegui perceber isto por causa da luminosidade no quarto e pela troca de plantões. Toda vez que entrava um enfermeiro diferente e lia meu prontuário, perguntava se já havia decido fazer a cirurgia plástica e a resposta era o silêncio. Não fazia ideia de quem eu era e sentia que ficaria sem saber se fizesse aquela cirurgia. Impressão ou não, sentia que meu rosto estava desinchando, isto por quê não sentia mais meus olhos tão inchados e o restante ao redor dolorido. Isto para mim, foi um grande avanço e que poderia signi
– Enquanto não descobrimos seu nome, este pode ser o seu – Ele sugere – Ivy – Precisava de um nome afinal de contas e aquele soou perfeito – O quê acha?– Ivy parece bom – Lucius fica em silêncio novamente – Quando será que devo fazer a cirurgia?– Acredito que o mais rápido possível – Movo meus lábios de um lado para o outro, tentando não demonstrar que estava nervosa – Vai ficar tudo bem – Meus olhos vagam pelo vulto à frente, tentando ficar em algum ponto – Quando acabar, já vai ter acabado – Assinto, esperando que fosse simples dessa maneira – Vou avisar o Dr. Schultz que já escolheu um rosto.– Lucius... – digo de repente, quando ele já está perto
Meio por fim, acabei sedada. Devido a dor que estava sentindo por causa da cirurgia plástica e porquêestavam me achando muito agitada.Flashes aparecem de repente em minha mente, como lampejos.Primeiro uma discussão acalorada. Eu andava de um lado para o outro, nervosa, dizendo alguma coisa, enquanto gesticulava; A poucos passos de mim, estava um homem, a expressão incrédula e os olhos vazios, absorvendo tudo que era dito por mim.A cena muda de repente. Dessa vez, ele lê algo em um papel, sorrindo por fim, erguendo os olhos na minha direção.Eu também sorrio, levando ás duas m&atild
Não consigo desviar os olhos do rosto do médico, olhando cada traço com atenção, enquanto minha mente assimilava suas palavras.- Eu saberia se estivesse grávida - digo. Ou não, como saberia, se havia acordado recentemente sem memória?- Mas está - Ele me entrega um amontoado de folhas, indicando com o dedo a palavra reagente - Para ser exato de três meses.Olho para Lucius no mesmo instante, entendo sua reação quando o médico o chamou para conversar.- É do Zack?! - pergunto num tom acima.- Só iremos ter certeza com um exame de DNA - diz Lucius, engolindo em seco - E para isso preciso da sua...- Autorização - Completo, sentindo minha boca seca, sustentando seu olhar - Tudo bem.Ele assenti, baixando a cabeça.- Em br
Lucius senta na poltrona perto da janela, fixando o olhar no vazio.- Diz alguma coisa, Lucius - digo impaciente, após alguns segundos.Seus olhos sustentam os meus.- O bebê é de Zack - diz baixo.Franzo o cenho, inclinando a cabeça para o lado.Então estava mesmo grávida e ainda por cima grávida de Zack, um herdeiro bilionário do petróleo. Abro e fecho a boca, procurando as palavras para rebater aquela afirmação. Desistindo quando não consigo pensar em nada coerente. Lucius pega seu celular de repente.- O que foi? - Consigo perguntar. Ele não
Algum tempo depois, deixamos a cidade para trás, literalmente. Acabando por sermos envolvidos por floresta nos dois lados da estrada.Uma floresta densa e num verde vivido.Suspiro, conseguindo sentir a paz que estava transmitindo.Por alguma razão, me senti bem e quase que em paz, se não fosse o fato de ter alguém querendo me matar e minha mente não colaborar para acabar com aquele inferno logo.Virando á direita, entramos em uma estrada de areia, continuando rodeados por todo aquele verde. Mais alguns metros e vejo quando um grande portão de ferro, se abre lentamente e dois seguranças param diante dele. Olhando com atenção quem