Algum tempo depois, deixamos a cidade para trás, literalmente. Acabando por sermos envolvidos por floresta nos dois lados da estrada.
Uma floresta densa e num verde vivido.
Suspiro, conseguindo sentir a paz que estava transmitindo.
Por alguma razão, me senti bem e quase que em paz, se não fosse o fato de ter alguém querendo me matar e minha mente não colaborar para acabar com aquele inferno logo.
Virando á direita, entramos em uma estrada de areia, continuando rodeados por todo aquele verde. Mais alguns metros e vejo quando um grande portão de ferro, se abre lentamente e dois seguranças param diante dele. Olhando com atenção quem
- Tenha uma boa noite, Ivy - Lucius murmura, quando passo por ele no corredor do segundo andar, após o delicioso e constragedor jantar.Lhe dou um leve sorriso por cima do ombro, ao deixá-lo na primeira porta do corredor do lado direito.Em meu quarto, parada perto da cama, encaro o silêncio, decidindo ligar a TV.Tirando meu short, me coloco em baixo da coberta, fixando meus olhos na tela do aparelho, até ser vencida pelo sono.Como ás outras vezes, não sonho, tenho um sono profundo, porém sem nenhum sono para enfeitar.No dia seguinte, o sol serve como despertador, já que esqueci de fechar ás cortinas pesadas.<
Depois de ser pega por Lucius em seu quarto, algo que iria demorar para esquecer, decido me trancar no quarto de hospedes.Nas horas seguintes, até o jantar, tentei parar de ruborizar toda vez que lembrava de ter sido pega por ele xeretando em seu quarto.Uma tarefa impossível, mesmo zapeando todos os canais da televisão em busca de algo que prendesse minha atenção. Perto da hora do jantar, saio da minha “toca”, voltando para o primeiro andar, que continuava sem nenhuma movimentação.A mesa do jantar já estava posta e não havia nenhum sinal de Lucius por perto. Deste modo, ainda permaneci
Parada em frente ao espelho embaçado do banheiro, após o banho, olhava a mulher ali refletida, ansiando para entendê-la.A forma como Lucius segurou minha mão e me conduziu em segurança para fora da floresta, de alguma forma, ascendeu alguma coisa em mim, que não sabia se já estava ali ou se estava crescendo gradativamente. Lucius era um homem atraente, apesar da idade que aparentava ter, próximo da casa dos quarenta e cinco anos. Eu perto dele, passava como sua filha facilmente, pois não me dava mais de vinte e cinco anos. Respiro fundo, me obrigo a sair da linha de pensamento que havia criado em minha cabeça, indo me vestir.
Horas mais tarde, quando começo a sentir um calor inexplicável e um calor repentino, vou até o banheiro, parando diante do lavatório, planejando lavar o rosto.Porém, ao abrir a torneira, a mesma simplesmente se solta e a forte pressão da água me atinge em cheio, tirando completamente minha reação.Tento por minhas mãos sobre o buraco, pelo qual estava saindo a água, conseguindo fazer apenas a água ir para diversas direções, molhando o banheiro por completo em segundos.Olho ao redor em pânico, pensando em chamar os seguranças ou qualquer outra pessoa. Mas o quê pensariam de mim? Com certeza que era uma vândala
Acabou que Mattie precisou ir até uma loja, comprar um novo terno para Lucius e algo para eu vestir. Apesar de já ter passado algum tempo, desde a visita de Stela, estava sendo difícil esquecer o quê havia dito. Me chamar de golpista, sem ao menos me conhecer, não era justo mas, conseguiu fazer uma dúvida se instalar em minha cabeça. E se eu fosse? E se tivesse me aproximado de Zack apenas para engravidar ou pior, tivesse dado um jeito para engravidar por conta própria? Poderia muito bem, depois de ter descoberto a gravidez, ter ido atrás dele, em busca do reconhecimento da paternidade, já que isso o faria dar uma pensão alta. &nb
Evitei ter contato visual com Lucius nas horas seguintes. Quase o beijei descaradamente, sem pudor algum. A volta para casa, acabou sendo mais silenciosa que a ida. Não via a hora de me esconder no quarto de hóspedes e tentar esquecer o quê havia acontecido. E foi exatamente o quê fiz, em passos largos entrei na casa, subindo os degraus da escada o mais depressa possível, me encostando na porta ao fechá-la, sentindo meu coração bater com força. Queria acreditar que o quê estava sentindo, aquela atração repentina ou não tão repentina, fosse normal. Mas algo em mim, dizia que não era.
Na manhã seguinte, acordei com uma leve dor de cabeça, o quê atribui a gestação.Depois de um banho, escolhi um vestido sem estampa, ainda desejando querer parecer normal, nem que fosse para mim mesma. Ajeitar a confusão interna era um projeto maior do que poderia realizar em alguns minutos.Lucius não estava em seu quarto, muito menos na sala de estar ou jantar, o quê me fez ir até a cozinha, só para ter certeza de que estava lá.- Senhor - diz Rose calmamente, enquanto em frente ao fogão Lucius fazia mingau á moda antiga - As cozinheiras estão aqui para cozinhar. Não precisa vir até a cozinha, se queria o mingau no café da manhã, era só falar.- Já estou quase
Na manhã seguinte, após passar boa parte do tempo no quarto no dia anterior, saindo apenas quando tinha certeza de que Lucius estava em seu quarto, decido sair do quarto, depois de adiar algum tempo essa decisão, acabando por ser vencida pelo meu estômago roncando.Passava das oito e meia da manhã, tinha certeza de que Lucius já havia tomado seu café da manhã e que deveria estar no escritório.Desço os degraus da escada sem fazer barulho, planejando voltar para a cama depois do café da manhã. Diminuo os passos ao erguer os olhos e ver Lucius conversando com uma mulher ruiva.- Como você está? - Ela pergunta de um jeito meigo.- Bem na medida do possível.