Gael Stone
O sentimento de volta não é de alegria. A sede principal da minha emissora SMTHO fica em Los Angeles, anos atrás escolhi trabalhar na outra sede e está menos presente possível no local da empresa. É Zoe Fisher sendo a vice-presidente da emissora, ficando à frente das câmeras e entrevistas, e fugindo de todas as perguntas que envolve a mim.
No início da emissora quase fui descoberto, ser filho de uma grande atriz de Hollywood não é nada fácil, pelo mesmo não quando você não gosta da atenção da mídia. É algo sufocante, Marisa Stone lida muito bem e tentou diversas vezes me incluir nesse seu mundo. Não é à toa que acabei construindo uma das emissoras mais famosas dos Estados Unidos.
Ficando totalmente atrás das câmeras.
Mas ainda sou filho de Marisa e ocasionalmente aparecem fotos minhas por aí.
Faz uns dois meses que decidi voltar para Los Angeles, motivo? O dono da empresa não pode ficar muito tempo longe, mesmo sendo muito bem administrada de longe. Fico um tempo longe e depois volto, dificuldade os curiosos que querem saber quem é o dono da SMTHO.
Sento em minha cama depois de um banho longo, respiro fundo sentindo algumas dores musculares, a academia rendeu hoje.
Meu celular toca ao meu lado. A grande estrela de Hollywood quer atenção.
— Olá, mãe.
— Oi, meu bebê. — A voz animada me faz sorri. — Como está?
— Estou muito bem e a senhora?
— Pelo amor de Deus, Gael Stone, não me chame de senhora. — Posso apostar que ela está indo até um espelho agora mesmo. — Estou na flor da idade, querido.
— Com certeza.
Ouço seu suspiro.
— É tão bom ter você de volta.
O drama começa, ela nem mora em Los Angeles. Tem tanta casa que não sabe onde ficar.
— Sabe querido, me sinto tão sozinho.
— Arranje um namorado.
— Um neto! É de um neto que preciso.
Passo a mão pelo rosto.
— De novo essa conversa?
— Gael, meu amor. — Sua voz fica melancólica. — Você tem tantas pretendentes pelo seu caminho, nenhum despertou seu interesse?
— Não.
— Não é possível! Posso…
— Mãe, por favor, pare.
Dá ultima vez tive uma dor de cabeça e saiu em todos os lugares que estava jantando com a filha da amiga da grande Marisa Stone. Acabei me estressando com a mulher e a fama de ser um péssimo homem durou por um tempo. Ela não estava ali para tentar algo entre nós e sim pela mídia que iria receber.
— Ok, ok. Não farei nada, desculpe querido. — Graças a Deus. — Mas ainda quero um neto! Antes meu medo era você engravidar uma mulher na adolescência e agora é meu medo é de você nunca case e me dê um neto pelo menos.
O trabalho sempre funcionou bem para mim, não tenho o que reclamar. Com 32 anos sou dono de uma das emissoras mais famosas e com uma grade que agrada muito bem o meu público e sendo sua primeira escolha. O resultado é ter um grande sucesso.
Com tudo planejado por mim e muito bem calculado, é claro que usei a imagem da minha mãe diversas vezes para promover a emissora. Nem precisava pedi que ela fazia de bom grado em parecer nos programas e chegou até um programa dela por um tempo e esse foi meu erro.
Quase fui descoberto como o dono da SMTHO, e minha dor de cabeça começaria tendo os olhos de todos em mim para sempre.
— Olha, fique tranquila quanto a isso…
— Já tem uma namorada?
— Mãe, sem pressão, ok? Logo voltaremos a conversar sobre.
— Perfeito!
Por um período ela estaria saciada, mas tenho certeza que não irá durar muito. Conversamos mais um pouco e ela precisou desligar porque iria ao spa. Deito na cama e disco o número do Ronaldo.
— Fala, meu amigo.
Ronaldo está sempre de bom humor, ele toma alguma coisa. Ou é o sangue brasileiro nas veias que deve dar esse gás a ele.
— Oi, como está Brendon?
— Ele está ótimo e eu também estou bem, ok?
— Não me importo com você. E como está a Lorena?
— Está me deixando maluco, mas está bem. Ei, espera, por que pergunta pela Lorena?
— Porque ela é a mãe do Brendon.
— Eu sou o pai.
— Mas eu não me importo com você.
Ronaldo rir.
— Você acordou de mau-humor hoje, não foi?
Suspiro.
— Minha mãe quer um neto.
Ronaldo dar uma risada alta.
— Dona Marisa atormentando um filho logo cedo? Gosto disso.
— Idiota. — resmungo.
— Por que não conta a ela que não pode ter filhos…
— Posso ter filhos! — Acabo falando mais alto. — Meus exames garantiram isso.
A risada de Ronaldo me irrita, sou um palhaço agora?
— Ok, então agora nos resta… Espera aí. — A ligação fica em silêncio por um tempo. — Ah, Gael, a Lorena… te arranjou um encontro.
— A Lorena? — Não é do fatício dela fazer essas coisas.
— Sim! Será com a Camille, a madrinha do meu Brendon.
Agora foi a minha vez de ri.
— A mulher que mal tem tempo para o próprio afilhado?
— Camille é um caso a parte, mas sempre encontra um jeito de está na vida do afilhado…
— Por meio de uma tela de celular?
— Gael, para de implicância!
Não era implicância se Brendon ver a madrinha mais de três vezes pessoalmente no ano é muito.
— Deixa que falo com ele. — Escuto a voz da Lorena. — Olá, Gael. Como você está?
Estreito meus olhos estranhando ela ser tão meiga comigo. Lorena é uma boa pessoa, mas com o temperamento mandando constantemente. Se está muito meiga a essa hora do dia alguma coisa tem.
— Oi, Lorena…
— Então, você tem um encontro marcado para amanhã às 20 horas, não se atrase. — Começa a falar. — Não precisa ser tão formal, é um encontro e não um jantar de negócios. Esteja de bom humor… ah, não essa parte é para Camille. Mesmo você também não sendo o melhor…
— Lorena! Eu não…
— Já combinei com ela, não faça essa desfeita. Beijos e tenta um ótimo dia. — Desliga.
Olho para a tela do celular. Ela está querendo juntar os padrinhos do filho? Era só o que me faltava. Deixo o celular de lado, encarando o teto, ignoro o fato de ter um encontro amanhã.
Porém, não deixo de pensar na Camille. Nunca nos vimos pessoalmente, mas vi foto dela. Sei que mesmo não sendo tão presente, Brendon ama demais a sua madrinha de vez e outra falando sobre a mulher. Me esforço para levar dela fisicamente, pele branca com o cabelo preto, lembro que na foto ela estava com o cabelo preso e sorria. Um sorriso bonito. Lembro de fazer esse elogio quando vi a foto dela, mas não consigo lembrar bem do seu rosto. Que seja! Não vou ir amanhã nesse encontro.
Tenho mais o que fazer.
[...]
Entro no restaurante escolhido pela Lorena, ocupa uma mesa no segundo andar. Quando Camille chegasse, a recepcionista traria ela até mim. Com o encontro repentino foi uma correria na empresa hoje e precisei desmarcar duas reuniões que aconteceria hoje à tarde. São reuniões que sei que passaria do horário e não gosto de atraso.
Olha o relógio em meu pulso menos que faltava um pouco mais de 5 minutos para as 20 horas. Peço um copo com whisky e aproveito a bebida enquanto Camille não chega. As horas foram se passando 10, 20, 30 minutos e nada de Camille aparecer. Pego meu celular para ver se a cupido Lorena havia mandado algo já que não tenho o contato da Camille. Nada.
— Senhor, deseja alguma coisa?
— Mais um. — Aponto para o copo em cima da mesa.
— Sim, senhor.
O garçom enche o meu copo novamente. Dez minutos depois e a recepcionista vestindo um terno feminino preto vem acompanhado com outra mulher logo atrás dela. Um vestido azul-escuro e manga longa modelava perfeitamente o seu corpo, seu cabelo tão escuro como a noite está solto em ondas. Me levanto para cumprimentar a minha companheira desse encontro. A recepcionista faz um leve aceno de cabeça e se retira.
— Me desculpe, Sr. Stone. — Camille fala depois de apertar minha mão e beijar meu rosto.
O salto que usa permite que ela alcance meu rosto com facilidade. Seu rosto está avermelhado e não acho que seja de vergonha. Puxo a cadeira para que ela sente.
— Gael. — A corrijo. — Não precisamos ser tão formal.
Lembro das palavras da Lorena. Camille fecha os olhos, parecendo se lembrar de algo.
— Sim, verdade. — Me olha. — Desculpe pelo atraso, imaginei que quando chegasse teria ido embora.
Em dias normais eu teria ido.
— Não precisa se desculpar, imprevistos acontecem. — Estendo a mão no ar para chamar o garçom. — E espero que tenha resolvido o motivo de seu atraso.
Em outras palavras, ela no mínimo deve me explicar o motivo do atraso. Camille pede água e o garçom nos entrega o cardápio.
— Parcialmente sim. — Ela dar um sorriso nada feliz. — Já que aquele fila da mãe destruiu o meu carro e não quer pagar o conserto. — Foi ele bateu no meu carro e não ao contrário. — Fala olhando para o cardápio sem esconder sua raiva.
Fecho o cardápio em minhas mãos e olho apara ela incrédulo.
— Você sofreu um acidente de carro?!
Camille CooperAperto o volante com força em meus dedos, sem conseguir me mexer e procurando entender o que acabou de acontecer. Tenho medo de me mexer e algo pior acontecer, mas logo me desperto quando o homem sai do carro que bateu contra o meu furioso e gritando.— Olha, o que você fez?! — Bate com as mãos no capô do meu carro, onde seu carro não havia batido. — Não sabe dirigir, puta?!Sinto o meu olho esquerdo tremer. Abro a porta do carro, saindo com cuidado. Esse filho de uma boa mãe vem em alta velocidade e bate contra o meu carro, agora sou eu que não sei dirigir? Ah, ele tem muito amor a vida para vir gritar comigo.— Acredito que quem deva voltar para a autoescola aqui, não sou eu. — Ele ameaça a abrir a boca para falar mais merda, ponto dedo indicador na direção dele. — Cala a boca! — E ele se cala. — Você sabe muito bem quem está errado nessa história, meu dia foi longo e estressante. Quando estou perto de finalizar a minha noite com um momento bom, surge você com essa me
Gael StoneSabendo onde Camille mora e tendo o número do seu celular fica mais fácil. Hoje vou buscá-la em sua casa, a mesma está sem carro e não deixarei que fique utilizando carro de aplicativo sendo que posso ir até ela. Considerei não a convidar para sair hoje, mas pensei que Camille poderia querer distrair um pouco com o que aconteceu ontem. A mulher sofreu um acidente de carro e ainda se comprometeu em aparecer mesmo se eu não estivesse lá. Gosto da sua força de vontade. Meu celular apita avisando que havia uma nova mensagem.“Aonde iremos?” — Camille.Não sou de fazer surpresas, não gosto de surpresas, mas Ronaldo falou que mulher gosta dessas coisas.“Vista algo confortável.” — Gael.Tem um parque na cidade vizinha não muito longe daqui. Reconheço que estamos no meio da semana e não quero atrapalhar seus planos, mas terei uma viagem e não sei se volto antes do fim de semana. Camille é uma mulher interessante, fiquei tentado a beijá-la ontem, mas deixei a preocupação falar mais
Gael StonePorra! O que deu em mim quando concordei em vim para uma boate com Camille?! A cadeia talvez fosse a nossa melhor escolha, ou não. Mas saberia onde está neste exato momento. Olho ao redor à procura da mulher, onde está? Sabia que não deveria ter ido ao banheiro, mas não dá para levar comigo. Como também não imaginava que Camille fosse tão fraca para bebida. Muito fraca!Droga! Droga! Droga!Na área vip, olho as pessoas dançando na pista de dança, Camille parece ter evaporado. Será que foi embora? Pouco provável. Pergunto pela Camille para algumas pessoas que dividem a área vip, eles dizem que não sabem e uns me sugerem para ir até o banheiro das mulheres e considero a ideia. De repente algumas pessoas começam a gritar ao mesmo tempo. A música era alta e abafa um pouco a animação do pequeno grupo, mas foi o suficiente para chamar minha atenção. Olho para a pista de dança novamente e arregalo meus olhos. Puta merda!Desço correndo as escadas, desesperado para tirar Camille d
Camille Cooper Me sento rapidamente, sentindo meu peito doer a cada vez que respiro. Meus olhos arregalados e suada, é o estado que me encontro depois de ter o pior sonho da minha vida, olho ao redor tendo certeza que estou no meu quarto. Olho para o outro lado da cama e vejo que está vazio, é claro que está vazio. Sempre acordo assim e não haveria outro motivo para ser ao contrário, até porque eu não fiquei bêbada em uma boate, beijei Gael e ele teve que me trazer para casa. Ah, além de ter uma leve sensação de que dividimos essa cama. Mas acordar sozinha nessa cama é a prova de que tudo não passou de um sonho. — Gael? — Chamo, apenas para ter certeza. Sorri. Um dia, como qualquer outro, afasto a coberta e me levanto, no mesmo segundo preciso sentar novamente. Coloco a mão na cabeça sentindo tudo girar. Que dor de cabeça horrível! Por que estou assim? O que aconteceu? Abrindo os meus olhos, novamente percebo que estou com a mesma roupa que usei para me encontrar com Gael. Não. N
Camille Cooper Ele não percebe a minha presença de imediato, arrumando o terno em seu corpo, o rosto sério é algo que ainda não havia presenciado. Mesmo que Gael não fosse um pulso de sorrisos. Fico intrigada em vê-lo, ele falou sobre ser dono de uma empresa, mas não entrou nos detalhes.— Camille Cooper? — sou obrigada a tirar meus olhos de Gael e cumprimentar a Zoe.— Sim, é um prazer conhecê-la, Zoe Fisher. — Aperto sua mão.Logo atrás de mim, os acionistas, Gael foi o último a falar comigo e parecia tão surpreso quanto eu.— Camille, esse é o Gael Stone, dono da SMTHO. — Gregório me chama pelo primeiro nome e dessa vez estou afetada demais para corrigi-lo. — Sr. Stone, essa é a melhor… — É um prazer conhecê-la, Srta. Cooper. — Gael estende a mão para mim.Assim como ele, preciso lembrar onde estou, e focar no meu trabalho.— Digo o mesmo, Sr. Stone. — Aperto sua mão.Gael estava pronto para dizer algo, mas Zoe intervém sem perceber pedindo para que começassem logo a reunião. Sou
Camille Cooper A surpresa fica escancarada em meu rosto, acredito no que Gael diz, não querendo acreditar. — Mentira.Gael dá um sorriso como se estivesse se desculpando.— Sou filho da Marisa, ao contrário de minha mãe, não gosto de estar em frente às câmeras. — ele ergue os braços, dando de ombros. — Esse foi o meu jeito de me esconder atrás delas. Dificilmente acaba escapando uma foto minha, mas não dura por muito tempo e logo consigo desaparecer de novo.Preciso aprender como respirar de novo. Dou alguns passos aleatórios pelo seu escritório, absorvendo a notícia. Gael não apenas é dono de uma emissora de sucesso antes mesmo dos seus 40 anos, como é filho de uma das artistas mais famosa da atualidade. Marisa Stone tem mais de trinta e cindo anos de carreira, quando ficou gravida todos pensaram que fosse cair no esquecimento, ela calou a boca de cada um que duvidou dela.Minha mãe ama essa mulher.— Como você está, Camille? — Pergunta novamente. — Não respondeu à mensagem que man
— Oi, mãe.Ouço seu suspiro.— Olá, querida. Acredita que seu pai inventou de aumentar a casa? — fico aliviada, ela me ligou para reclamar mais uma vez de meu pai. — Não sei mais o que esse homem quer fazer? Por que uma casa tão grande?Ri.— Ah, mãe, sabe que papai adora fazer uma obra.Além de gostar de fazer as bugigangas para as crianças brincarem, Lara e eu tínhamos brinquedos novos todas as semanas. Era um bom tempo.— Mas me diz a necessidade de ter uma casa tão grande, cabem todos aqui. Espaço para meus filhos e netos é o que não falta, você não pretende nos dar neto.E ela tinha que tocar nesse assunto tão rápido? Um “oi, como você está?” seria bom de ouvir antes.— Mãe…— Bruno precisa entender que desse jeito vai ter bastante espaço para poucas pessoas. — Suspira mais uma vez. — E liguei para avisar que o filho da Fátima está em Los Angeles, você bem que poderia receber ele na sua casa.Faço uma careta.— Não vou colocar um estranho na minha casa…— Não é um estranho, Camil
Gael Stone Mais uma vez me estresso e mais uma vez me irrito com aqueles paparazzis. Não suporto a ideia de ter que duvidar de uma amiga, se é que a Nina alguma vez foi uma amiga. É atriz e modelo, trabalhou com a minha mãe três vezes e acabou se tornando próximo da minha família. Uma pessoa legal na maior parte das vezes, os pensamentos fúteis são algo que me irrita. Dessa vez não foram tão invasivos, não gosto que atrapalhem os meus planos e eles conseguiram. Mais uma vez.Com a cabeça quente, apenas mandei uma mensagem para Camille desmarcando o nosso almoço e deixando para outro dia. Qualquer lugar agora seria facilmente reconhecido, sempre que essas coisas acontecem é preciso ficar fora do alcance deles por um tempo. Não vou levar Camille para essa loucura comigo. Um dia aconteceu no aniversário do Brendon, o menino não pareceu ficar chateado comigo e entendeu a situação. Porém, não gostei de faltar com a minha palavra com ele. Era capaz de aparecer vários paparazzis na casa de