Gael Stone
Porra! O que deu em mim quando concordei em vim para uma boate com Camille?! A cadeia talvez fosse a nossa melhor escolha, ou não. Mas saberia onde está neste exato momento. Olho ao redor à procura da mulher, onde está? Sabia que não deveria ter ido ao banheiro, mas não dá para levar comigo. Como também não imaginava que Camille fosse tão fraca para bebida. Muito fraca!
Droga! Droga! Droga!
Na área vip, olho as pessoas dançando na pista de dança, Camille parece ter evaporado. Será que foi embora? Pouco provável. Pergunto pela Camille para algumas pessoas que dividem a área vip, eles dizem que não sabem e uns me sugerem para ir até o banheiro das mulheres e considero a ideia. De repente algumas pessoas começam a gritar ao mesmo tempo. A música era alta e abafa um pouco a animação do pequeno grupo, mas foi o suficiente para chamar minha atenção. Olho para a pista de dança novamente e arregalo meus olhos.
Puta merda!
Desço correndo as escadas, desesperado para tirar Camille de cima do balcão que divide com outras quatro mulheres. A raiva que sinto é por deixar ela chegar a esse ponto, e por Camille beber como se sua vida dependesse disso. Camille sorria timidamente para as pessoas que incentivava ela a dançar, rindo começa a fazer alguns movimentos. Preciso ser rápido! Empurro algumas pessoas para chegar logo na Camille, antes que a boate toda olhasse para ela.
— Camille! — Grito.
Ela para de dançar e procura quem a chamou. Grito novamente seu nome e quando me ver ela dá uns pulinhos.
— Gael! — aponta para pequena multidão que se formava. — Olha, eles gostam de mim!
— Desce daí agora. — Rosno.
Camille me olha confusa e se afasta quando tento tirá-la de cima daquele balcão.
— Por que você está bravo?
Engoli em seco, vendo o seu olhar triste. Estou tentando salvar a dignidade dessa mulher e ela me olha assim? Para de me olhar desse jeito, imploro praticamente sem dizer as palavras.
— Camille, por favor. — Estendi minha mão para ela. Mantenho a voz alta por conta da música, mas dessa vez sou gentil. — Desce daí.
Seus olhos castanhos me olham atentamente, sorri para ela, incentivando para que viesse comigo. Estava a um passo de segurar a sua mão…
— Tira a roupa! — Uns babacas começam a gritar. — Tira a roupa!
Camille se anima de novo e volta a ficar em pé no balcão. Ela não vai tirar a roupa, não é?! Esse tipo de coisa não é comum nessa boate e foi justamente o motivo para escolher, mas é claro que hoje teria que acontecer algo fora do comum. Justo hoje! Me dá vontade de gritar para que todos calem a boca e sei que nada adiantaria.
Camille começa a desabotoar a calça. Mato o Ronaldo!
Seguro na perna da Camille que reluta, ouço alguns idiotas gritando para que a soltasse. Contra vontade dela, jogo Camille por cima do meu ombro.
— Ei, deixa a mulher se divertir…
Empurro o imbecil que entra na minha frente.
— Ela é minha namorada, cretino!
O cara pede desculpas e se afasta. Camille ri e me abraça.
— Tenho um namorado! Eu tenho um namorado… — Ela morde minhas costas por cima da minha camisa.
— Ai! Filha da… — Desisto de xingá-la e vou em direção à porta. Temos que ir embora daqui.
Chega de boate hoje, amanhã e sempre!
Na entrada falo com o segurança para pegar nossas coisas, ele me olha desconfiado por ter uma mulher em cima do meu ombro. Por sorte Camille não está fazendo escândalo para que soltasse, acredito que ela até conseguiria dormir de cabeça para baixo.
— É minha namorada. — Forço um sorriso. — Não é amor?
Camille ergue o rosto e faz um joinha.
— Tenho namorado. — Cantarola.
O segurança parece acreditar e pede para que alguém busque nossas coisas. No lado de fora, coloco Camille no chão e pego o celular no bolso. O clima não está chuvoso, deixando que esperasse meu carro do lado de fora, mas o vento frio passa pela gente. Camille me abraça pela cintura, deitando a cabeça em meu peito.
— Frio. — Resmunga.
Passo meu braço pelo seu ombro, abraçando-a. Não demoraria muito para estarmos seguros e longe do frio em meu carro. Com a mão livre pego meu celular no bolso.
— Calma, o carro está chegando…
— Não podemos esperar lá dentro…
— Não!
Camille se aconchega mais em mim.
— Por que está gritando comigo?
Suspiro e guardo o celular no bolso, depois que mando mensagem para meu motorista. Se depender de mim, essa mulher nunca mais bebe, não importa que esteja sobrecarregada e querendo distrair um pouco. Uma gota sequer não entra na boca dessa mulher.
— Você dá muito trabalho. — Sussurro.
Camille ergue o rosto e sorri para mim. Gosto do que vejo, seu sorriso parece mais leve e diferente de quando busquei Camille parece está bem. Sem preocupação. Usando salto, Camille b**e na altura do meu queixo. Nas pontas dos pés, seus lábios macios tocaram minha bochecha, mas dessa vez mais próxima da minha boca.
— Por que não me beijou ontem? — Tenho dificuldade em ouvi-la.
— O quê?
— Beijo, você não me beijou. — Morde o lábio inferior. — No primeiro encontro não se beijam? Ou não gostou de mim…
— Não fale besteira. — Respondo de imediato.
Engoli em seco.
— Hum, quer me beijar?
O jeito que me olhava parece que poderia ver minha alma. Desvio o olhar.
— Camille é melhor…
Ela segura em meu queixo, virando meu rosto para ela e me beija. Não fico surpreso com sua atitude e tão pouco me afasto dela, a beijo brincando com sua língua em minha boca e gostando do saber mesmo com gosto da bebida alcoólica. Levo minha mão para sua nuca e a outra a abraço pela cintura, mas ainda, sim, é Camille quem intensifica o beijo.
Ela suspira contra minha boca e o frio não nos incomoda mais. Preciso me lembrar onde estamos e mesmo assim não a afasto. Não quero me afastar.
É claro que queria beijá-la e teria feito antes se Camille não tivesse engolindo as bebidas como se estivesse morrendo de sede. Não quero fazer isso com ela bêbada. Alguém finge uma tosse atrás de mim, o beijo acaba e Camille e eu olhamos ao mesmo tempo, uma mulher que trabalha na boate estende nossos sobretudo e a bolsa da Camile. Sussurro um obrigado e segundos depois meu carro aparece.
Camille entra no carro rapidamente. Fecho a porta do carro e deito a cabeça no encosto do banco, respirando fundo. Meu motorista está ciente de nos levar para casa de Camille.
— Gael…
— Camille, por favor, me dê um tempo.
Quero beijá-la, mas dessa vez não vou parar.
E NÃO FAREI COM ELA BÊBADA. Mato o Ronaldo!
Camille boceja, a olho. Sério que ela está com sono? Não sentiu nada quando nos beijamos, nadinha? Não é possível que eu seja o único que precisa se recuperar aqui. Não gosto dessa Camille bêbada, sem consideração alguma. Camille deita a cabeça em meu ombro e fecha os olhos, é melhor assim.
Como uma criança atentada, amamos quando está dormindo.
Tempo depois preciso acordá-la. Amanhã tenho que estar cedo na SMTHO, Camille se desperta lentamente.
— Hum…
— Chegamos. — Coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. — Vou deixá-la no seu apartamento.
Ela não tem condição nenhuma de chegar sozinha lá. Abraçada a mim, entramos no prédio, o porteiro me cumprimenta e parece disposto a me ajudar. Nego, garantindo que não faria nada de errado com ela já que ele parecia preocupado. Em seu apartamento, Camille pega a chave na bolsa e preciso ajudar no processo. Bebida está no topo da lista do que não é permitido no próximo encontro.
— Camille…
Ela boceja novamente e vai em uma direção. Tranco a porta e vou atrás dela, entramos em um quarto bastante espaço e ela se deita na cama. Olho ao redor, estamos no seu quarto. Fui até sua penteadeira e pego um dos, porta retrato, o casal mais velho acredito que seja seus pais, havia outra mulher que parecia bastante com Camille. É a irmã, Camille falou que ela está esperando outro filho. Deduzo que as duas crianças que aparecem na foto e o outro homem sejam seus filhos e marido. Camille tinha um sorriso contido em seu rosto, não estava feliz, mas precisava fingir.
Olho para mulher que dormia tranquilamente na cama. O que deveria dizer de Camille? Sinto desejo de conhecê-la mais, sofremos a mesma pressão de nossa família. Caso não der certo, um acordo poderia acontecer. Mas seria legal se pudesse dar certo. Coloco a foto no lugar e vou até ela.
— Camille estou indo embora. — Acaricio seu ombro. — Preciso que acorde e feche… — Ela segura minha mão e se vira me puxando junto.
Sou obrigado a me deitar ao seu lado rapidamente ou caio em cima dela.
— Camille.
Não se mexe. Suspiro e me aconchego ao seu lado, estando mais perto um leve cheiro de morango tomando minhas narinas. Me aproximo mais do seu pescoço, o cheiro fica mais forte. Morangos, ela deve gosta de morangos.
— Gael?
Me afasto assustado, pensei que já tinha dormido.
— Oi?
— Obrigada por hoje. — E cai em um sono profundo.
Camille Cooper Me sento rapidamente, sentindo meu peito doer a cada vez que respiro. Meus olhos arregalados e suada, é o estado que me encontro depois de ter o pior sonho da minha vida, olho ao redor tendo certeza que estou no meu quarto. Olho para o outro lado da cama e vejo que está vazio, é claro que está vazio. Sempre acordo assim e não haveria outro motivo para ser ao contrário, até porque eu não fiquei bêbada em uma boate, beijei Gael e ele teve que me trazer para casa. Ah, além de ter uma leve sensação de que dividimos essa cama. Mas acordar sozinha nessa cama é a prova de que tudo não passou de um sonho. — Gael? — Chamo, apenas para ter certeza. Sorri. Um dia, como qualquer outro, afasto a coberta e me levanto, no mesmo segundo preciso sentar novamente. Coloco a mão na cabeça sentindo tudo girar. Que dor de cabeça horrível! Por que estou assim? O que aconteceu? Abrindo os meus olhos, novamente percebo que estou com a mesma roupa que usei para me encontrar com Gael. Não. N
Camille Cooper Ele não percebe a minha presença de imediato, arrumando o terno em seu corpo, o rosto sério é algo que ainda não havia presenciado. Mesmo que Gael não fosse um pulso de sorrisos. Fico intrigada em vê-lo, ele falou sobre ser dono de uma empresa, mas não entrou nos detalhes.— Camille Cooper? — sou obrigada a tirar meus olhos de Gael e cumprimentar a Zoe.— Sim, é um prazer conhecê-la, Zoe Fisher. — Aperto sua mão.Logo atrás de mim, os acionistas, Gael foi o último a falar comigo e parecia tão surpreso quanto eu.— Camille, esse é o Gael Stone, dono da SMTHO. — Gregório me chama pelo primeiro nome e dessa vez estou afetada demais para corrigi-lo. — Sr. Stone, essa é a melhor… — É um prazer conhecê-la, Srta. Cooper. — Gael estende a mão para mim.Assim como ele, preciso lembrar onde estou, e focar no meu trabalho.— Digo o mesmo, Sr. Stone. — Aperto sua mão.Gael estava pronto para dizer algo, mas Zoe intervém sem perceber pedindo para que começassem logo a reunião. Sou
Camille Cooper A surpresa fica escancarada em meu rosto, acredito no que Gael diz, não querendo acreditar. — Mentira.Gael dá um sorriso como se estivesse se desculpando.— Sou filho da Marisa, ao contrário de minha mãe, não gosto de estar em frente às câmeras. — ele ergue os braços, dando de ombros. — Esse foi o meu jeito de me esconder atrás delas. Dificilmente acaba escapando uma foto minha, mas não dura por muito tempo e logo consigo desaparecer de novo.Preciso aprender como respirar de novo. Dou alguns passos aleatórios pelo seu escritório, absorvendo a notícia. Gael não apenas é dono de uma emissora de sucesso antes mesmo dos seus 40 anos, como é filho de uma das artistas mais famosa da atualidade. Marisa Stone tem mais de trinta e cindo anos de carreira, quando ficou gravida todos pensaram que fosse cair no esquecimento, ela calou a boca de cada um que duvidou dela.Minha mãe ama essa mulher.— Como você está, Camille? — Pergunta novamente. — Não respondeu à mensagem que man
— Oi, mãe.Ouço seu suspiro.— Olá, querida. Acredita que seu pai inventou de aumentar a casa? — fico aliviada, ela me ligou para reclamar mais uma vez de meu pai. — Não sei mais o que esse homem quer fazer? Por que uma casa tão grande?Ri.— Ah, mãe, sabe que papai adora fazer uma obra.Além de gostar de fazer as bugigangas para as crianças brincarem, Lara e eu tínhamos brinquedos novos todas as semanas. Era um bom tempo.— Mas me diz a necessidade de ter uma casa tão grande, cabem todos aqui. Espaço para meus filhos e netos é o que não falta, você não pretende nos dar neto.E ela tinha que tocar nesse assunto tão rápido? Um “oi, como você está?” seria bom de ouvir antes.— Mãe…— Bruno precisa entender que desse jeito vai ter bastante espaço para poucas pessoas. — Suspira mais uma vez. — E liguei para avisar que o filho da Fátima está em Los Angeles, você bem que poderia receber ele na sua casa.Faço uma careta.— Não vou colocar um estranho na minha casa…— Não é um estranho, Camil
Gael Stone Mais uma vez me estresso e mais uma vez me irrito com aqueles paparazzis. Não suporto a ideia de ter que duvidar de uma amiga, se é que a Nina alguma vez foi uma amiga. É atriz e modelo, trabalhou com a minha mãe três vezes e acabou se tornando próximo da minha família. Uma pessoa legal na maior parte das vezes, os pensamentos fúteis são algo que me irrita. Dessa vez não foram tão invasivos, não gosto que atrapalhem os meus planos e eles conseguiram. Mais uma vez.Com a cabeça quente, apenas mandei uma mensagem para Camille desmarcando o nosso almoço e deixando para outro dia. Qualquer lugar agora seria facilmente reconhecido, sempre que essas coisas acontecem é preciso ficar fora do alcance deles por um tempo. Não vou levar Camille para essa loucura comigo. Um dia aconteceu no aniversário do Brendon, o menino não pareceu ficar chateado comigo e entendeu a situação. Porém, não gostei de faltar com a minha palavra com ele. Era capaz de aparecer vários paparazzis na casa de
Gael StoneTermino mais uma reunião do dia. Zoe me acompanha até minha sala, o trabalho não para e essa correria acontece muito quando estou em Los Angeles. Não que meu tempo fora tenha sido mesmo trabalhosos, só não olhava para a cara de certas pessoas.Essa parte era boa.— O jornal das 20 horas está fazendo uma ótima cobertura. — Zoe comenta. — Nosso setor do jornalismo, não decepciona. Ela se orgulha do nosso jornalismo, cada um escolhido a dedo. Deu muito trabalho e na época, foi uma forte crítica contra minha emissora por ter uma grade pequena de noticiário. Hoje em dia, não são loucos de dizer algo, me empenhei em trazer o melhor.— E o entretenimento? Estou pensando em aumentar a grade das animações. — Abro o notebook para acessar os slides que fiz mais cedo. — Intercalar entre manhã e tarde de um domingo, ou posso abrir uma filial.A ideia me surge agora, posso fazer um canal de televisão ou abrir uma plataforma de streaming voltada para as crianças. Podendo ver quando quis
Camille Cooper — Ei, Camille? Está me escutando… Camille?! — Lara grita comigo.Quase deixo meu celular cai no chão, assustada com seu grito. A olho preocupada. Estamos no supermercado, Lara aparentou que veio fazer alguns exames e me pediu para acompanhá-la. Tudo certo com o bebê, mas não tem como não ficar preocupada.— Você está bem? É o bebê?Lara revira os olhos.— Estou falando com você há horas, Camille. — Irritada tenta ver meu celular. — Com quem você está falando?Bloqueio a tela do meu celular, rapidamente. Ou ela saberia sobre a clínica.— Nada de mais, desculpa, o que você estava falando?Lara me olha desconfiada.— É um namorado?— O quê? Não.Ela continua empurrando o carrinho.— Mamãe falou que colocou o filho da tia Fátima em sua direção e você recusou.Suspiro, irritada. Mas me acalmo para falar com ela, Lara fica toda sensível quando está grávida e não quero ser o motivo de uma grávida está chorando.— Vocês podem parar de falar da minha vida pelas costas? — Estam
Camille CooperFranzi a testa.— Por que não? É o que acontecerá na clínica, economizemos tempo e dinheiro… sinceramente, será mais rápido.Ele não percebe que temos a oportunidade perfeita de adiantar todo o processo? Nada de ir para fora do país, podemos fazer aqui e agora. Seus olhos grudam em mim, o seu severo é ofensivo tão quanto a pergunta a seguir:— Você é louca?!Coloco minhas mãos na cintura, o olhando irritada.— Ei, não ofende. Por que essa agressão toda?!Um homem gentil e protetor? Não, um ogro mesmo.— Você está se ouvindo mulher? — Gael me olha indignado. — Nosso problema não é falta de dinheiro…Dinheiro realmente não é o problema, ainda mais para o dono de uma emissora de televisão. Somos tão parecidos e, ao mesmo tempo, muito diferente. Os problemas praticamente os mesmos, pelo menos sobre a família. — Não, é falta de tempo! Estamos sempre trabalhando, somos bom no que fazermos, mas não somos bom em ter um filho… —Ergo o dedo no ar, sorrindo. — Tive outra ideia!—