Camille Cooper— Acredito que ele vá dormir a noite toda. — Gael puxa a coberta para deitar. — Você falou o mesmo ontem. — Fecho o livro e coloco na comoda ao lado da cama.— Mas dessa vez estou mais confiante, acredite.Me seguro para não rir, Nash pode ser uma criança clama, mas é normal como qualquer outra. Perderemos nosso sono durante a madrugada como os outros pais, o meu sono é tão leve que Nash suspira alto, já quero levantar e ver se ele está bem.— Se você diz.Gael apaga as luzes, a parte boa é está nos seus braços, sendo colhida por ele e mesmo não estando frio fico quentinha. Meu corpo está sensível reagindo a tudo facilmente. Não sei se me tornei uma carente, mas a cada vez que sou mimada por alguém fico toda bobinha.— Bruno e eu somos na casa da Lara hoje. — Gael passa seus dedos pelo meu cabelo.— E como foram recebidos?— Se seus sobrinhos não tivessem presentes, seria provavelmente com um vaso na cabeça.Ri. Não deveria, mas ri.— Nunca a vi perder o controle desse
Camille CooperOlho para a casa que frequentei muitas vezes. Onde acreditava que estava tudo bem e na perfeita paz, Lara e Benicio eram meros personagens na frente dos outros. E o pior que faziam um papel incrível. Quando alguém nos decepciona ou faz algo que não esperamos, começamos a ver tudo com outros olhos e é como se os sentimentos e pensamentos bons nunca tivessem acontecido.Alguns costumam insistir na mesma pessoa.Lara insiste no Benicio, é como se fosse o único a aceitá-la como é. Então não pode perder. Viu o pior de si e continuou lá. — Vou falar com ela sozinha.Gael nada contente, apoia o cotovelo na porta e a cabeça na mão.— Imaginei.Sorri para ele e o beijei, antes de sair do carro. A cada passo o sentimento não muda, como se não reconhece mais o lugar, mas sei que minha irmã mora aqui há anos. Nesse horário as crianças estariam na escola. Dou duas batidas nas portas, meus pais confirmaram que Lara estaria em casa.Ouço seus passos firmes e sons dos saltos, algo que
Camille CooperNash sorri e se estica em meu colo, Gael faz careta e se afastar, colocando a mão no nariz. Diferente do pai da criança, não tenho chance de me afastar, já que quem soltou a bomba está no meu colo. O cheio não parece incomodar em cada Nash e não se sente nenhum pouco culpado, mas para os outros presentes é difícil ignorar o cheiro.— Meu Deus, como um serzinho tão pequeno consegue fazer um estrago desse. — Gael arregala os olhos e vai para o corredor.Tento não ri, porque estou prendendo a respiração, mas infelizmente não conseguir. A risada venceu, ri e, ao mesmo tempo, sentir o cheiro do cocô do Nash não é nada fácil.— Droga, Gael! — Brigo com ele.Gael ri.— Deveria ter colocado naquele contrato que você ficaria responsável pela troca das bombas do Nash, quando apareceu na minha casa.Dou um olhar superior.— Eu já amamento, você que troque ele.— Ah, não Camille. — Choraminga. — Esse parece pior que ontem.— Gael, bruto de um homem desse chorando para trocar o filh
Gael Stone4 anos depoisOlho de baixo da mesa e nada, corro até a área da piscina e graças a Deus, não encontro a minha princesa por lá. Camille vai me matar se souber que perdi a Nancy, eu pisquei e ela simplesmente sumiu, Ok, precisei atender uma ligação, mas pedi para que ela continuasse sentada no sofá comendo as suas frutas. Apenas olhei para outra direção e atendi a ligação.Cinco minutos depois, apenas cinco minutos, a menininha dos cabelos escuros sumiu.Jesus amado! Corro pela casa em busca da minha filha, sutilmente perguntava para um funcionário e outro se havia visto Nancy. Não quero fazer alarde e esses fofoqueiros ir contar para Camille. Meu celular toca em meu bolso, ignoro. Se não tivesse atendido a última ligação, não teria perdido a minha filha.Subi as escadas, as pressas e suspiro, ela não sobe as escadas porque tem medo. Nash colocou medo na irmã para que ela não tentasse subir sozinha, ainda olho o quarto da minha filha na esperança de que alguém a tenha colocad
Camille CooperA calmaria desse lugar é perfeita. O vento passando pelas árvores traz uma sensação de tranquilidade, longe da cidade agitada. As energias renovam completamente, é bom estar em meio à natureza. Uma vida corrida e estresse constante, meu conselho sempre será se refugiar na natureza. O ar puro preenche meus pulmões e consigo me acalmar quase que instantaneamente. A casa de campo é usada mais para juntar toda a família, sendo um lugar grande ficar sozinha seria maravilhoso, mas medonho. Um barulho que ouvisse estaria ligando para a polícia.Ok, posso ser boa no que trabalho e causar medo em muitos, mas sozinha nessa casa não fico.— Tia, tia, tia! — Minha sobrinha corre na minha direção. — Para você.A caçula das crianças me entrega uma flor. Sorri para ela, beijando seu rosto.— Muito obrigada, meu amor.Ela sorri e volta a correr com as outras crianças. No total de dez crianças, minha família é bem grande. Esse lugar sempre será o preferido para as crianças, na minha inf
Gael StoneO sentimento de volta não é de alegria. A sede principal da minha emissora SMTHO fica em Los Angeles, anos atrás escolhi trabalhar na outra sede e está menos presente possível no local da empresa. É Zoe Fisher sendo a vice-presidente da emissora, ficando à frente das câmeras e entrevistas, e fugindo de todas as perguntas que envolve a mim.No início da emissora quase fui descoberto, ser filho de uma grande atriz de Hollywood não é nada fácil, pelo mesmo não quando você não gosta da atenção da mídia. É algo sufocante, Marisa Stone lida muito bem e tentou diversas vezes me incluir nesse seu mundo. Não é à toa que acabei construindo uma das emissoras mais famosas dos Estados Unidos.Ficando totalmente atrás das câmeras.Mas ainda sou filho de Marisa e ocasionalmente aparecem fotos minhas por aí.Faz uns dois meses que decidi voltar para Los Angeles, motivo? O dono da empresa não pode ficar muito tempo longe, mesmo sendo muito bem administrada de longe. Fico um tempo longe e de
Camille CooperAperto o volante com força em meus dedos, sem conseguir me mexer e procurando entender o que acabou de acontecer. Tenho medo de me mexer e algo pior acontecer, mas logo me desperto quando o homem sai do carro que bateu contra o meu furioso e gritando.— Olha, o que você fez?! — Bate com as mãos no capô do meu carro, onde seu carro não havia batido. — Não sabe dirigir, puta?!Sinto o meu olho esquerdo tremer. Abro a porta do carro, saindo com cuidado. Esse filho de uma boa mãe vem em alta velocidade e bate contra o meu carro, agora sou eu que não sei dirigir? Ah, ele tem muito amor a vida para vir gritar comigo.— Acredito que quem deva voltar para a autoescola aqui, não sou eu. — Ele ameaça a abrir a boca para falar mais merda, ponto dedo indicador na direção dele. — Cala a boca! — E ele se cala. — Você sabe muito bem quem está errado nessa história, meu dia foi longo e estressante. Quando estou perto de finalizar a minha noite com um momento bom, surge você com essa me
Gael StoneSabendo onde Camille mora e tendo o número do seu celular fica mais fácil. Hoje vou buscá-la em sua casa, a mesma está sem carro e não deixarei que fique utilizando carro de aplicativo sendo que posso ir até ela. Considerei não a convidar para sair hoje, mas pensei que Camille poderia querer distrair um pouco com o que aconteceu ontem. A mulher sofreu um acidente de carro e ainda se comprometeu em aparecer mesmo se eu não estivesse lá. Gosto da sua força de vontade. Meu celular apita avisando que havia uma nova mensagem.“Aonde iremos?” — Camille.Não sou de fazer surpresas, não gosto de surpresas, mas Ronaldo falou que mulher gosta dessas coisas.“Vista algo confortável.” — Gael.Tem um parque na cidade vizinha não muito longe daqui. Reconheço que estamos no meio da semana e não quero atrapalhar seus planos, mas terei uma viagem e não sei se volto antes do fim de semana. Camille é uma mulher interessante, fiquei tentado a beijá-la ontem, mas deixei a preocupação falar mais