Gael Stone
Sabendo onde Camille mora e tendo o número do seu celular fica mais fácil. Hoje vou buscá-la em sua casa, a mesma está sem carro e não deixarei que fique utilizando carro de aplicativo sendo que posso ir até ela. Considerei não a convidar para sair hoje, mas pensei que Camille poderia querer distrair um pouco com o que aconteceu ontem. A mulher sofreu um acidente de carro e ainda se comprometeu em aparecer mesmo se eu não estivesse lá. Gosto da sua força de vontade. Meu celular apita avisando que havia uma nova mensagem.
“Aonde iremos?” — Camille.
Não sou de fazer surpresas, não gosto de surpresas, mas Ronaldo falou que mulher gosta dessas coisas.
“Vista algo confortável.” — Gael.
Tem um parque na cidade vizinha não muito longe daqui. Reconheço que estamos no meio da semana e não quero atrapalhar seus planos, mas terei uma viagem e não sei se volto antes do fim de semana. Camille é uma mulher interessante, fiquei tentado a beijá-la ontem, mas deixei a preocupação falar mais alto. Ela havia passado por uma grande dor de cabeça mais cedo, poderia facilmente deixar minhas vontades para outra hora.
O dia segue com muito trabalho, passo a maior parte do tempo com Zoe, um novo programa está para estrear e novo apresentador resolveu convocar uma nova reunião com mudanças faltando um mês para o lançamento.
— Talvez a proposta seja boa. Soe tenta minimizar as coisas.
— Ou perda de tempo.
Gregorio Jackson é a nova aposta da SMTHO, mas é intenso de mais. Zoe está confiante sobre ele, os números são bons quando o assunto é sobre o seu nome. Só espero que ele esteja ciente que não é um dos meus preferidos, é melhor não abusar.
— Terá um jantar com os acionistas hoje, contam com a sua presença…
— Tenho um compromisso. — Olho minha agenda. — A reunião com Gregório será na próxima semana, ele terá apenas essa chance.
— Ok, mas sobre o jantar…
— Terá que lidar com eles novamente sozinha, mas é algo que você faz com facilidade.
Me levanto e visto meu sobretudo, o clima em Los Angeles esfriou, espero que não estrague meus planos.
— Preciso ir, Zoe. — Caminhamos para fora da minha sala. — Não fique até tarde.
— Olha, desse jeito vou pensar que se importa comigo.
Rimos.
— Sabe que me preocupo.
Zoe me acompanha até o elevador.
— Se preocupa que eu fique doente e não dê para ir aos eventos presenciais e ser o rosto da sua empresa.
Entro no elevador.
— Você me conhece tão bem.
Zoe faz uma careta e me mostra a língua discretamente. As portas se fecham, pego meu celular no bolso, tudo saindo conforme o horário. O trânsito ao meu favor chego logo em casa. Como alguma coisa e tomo um banho, me arrumo e saio de casa para buscar Camille. O tempo começa a melhorar e me animo, estou estranhamente animado.
Quando meu motorista para o carro em frente ao prédio de Camille, ele sai para abrir a porta do carro para ela, nesse exato momento meu celular toca. Uma nova mensagem e o que está escrito não me agrada.
— Mais que droga. — Xingo.
— Oh, está tudo bem? — Camille pergunta, ocupando o lugar ao meu lado.
Bloqueio o celular. Uma tempestade chegou onde está acontecendo o parque e acharam melhor fechar até o tempo melhorar.
— Não sou muito fã quando os meus planos não saem como o planejado. — Massageio as têmporas e a olho. Ergue uma sobrancelha. — Falei para vestir algo confortável e estava falando sobre o calçado também.
Camille olha para o salto que usava. A calça jeans é justa e modela perfeitamente seu corpo, a blusa de alta costura na cor de creme quebra um pouco a formalidade e ela carregava seu sobretudo em mãos.
— Você não me falou para onde iremos. — Diz em tom de acusação.
— E essa é sua forma de se vestir confortável?
— Salto é vida.
— E se fossemos acampar?
Ela me olha com deboche e eu passo a língua preguiçosamente pelos lábios ansioso pela sua ousadia. Camille está mais tão contida como ontem.
— Estiloso desse jeito você irá dormir no meio da mata ou um chalé cercado pela natureza, mas muitos seguranças e comida a sua disposição?
Não estou tão formal assim. Por baixo do sobretudo, visto uma camisa social branca e uma calça comum, pode ser que o sobretudo passe um ar de elegância.
— Um chalé com toda certeza, mas me parece que falar do seu salto é uma ofensa para você.
— Sim.
Nos olhamos e rimos.
— Olha, meus planos eram te levar em um parque, mas o clima não está dos melhores.
Ela fez uma careta.
— Salto alto não seria uma boa opção…
— É por isso que…
Seu olhar severo me faz me calar.
— É melhor pensarmos em outro lugar para ir.
Concordo e olho para frente. Essa mulher é medonha.
— Onde gostaria de ir?
— Levando em consideração que hoje é uma quarta-feira e amanhã temos trabalho, lembrando que ficarei sem o meu carro até semana que vem e considerando a nossa atual situação…
— Qual seria a nossa atual situação? — Pergunto, confuso.
Do jeito que Camille me olha, pareço um pobre coitado.
— Os pais do nosso afilhado estão precisando ser nossos cupidos, isso significa que nossa situação não está nada boa em relação ao amor.
— Você está sendo um tanto dramática…
— Quando foi a última vez que você namorou? Um relacionamento sério. — Camille não me dá a chance de responder e continuar a falar. — Ah, sei lá, sabe? Gostaria de fazer algo irresponsável e me preocupar com as consequências no outro dia. Uma loucura que me faz sentir viva e meu coração pulsando em adrenalina.
É nítido quanto Camille se sente sobrecarregada, não sei se é apenas pela pressão de sua família em casar e ter filhos. Ela está cansada e quer sair da rotina. De alguma forma parece que me quer como cumprisse. O que será que essa mulher quer fazer? Quais as consequências dispostas causar? Não serei preso por causa dela, a conheço há dois dias. Bem, ainda não fez 24 h do nosso primeiro encontro.
A conheço só algumas horas!
Relutante, pergunto:
— O que você quer fazer?
Seus olhos brilham ao me olhar.
— Vamos para uma boate e beber todas!
Sinto um alívio tão grande sair de minhas costas, meu corpo todo relaxa de imediato. Uma coisa é ficar com ressaca no outro dia e outra totalmente diferente é ser procurado pela polícia no dia seguinte.
— Sei que é algo irresponsável e…
— Não é irresponsável.
É, sim, sabendo da intensidade do trabalho de amanhã, mas não vou ser o cara chato aqui. Digito um endereço e mando para meu motorista, o carro ganha movimento. Camille me olha curiosa, sorri.
— Cuidado para não perder seu salto nessa noite.
Ela ri.
— Estou disposta a tudo!
Gael StonePorra! O que deu em mim quando concordei em vim para uma boate com Camille?! A cadeia talvez fosse a nossa melhor escolha, ou não. Mas saberia onde está neste exato momento. Olho ao redor à procura da mulher, onde está? Sabia que não deveria ter ido ao banheiro, mas não dá para levar comigo. Como também não imaginava que Camille fosse tão fraca para bebida. Muito fraca!Droga! Droga! Droga!Na área vip, olho as pessoas dançando na pista de dança, Camille parece ter evaporado. Será que foi embora? Pouco provável. Pergunto pela Camille para algumas pessoas que dividem a área vip, eles dizem que não sabem e uns me sugerem para ir até o banheiro das mulheres e considero a ideia. De repente algumas pessoas começam a gritar ao mesmo tempo. A música era alta e abafa um pouco a animação do pequeno grupo, mas foi o suficiente para chamar minha atenção. Olho para a pista de dança novamente e arregalo meus olhos. Puta merda!Desço correndo as escadas, desesperado para tirar Camille d
Camille Cooper Me sento rapidamente, sentindo meu peito doer a cada vez que respiro. Meus olhos arregalados e suada, é o estado que me encontro depois de ter o pior sonho da minha vida, olho ao redor tendo certeza que estou no meu quarto. Olho para o outro lado da cama e vejo que está vazio, é claro que está vazio. Sempre acordo assim e não haveria outro motivo para ser ao contrário, até porque eu não fiquei bêbada em uma boate, beijei Gael e ele teve que me trazer para casa. Ah, além de ter uma leve sensação de que dividimos essa cama. Mas acordar sozinha nessa cama é a prova de que tudo não passou de um sonho. — Gael? — Chamo, apenas para ter certeza. Sorri. Um dia, como qualquer outro, afasto a coberta e me levanto, no mesmo segundo preciso sentar novamente. Coloco a mão na cabeça sentindo tudo girar. Que dor de cabeça horrível! Por que estou assim? O que aconteceu? Abrindo os meus olhos, novamente percebo que estou com a mesma roupa que usei para me encontrar com Gael. Não. N
Camille Cooper Ele não percebe a minha presença de imediato, arrumando o terno em seu corpo, o rosto sério é algo que ainda não havia presenciado. Mesmo que Gael não fosse um pulso de sorrisos. Fico intrigada em vê-lo, ele falou sobre ser dono de uma empresa, mas não entrou nos detalhes.— Camille Cooper? — sou obrigada a tirar meus olhos de Gael e cumprimentar a Zoe.— Sim, é um prazer conhecê-la, Zoe Fisher. — Aperto sua mão.Logo atrás de mim, os acionistas, Gael foi o último a falar comigo e parecia tão surpreso quanto eu.— Camille, esse é o Gael Stone, dono da SMTHO. — Gregório me chama pelo primeiro nome e dessa vez estou afetada demais para corrigi-lo. — Sr. Stone, essa é a melhor… — É um prazer conhecê-la, Srta. Cooper. — Gael estende a mão para mim.Assim como ele, preciso lembrar onde estou, e focar no meu trabalho.— Digo o mesmo, Sr. Stone. — Aperto sua mão.Gael estava pronto para dizer algo, mas Zoe intervém sem perceber pedindo para que começassem logo a reunião. Sou
Camille Cooper A surpresa fica escancarada em meu rosto, acredito no que Gael diz, não querendo acreditar. — Mentira.Gael dá um sorriso como se estivesse se desculpando.— Sou filho da Marisa, ao contrário de minha mãe, não gosto de estar em frente às câmeras. — ele ergue os braços, dando de ombros. — Esse foi o meu jeito de me esconder atrás delas. Dificilmente acaba escapando uma foto minha, mas não dura por muito tempo e logo consigo desaparecer de novo.Preciso aprender como respirar de novo. Dou alguns passos aleatórios pelo seu escritório, absorvendo a notícia. Gael não apenas é dono de uma emissora de sucesso antes mesmo dos seus 40 anos, como é filho de uma das artistas mais famosa da atualidade. Marisa Stone tem mais de trinta e cindo anos de carreira, quando ficou gravida todos pensaram que fosse cair no esquecimento, ela calou a boca de cada um que duvidou dela.Minha mãe ama essa mulher.— Como você está, Camille? — Pergunta novamente. — Não respondeu à mensagem que man
— Oi, mãe.Ouço seu suspiro.— Olá, querida. Acredita que seu pai inventou de aumentar a casa? — fico aliviada, ela me ligou para reclamar mais uma vez de meu pai. — Não sei mais o que esse homem quer fazer? Por que uma casa tão grande?Ri.— Ah, mãe, sabe que papai adora fazer uma obra.Além de gostar de fazer as bugigangas para as crianças brincarem, Lara e eu tínhamos brinquedos novos todas as semanas. Era um bom tempo.— Mas me diz a necessidade de ter uma casa tão grande, cabem todos aqui. Espaço para meus filhos e netos é o que não falta, você não pretende nos dar neto.E ela tinha que tocar nesse assunto tão rápido? Um “oi, como você está?” seria bom de ouvir antes.— Mãe…— Bruno precisa entender que desse jeito vai ter bastante espaço para poucas pessoas. — Suspira mais uma vez. — E liguei para avisar que o filho da Fátima está em Los Angeles, você bem que poderia receber ele na sua casa.Faço uma careta.— Não vou colocar um estranho na minha casa…— Não é um estranho, Camil
Gael Stone Mais uma vez me estresso e mais uma vez me irrito com aqueles paparazzis. Não suporto a ideia de ter que duvidar de uma amiga, se é que a Nina alguma vez foi uma amiga. É atriz e modelo, trabalhou com a minha mãe três vezes e acabou se tornando próximo da minha família. Uma pessoa legal na maior parte das vezes, os pensamentos fúteis são algo que me irrita. Dessa vez não foram tão invasivos, não gosto que atrapalhem os meus planos e eles conseguiram. Mais uma vez.Com a cabeça quente, apenas mandei uma mensagem para Camille desmarcando o nosso almoço e deixando para outro dia. Qualquer lugar agora seria facilmente reconhecido, sempre que essas coisas acontecem é preciso ficar fora do alcance deles por um tempo. Não vou levar Camille para essa loucura comigo. Um dia aconteceu no aniversário do Brendon, o menino não pareceu ficar chateado comigo e entendeu a situação. Porém, não gostei de faltar com a minha palavra com ele. Era capaz de aparecer vários paparazzis na casa de
Gael StoneTermino mais uma reunião do dia. Zoe me acompanha até minha sala, o trabalho não para e essa correria acontece muito quando estou em Los Angeles. Não que meu tempo fora tenha sido mesmo trabalhosos, só não olhava para a cara de certas pessoas.Essa parte era boa.— O jornal das 20 horas está fazendo uma ótima cobertura. — Zoe comenta. — Nosso setor do jornalismo, não decepciona. Ela se orgulha do nosso jornalismo, cada um escolhido a dedo. Deu muito trabalho e na época, foi uma forte crítica contra minha emissora por ter uma grade pequena de noticiário. Hoje em dia, não são loucos de dizer algo, me empenhei em trazer o melhor.— E o entretenimento? Estou pensando em aumentar a grade das animações. — Abro o notebook para acessar os slides que fiz mais cedo. — Intercalar entre manhã e tarde de um domingo, ou posso abrir uma filial.A ideia me surge agora, posso fazer um canal de televisão ou abrir uma plataforma de streaming voltada para as crianças. Podendo ver quando quis
Camille Cooper — Ei, Camille? Está me escutando… Camille?! — Lara grita comigo.Quase deixo meu celular cai no chão, assustada com seu grito. A olho preocupada. Estamos no supermercado, Lara aparentou que veio fazer alguns exames e me pediu para acompanhá-la. Tudo certo com o bebê, mas não tem como não ficar preocupada.— Você está bem? É o bebê?Lara revira os olhos.— Estou falando com você há horas, Camille. — Irritada tenta ver meu celular. — Com quem você está falando?Bloqueio a tela do meu celular, rapidamente. Ou ela saberia sobre a clínica.— Nada de mais, desculpa, o que você estava falando?Lara me olha desconfiada.— É um namorado?— O quê? Não.Ela continua empurrando o carrinho.— Mamãe falou que colocou o filho da tia Fátima em sua direção e você recusou.Suspiro, irritada. Mas me acalmo para falar com ela, Lara fica toda sensível quando está grávida e não quero ser o motivo de uma grávida está chorando.— Vocês podem parar de falar da minha vida pelas costas? — Estam