Capítulo 17Guilherme narrando :A tarde no café foi corrida. Muita gente entrando e saindo, pedindo café, bolo, pão de queijo… e eu ali no caixa, conferindo troco, anotando pedido, resolvendo problema. Desde que me promoveram, o trampo ficou mais puxado, mas pelo menos o dinheiro melhorou um pouco.O tempo foi passando rápido, e quanto mais perto do fim do expediente, mais eu ficava ansioso. Camila me chamou pra passar o fim de semana com ela na casa de praia, e eu nem acreditei quando ela falou. Um tempo só nós dois, sem ninguém pra atrapalhar. Era óbvio que eu ia dar um jeito de ir.Quando deu meu horário, passei o avental pro outro funcionário e saí quase correndo. Ainda tinha que pegar o ônibus pra casa e depois ver como ia fazer pra chegar lá amanha. No ponto de ônibus, sentei no banco e fiquei esperando, sentindo aquela ansiedade misturada com empolgação. O ônibus chegou e eu entrei, olhando pela janela enquanto a cidade passava rápido.Cheguei em casa e, como sempre, minha mã
Capítulo 18Camila narrando :Eu tava na sala, andando de um lado pro outro, nervosa. Já era pra ele ter chegado. Será que deu ruim? Será que ele conseguiu pegar a moto certinho? Meu coração tava acelerado, mas tentei me acalmar.Fui até a janela e, no mesmo instante, ouvi o barulho de uma moto parando lá fora. Meu peito apertou de ansiedade. Corri até a porta e espiei pelo vidro. Era ele.Abri o portão rápido, tentando disfarçar meu sorriso, mas era impossível. Ele tava lá, parado, com aquela mochila nas costas e o olhar meio perdido, como se não acreditasse no tamanho da casa.— Você chegou! — falei animada, puxando ele pra dentro antes que algum vizinho fofoqueiro resolvesse olhar demais.— Cheguei — ele respondeu, dando um sorrisinho de canto. — Essa casa é sua mesmo?Ri, fechando o portão atrás dele.— É... Meu pai comprou faz um tempo, mas quase não vem. Então, hoje, ela é só nossa.Ele me olhou de um jeito diferente, meio tímido, meio encantado. E eu senti na hora que aquele fi
Capítulo 19Guilherme narrando :Paramos o beijo pela falta de ar e ela deitou na cama. Deitei ao lado dela, sentindo a respiração dela ainda meio acelerada. Camila me olhava com um sorrisinho no canto da boca, aquele olhar de quem sabe o efeito que tem sobre mim. Eu ri baixo e passei a mão no rosto dela, afastando uma mecha de cabelo.— Se eu soubesse que o tour terminava assim, tinha vindo antes — brinquei.Ela riu, encostando a testa na minha.— Pois é, bobeou, perdeu tempo.Ficamos um tempo assim, sem falar nada, só curtindo a companhia um do outro. A casa tava em silêncio, só dava pra ouvir o som das ondas de longe. Era estranho pensar que a gente tinha esse lugar só pra gente o fim de semana inteiro.— Você tá confortável? — ela perguntou baixinho, passando a ponta dos dedos no meu braço.— Tô — respondi, sincero. — Melhor impossível.Ela sorriu de novo e fechou os olhos por um segundo. Eu aproveitei pra observar. Era engraçado como parecia que a gente vinha de mundos tão difere
Capítulo 20Camila narrando :Eu sentia o coração disparado enquanto ele me beijava, meu corpo todo tremendo, mas ao mesmo tempo, um calor gostoso tomava conta de mim. Não era só a vontade, era a confiança, era o sentimento de que eu queria isso, de que queria ele.Guilherme estava me tocando com tanta delicadeza, mas ao mesmo tempo com uma intensidade que me fazia sentir mais viva do que nunca. O jeito que ele me olhava, a forma como ele me tocava… tudo era novo, mas ao mesmo tempo, parecia certo.Eu não queria mais esperar, não queria mais adiar. Quando ele desceu os beijos até meu pescoço e depois por meu corpo, eu sentia os arrepios e a sensação de que a qualquer momento eu poderia me perder completamente. Ele me fazia sentir uma coisa que nunca tinha experimentado antes.— Você tem certeza? — ele perguntou, a voz rouca, meio ansiosa.Eu olhei nos olhos dele, sentindo meu corpo tremer, e respondi com um sorriso tímido.— Claro que sim… só quero você.Eu sentia o coração batendo fo
Capítulo 21Guilherme narrando :Eu nunca tinha sentido nada parecido. O jeito que a Camila me olhava, a confiança misturada com aquele brilho no olhar… tudo aquilo me fazia querer cuidar dela, fazer daquele momento algo especial.Cada beijo, cada toque, cada suspiro dela me fazia ter certeza de que era com ela que eu queria viver aquilo. Meu coração tava disparado, e eu sabia que o dela também. Não era só desejo, era mais que isso. Era um sentimento que eu nem sabia direito como explicar, só sabia que era forte, intenso, real.— Tem certeza? — perguntei, porque eu precisava ouvir dela que era isso que ela queria.— Quero você, Gui — ela respondeu baixinho, e eu senti um calor no peito, uma mistura de felicidade e ansiedade.A forma como ela reagia aos meus beijos, ao meu toque, fazia tudo parecer certo. Eu queria que fosse perfeito pra ela, queria que ela se sentisse segura, queria que fosse um momento que ela lembraria com carinho.Nossos corpos se encaixavam como se sempre tivessem
Capítulo 22Camila narrando :Minha tarde foi intensa. Eu e Guilherme fizemos amor a tarde toda, sem pressa, sem nada pra atrapalhar, só a gente dois no nosso mundo. Nunca pensei que fosse ser tão bom, tão envolvente. Cada toque, cada beijo, cada olhar… Tudo parecia se encaixar de um jeito perfeito.Agora já estava escuro e, se não fosse a fome absurda batendo, a gente provavelmente ainda estaria na cama, entre beijos e carinhos. Levantei vestida com a camisa dele, que ficava grande demais em mim, e ele veio atrás, só de bermuda, me abraçando por trás enquanto descíamos pra cozinha.Abri a geladeira, tentando pensar em algo fácil pra fazer.— Vai fazer o quê pra gente comer, amor? — ele perguntou, encostado no balcão, me olhando com aquele sorriso de quem tava gostando de me ver ali, toda desarrumada, com o cabelo bagunçado.— Não sei fazer muita coisa... Sempre tive empregada e nunca fiz nada, mas acho que sei fazer um sanduíche — falei, pegando o pão e algumas coisas pra rechear.El
Capítulo 23Camila narrando :Meu fim de semana foi perfeito. Eu estava tão feliz que nem podia acreditar. Hoje, domingo, já estávamos indo embora, então pedi um Uber para deixar o Guilherme na casa dele. Ele não queria que eu fosse, mas insisti. Eu estava colocando as coisas na minha mochila enquanto ele já estava com a dele pronta.— Já te falei que não precisa passar lá em casa. — Ele disse.Olhei pra ele, surpresa.— O que, Guilherme, tá com vergonha da sua casa? — Perguntei, rindo, mas também curiosa.Ele negou com a cabeça, me olhando sem graça.— Claro que nao. Mas eu não avisei minha mãe que ia estar com você. Eu menti pra ela dizendo que ia trabalhar. — Ele explicou.Eu olhei para ele, ainda confusa.— Por que fez isso? Você nunca falou de mim pra sua mãe? — Perguntei.Ele respondeu rapidamente.— Não. Eu falei sim, mas ela tem medo de que não vá dar certo, que dê merdä pra mim.Eu fiquei pensativa por um momento, depois falei com um sorriso.— Tudo bem. Então me deixa te dei
Capítulo 24Guilherme narrando :Eu saí do Uber, e parecia que meu coração ainda estava lá com a Camila. Eu a amava mais do que minha própria vida, e cada passo que eu dava em direção à minha casa parecia mais pesado. Quando cheguei, tomei um susto. Só abri a porta e vi minha mãe na janela, me olhando com aquele olhar que eu já conhecia muito bem.— Veio de carro com quem, Guilherme? — ela perguntou, com um tom que eu sabia que não ia ser fácil.— De Uber, mãe — respondi, tentando parecer tranquilo, mas já sentindo que ela não ia gostar da resposta.Ela me encarou com um olhar desconfiado, balançando a cabeça.— Você mentiu pra mim, filho? — ela perguntou, quase como se estivesse magoada.Respirei fundo e, vendo que não tinha mais jeito, falei a verdade.— Eu estava com a Camila, mãe. — Disse, baixando a cabeça.Ela ficou em silêncio por um momento, como se estivesse processando aquilo. Depois, negou com a cabeça, como se estivesse desapontada.— Cuidado, filho. Essa moça não é pra vo