Camila narrando :Assim que o carro parou, meu coração já tava batendo acelerado. Eu desci meio sem acreditar que ele realmente tinha feito aquilo. Guilherme deu a volta e veio até mim com aquele olhar que misturava desejo, cuidado e certeza.Ele foi até a recepção e, claro, pediu o melhor quarto. Discreto, reservado, com tudo que a gente merecia, e mais um pouco. Quando a porta do quarto abriu, eu parei por um instante, surpresa.O quarto era lindo.A decoração era elegante, nada exagerada. Luz baixa, lençóis brancos impecáveis, um espelho enorme na cabeceira da cama, e uma banheira de hidromassagem ali no canto, com pétalas e luz de LED em volta. Parecia até cenário de filme.— Meu Deus, Guilherme... — murmurei, olhando em volta. — Isso tudo foi de propósito, né?Ele só sorriu de canto e veio na minha direção, devagar, com aquela calma perigosa que só ele tem. Me puxou pela cintura e, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, colou os lábios nos meus.O beijo foi intenso. Quente. A
Guilherme narrando:Eu tava virado num vulcão. Nunca pensei que uma mulher ia me deixar nesse estado. Mas a Camila… porra, a Camila me desmonta com um olhar. Quando eu vi ela ajoelhando na minha frente e chupando daquele jeito… eu perdi qualquer controle que tinha.Gozei na boca dela igual um moleque. E ela ainda me olhou com aquele sorrisinho safado, como se soubesse que tinha me vencido. Mas o jogo só começou ali.Ver ela se contorcendo na minha boca, gozando nos meus dedos, foi tipo… a confirmação que eu precisava. Essa mulher era minha. De corpo inteiro. E eu ia provar isso pra ela.Quando meti na bucetinha dala, e senti o quanto ela era apertada, quente, molhada… eu soube. Nunca mais ia conseguir comer outra mulher sem lembrar do jeito que ela geme, do jeito que ela me chama de “meu”, da forma que o corpo dela encaixa no meu como se tivesse sido feito sob medida. Eu nunca tinha esquecido disso.Eu tava dentro dela, estocando fundo, gemendo no ouvido, puxando os cabelos, marcando
Camila narrando:Um dia depois :Acordei com a luz do sol invadindo o quarto pelas frestas da cortina e um silêncio gostoso enchendo o espaço. Virei devagar, e lá estava ele… Guilherme, deitado ao meu lado, de costas, com aquele jeitinho de quem finalmente tava em paz.Sorri sozinha, abraçando o travesseiro, com o coração leve. Parecia que tudo que tinha acontecido era um sonho… mas meu corpo lembrava que tinha sido bem real. Ficamos a tarde toda naquele motel e só voltamos pra casa bem tarde, foi tudo tão maravilhoso.Do nada, o celular dele começou a tocar em cima da cômoda. O som meio abafado fez ele se mexer, levantar devagar, ainda sonolento. Vi quando ele pegou o celular e olhou o número, franzindo um pouco a testa. Depois saiu do quarto e foi pra sacada, só de calça de moletom, com o celular no ouvido.Eu fiquei ali, deitada, só ouvindo de longe, ainda com aquela preguiça boa de quem não queria que a manhã passasse.— Alô? — ele atendeu, com a voz rouca de quem tinha acabado de
Prólogo : Guilherme narrando : Eu sabia que aquele dia não seria como os outros. Desde o momento em que acordei, uma sensação estranha me acompanhava, como se algo estivesse prestes a acontecer. Algo ruim. O meu instinto gritava, mas eu ignorei. Estava ansioso para ver Camila, para sentir o seu cheiro, para tê-la nos meus braços mais uma vez. Era como um vício, uma obsessão que eu não conseguia controlar. A casa de praia da família dela era o nosso refúgio, o lugar onde podíamos nos esconder do mundo. Onde ela me dizia, entre suspiros e beijos, que nunca sentiu nada igual. E eu sempre acreditei nisso. Eu acreditei que ela era minha, assim como eu era dela. Cheguei lá com o coração disparado. A porta estava entreaberta, como se estivesse me esperando. Algo no silêncio do lugar me incomodou. O som das ondas parecia distante, abafado pela sensação sufocante que tomou conta de mim. Um arrepio percorreu minha espinha. — Camila? — chamei, a minha voz soando estranha até para mi
Capítulo 2 Camila narrando : Eu tinha 17 anos e, naquela época, o meu mundo ainda era a escola. Eu estava acostumada com aquele ambiente, com a rotina de ser a filha da família rica que todo mundo respeitava, ou, se fosse o caso, temia. Eu não me importava muito com isso, na verdade. Tinha meus amigos, as minhas coisas, e um futuro aparentemente já traçado. Mas tudo mudou quando ele apareceu. Ele estava no meu último ano de escola, mas era novo, um novato que parecia ter saído de algum lugar muito distante da minha realidade. Eu lembro bem do primeiro dia em que ele entrou na sala, com aquele olhar desconfiado, como se estivesse analisando cada pessoa, cada detalhe do lugar. Ele era diferente de todos os meninos que eu já conhecia, e não era só pelo jeito de andar, mais solto, mais confiante de uma maneira que eu não sabia explicar. Eu tinha acabado de sentar no meu lugar, perto da janela, quando ele entrou. Seu nome era Guilherme, e logo ele virou o assunto da turma. Gênio dos
Capitulo 3 :Camila narrando :Continuação :Uma tarde, depois da aula de história, ele me abordou novamente. Dessa vez, sem me pedir nada, sem um livro para pegar emprestado. Ele apenas se aproximou da minha mesa e ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse decidindo o que dizer. O olhar dele estava mais intenso do que nunca.— Camila... — ele começou, com uma voz calma, mas que soava mais séria do que de costume. — Eu... eu não sei o que você pensa de mim, mas eu não sou como os outros. E eu sei que nem deveria estar falando com você,.mas eu não aguento mais guardar isso pra mim.Eu não sabia o que responder. Não estava esperando aquilo, mas ele parecia estar falando direto ao meu coração. Como se tudo o que eu temia, todas as barreiras que eu tentava colocar entre nós, estivessem sendo desfeitas com aquelas palavras simples.— Eu sei o que você quer dizer — respondi, com a voz trêmula, sem saber ao certo o que estava sentindo. — Mas não é tão simples assim.Ele me olh
Capítulo 4Guilherme narrando :Acordar cedo sempre fez parte da minha rotina. O despertador toca antes do sol nascer, e eu já sei o que me espera: mais um dia de luta. Minha mãe, Dona Lúcia, já está de pé antes de mim, preparando o café simples, que na maioria das vezes é só café puro mesmo, sem pão, sem leite. Quando tem, é porque algum dinheiro sobrou ou porque ela conseguiu trazer algo da casa onde trabalha como empregada.Moro num bairro humilde, de ruas esburacadas e casas pequenas que se amontoam umas sobre as outras. O tipo de lugar onde, quando chove forte, as vielas alagam e a água entra pelas frestas da porta. Mas esse é o meu lugar. Cresci aqui, aprendi a me virar aqui. Minha mãe fez de tudo pra me manter longe dos problemas, e foi por causa dela que eu sempre levei os estudos a sério.Eu estudo numa escola de elite, mas não porque minha família tem dinheiro. Entrei lá porque ganhei uma bolsa integral, dessas que só oferecem pra alunos que se destacam. Sempre fui bom com n
Capítulo 5Camila narrando :A escola nunca pareceu tão pequena quanto naquele dia. Cada corredor, cada sala, cada canto parecia pulsar com a tensão que existia entre mim e Guilherme. Eu sabia que estava me metendo em algo complicado, mas, ao mesmo tempo, não conseguia evitar. Era como se ele tivesse se tornado um imã e, por mais que eu tentasse, não conseguia ficar longe.Naquele dia, o intervalo parecia arrastado. Eu sentia o olhar dele me procurando no meio dos alunos, e, no fundo, eu sabia que estava esperando por isso. Quando finalmente nos encontramos, foi diferente. Tinha algo nos olhos dele que me fez tremer. Expectativa, talvez. Ou só aquela certeza de que algo estava prestes a acontecer.Ele se aproximou devagar, como sempre fazia, sem pressa, sem medo.— Camila — ele disse, e o jeito como meu nome saiu da boca dele fez meu coração acelerar. — Acho que a gente precisa conversar.Eu respirei fundo.— Sobre o quê?Ele deu um meio sorriso.— Você sabe sobre o quê.E eu sabia.O