Um Presente Para Nos Unir
Um Presente Para Nos Unir
Por: Karollayne Costa
Prólogo

Brian

Dez anos atrás

Hoje finalmente estou voltando para minha cidade, guiei o carro pelas ruas do bairro e vejo que tudo continua a mesma coisa, mas vou me aproximando da casa da minha mãe, vejo alguns carros de buffet, provavelmente mamãe está fazendo alguma festa. Sou liberado pelo segurança que me olhou assustado, estacionei em frente à casa e vejo que Alfred nosso mordomo já está parado na porta. Saiu do carro e sorriu quando ele veio ao meu encontro.

— Menino. — diz quando o abraço. —  Como é bom te ver vivo. —  solto uma risada baixa.

— Não sou tão menino assim.  — brinco e passo meus olhos à nossa volta. — Mamãe está dando uma festa? —  vejo dois homens passando com cadeiras

— Seu irmão está se casando. — olho surpreso.

— Nossa, quem foi a felizarda? — seus olhos ficaram tristes.  —O que foi Alfred? —  pergunto preocupado. — A pessoa é ruim?  —  meu lado policial começa a me alertar.

— Menino ele está se casando com Nora. — fico olhando para ele perplexo.

— É brincadeira né? —  pergunto num grito alto, meu coração acelera.

— Não. — balança a cabeça. — Logo depois que o menino foi para sua missão, eles começaram um relacionamento. —  solta um longo suspiro.

— Ela era minha noiva. — digo com dificuldade. —  Eu...

— Seu irmão sempre teve inveja e aproveitou o momento, ele começou a ser bem solicito. 

— Ela também aproveitou, se me amasse iria ser fiel. — arrumo minha postura. — A cerimônia está acontecendo aqui? 

— Não, será só à festa.

— Ótimo, volto mais tarde para presentear o casal. — ele me olha preocupado. — Não se preocupe só irei fazer algo que deveria ter feito há tempos. —  ele entende e dá um aceno rápido e uma moça o chama.

Volto para o carro alugado e dirijo até um café,este café eu sempre vinha às quartas feiras com meu pai, quando a dona me viu ela acenou e me olhou com pena, só lhe lanço um sorriso sem mostrar os dentes e escolho uma mesa afastada e ligo para um número que sempre me liga, depois de alguns minutos conversando resolvemos que nossa reunião seria daqui a uma hora, enquanto espero aproveito para olhar alguns lugares e valores de passagem, tenho uma pequena lista de lugares,esses lugares que escolhi e sonhei como um tolo que minha noiva gostaria de conhecer.. 

Depois de uma hora estava na empresa e quando cheguei vários funcionários, os mais antigos me olhavam espantados e outros com pena, os novos me olhavam com os olhos arregalados e boca aberta, mas não abaixei a cabeça e entrei na sala da presidência, mesmo de longe comandava à empresa e consegui triplicar o que o pai ganhou, então temos um bom dinheiro. A reunião começou e no final  a Empresa foi vendida para um concorrente que deu um valor ótimo e amigo do meu pai, aperto sua mão sorrindo e me sentindo vingado. Agora só deposito o que é de direito da minha mãe e irmão. 

Volto para casa  e vejo que a festa começou, Alfred me olhou e entrego um envelope para ele.

—  Isso é seu por direito. —  digo e lhe dei às costas.  

O jardim está todo iluminado, vou andando pelas mesas e os convidados vão falando baixinho entre si, já outros não escondem o sorriso, e quando chego no pequeno palco, peguei o microfone do músico  e sorrio para o público.  

—  Boa noite. —  saúdo e minha mãe está me choque assim como minha querida cunhada. —  Não poderia de deixar de parabenizar pelo casamento irmãozinho. —  ele me olhou com raiva, seu rosto está vermelho e tenho quase certeza que está espumando. —  Bom, fiquei alguns anos fora e quando voltei, acabei  descobrindo que a minha  noiva estava se  casando com o  meu irmão e posso jurar que quando estávamos juntos trepavam  crianças? —  eles não conseguem falar e tenho a minha resposta. —  Então hoje vendi à empresa. —  seus olhos arregalam, minha mãe começa a se abanar com um lenço. —  Sim Senhoras e  Senhores foi uma vingança por levar um par de chifres. —  sorrio olhando para os convidados.   —  Mas não se preocupem, eu ainda fui um bom corno e depositei o que é de direito na conta da senhora mamãe e de você maninho mau-caráter. Já falei o que tinha que falar e que sejam muito felizes casal. —  devolvo o microfone ao músico e saí dali com um sorriso de satisfação.

Minha mãe se levanta rapidamente e consegue me parar, seus olhos são duas bolas de ódio.

—  Não pode vender a empresa, Brian. —  sua voz saiu fina e faço uma careta.

—  Claro que posso e foi o que fiz. —  olho para o lado e meu irmão está sendo abraçado pela mulher que me olha pálida. —  Coisa patética. —  volto a andar. —  Seja feliz Alfred. —  digo ao passar por ele.    

—  Você também, menino. —  diz  e aceno.    

—  Vida nova. —  penso ao entrar no carro e deixando tudo isso para trás.

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