SofiaEstou sentada no sofá observando Brian e Petrus brincando com o mais novo quebra cabeça que nosso filho ganhou de Madalena, minha menina se mexe na minha barriga e sorri, levo minha mão para minha barriga e faço um leve carinho e ela volta a mexer.— Meninos, que tal um sorvete?— pergunto e minha boca se encheu de água.— Eu topo. — Petrus se levanta rápido. — Quero uma casquinha com duas bolas. — lambe os lábios.— Então vamos. — falo e tento me levantar, mas a minha barriga me atrapalha.— Eu te ajudo, esposa. — Brian fala se levantando e me ajudando a ficar de pé.— Muito obrigado, marido. — pisco e ele ri. — Te recompenso depois. Seus olhos ficam escuros e ele respira fundo. — Sofia. — sua voz sai mais grossa e meu corpo todo se arrepia. — Não podemos e você sabe. — agora é a minha vez de respirar fundo, estamos nesse recesso há um mês, minha médica nos proibiu e posso dizer com toda certeza que esta sendo uma tortura.— Quando pudermos, eu vou te pegar e
Brian Dez anos atrás Hoje finalmente estou voltando para minha cidade, guiei o carro pelas ruas do bairro e vejo que tudo continua a mesma coisa, mas vou me aproximando da casa da minha mãe, vejo alguns carros de buffet, provavelmente mamãe está fazendo alguma festa. Sou liberado pelo segurança que me olhou assustado, estacionei em frente à casa e vejo que Alfred nosso mordomo já está parado na porta. Saiu do carro e sorriu quando ele veio ao meu encontro. — Menino. — diz quando o abraço. — Como é bom te ver vivo. — solto uma risada baixa. — Não sou tão menino assim. — brinco e passo meus olhos à nossa volta. — Mamãe está dando uma festa? — vejo dois homens passando com cadeiras — Seu irmão está se casando. — olho surpreso. — Nossa, quem foi a felizarda? — seus olhos ficaram tristes. —O que foi Alfred? — pergunto preocupado. — A pessoa é ruim? — meu lado policial começa a me alertar. — Menino ele está se casando com Nora. — fico olhando para ele perplexo. — É brincadei
Brian Quando sai da festa de casamento eu peguei o carro e sai dirigindo pela cidade, quando percebi estava numa praça que meu pai sempre ficava depois que brigava com a minha mãe, estacionei o carro numa vaga e desci, coloquei minhas mãos nos bolsos frontais da calça e caminhava lentamente pelo local, após alguns minutos me sentei num banco vazio e fiquei olhando as pessoas passando, o vento começou a ficar mais forte e não demorou para que começasse a chover, tive que sair correndo em direção ao carro mas consegui me molhar,já dentro dele pesquisei um hotel que não seja glamuroso e segui o caminho pelo gps. Faço o check in e com minha mochila no ombro sigo para o meu quarto, nele tomo um banho peço algo para comer pelo serviço de quarto e me sento na cama, enquanto como pesquiso os lugares de mais cedo, meu celular não parava de tocar e o número da minha mãe aparecia. — Uma hora ela desiste. — coloco o celular no silencioso. — Bom, Londres está fora de questão. — risco do
SofiaAcordo com a luz do sol entrando pela janela, viro minha cabeça para o lado e vejo meu pequeno anjo dormindo agarrado com seu ursinho de cachorro que foi presente do meu pai assim que descobrimos que seria menino, essa noite ele dormiu comigo após ter tido um pesadelo que ele não quis me contar. Me levanto da cama e sigo para o banheiro, tomo um rápido banho e escovo meus dentes e penteio meu cabelo e deixo secando naturalmente, quando saio do banheiro vejo Petrus olhando pela janela e segurando seu cachorrinho.— O que tanto olha filho? — pergunto me aproximando com curiosidade, já que o nosso vizinho eu vi pouquíssimas vezes nesses últimos anos.— Cachorro. — responde sem me olhar.Chego mais perto e vejo um grande cachorro marrom apoiado na janela e me parece feliz pela interação de Petrus.— Dá tchau para ele e venha tomar um banho. — olho no relógio que está na parede. — Já estamos atrasados para a escola.— A mamãe eu não quero ir. — toda manhã é isso. — Eu quero ir trab
BrianO final de semana passou rápido e todas as tardes Dark sumia e quando ia procurar lá estava ele na janela olhando para aquele mesmo menino. Eles criaram uma amizade silenciosa. Hoje é meu dia de folga já que ontem tive que ficar até às quatro da manhã devido aos turistas americanos que resolveram virar a noite e de quebra danificaram duas mesas do restaurante.Estou tomando meu café até que escuto um barulho de algo caindo do quarto, deixo minha xícara sobre o balcão e vou ver o que é, quando entro tem um Dark em cima da mesinha que fica próximo à janela tentando fugir.— Nada disso Dark. — falo tirando ele da mesa. — Ficar apoiado na janela até pode mais isso não. — e ele late. Olho pela janela e vejo uma moça loira de costas e pelo jeito está conversando com alguém, pode ser seu marido ou com o menino. Volto minha atenção para meu cachorro que está sentado me olhando e abanando o rabo, seus olhos demonstram que vai voltar a aprontar e que está com muita energia acumulada e so
SofiaApós me despedir do Brian e Petrus do seu mais novo amigo, entramos e meu menino corre para o banheiro, já que o mesmo disse que vai começar o filme preferido e não quer perder.— Mamãe podemos ter um cachorro? — escuto a pergunta de Petrus enquanto estou preparando o jantar.— Não. — digo cortando um tomate.— Coelho? — sua voz tem um toque de esperança.— Quando você for mais velho, vai poder ter um animal. — olho para ele.— Já sou mamãe. — paro de cortar o tomate e olho para ele. — Hoje sou mais velho que ontem. Não aguento e riu alto.— Onde você aprende isso ? — pergunto.— Na vida, mamãe. — dá de ombro. — Sou um lindão bem vivido. — não tem como não rir com o que fala.— Então lindão vivido, vá assistir televisão, enquanto termino o jantar. — falo e ele concorda e corre para a sala.Quanto estou terminando de colocar a travessa de salada na mesa alguém bate na porta, olho para o relógio e vejo que já se passa das oito da noite, limpo minhas mãos no meu vestido e sigo
BrianDepois do jantar, voltei para casa com um sorriso no rosto e sozinho já que o Dark ficou lá com os dois. Não sei o que estou sentindo, pode ser uma gripe chegando e alguma coisa no meu coração, já que ele bate tão rápido, controlo minha respiração e me vêem algo em mente e paro no lugar.Será? Tão rápido assim? Acho que é a solidão me deixando maluco, ela é bonita e jovem nunca vai me olhar com algum interesse.— Chega de pensar. — falo alto e sinto uma leve dor de cabeça chegando.Tomo um banho e antes de deitar olho pela janela e vejo que a sua janela está fechada para o meu desprazer, vou até a cozinha e tomo um comprimido para dor e volto para o quarto e me jogou na cama, mas quem disse que consegui dormir? Fiquei rolando de um lado para o outro, sinto falta de Dark deitado sobre mim, pela primeira vez em anos sinto falta de algo.Resolvo me levantar e fazer algo, quando chego na sala vejo que está uma bagunça, o chão precisa urgentemente ser aspirado por causa dos pelos de
SofiaBrian foi embora e olhei para Petrus que comia distraído e sorri, me levantei e comecei a guardar o que ele sujou e o que eu sujei, enquanto lavava Petrus começou a cantar alguma música infantil e quando percebi estava dançando no meio da cozinha e só conseguia sorrir pela sua alegria, ele me entregou seu copo e sua vasilha que toda manhã come seu cereal e lavei, termino a louça enxugo minhas mãos e olho para o relógio.— Vai pegar sua mochila. — peço e ele concorda. Pego a lancheira que fica no balcão da cozinha e monto seu lanche rapidamente e não demora para que ele volte com sua mochila, entrego sua lancheira e corro para o meu quarto para pegar minha bolsa e então saímos de casa.Dois dias se passam e não vejo Brian, mas consigo escutar o latido alto de Dark, comprei um caderno e lápis de cor para Petrus e esses dois dias ele focou sua atenção nos dois objetos e não me deixa ver seus desenhos, segundo ele é surpresa.Mel me informou que amanhã será nossa viagem, então