TierryNum ato de desespero liguei para a chefa, como gosto de chamar a Sofia esposa do Brian, me senti sufocado após ouvir a piadinha da enfermeira, pela primeira vez em anos eu chorei como um bebê, quando Brian me falou que iria mandar alguém eu não estava preparado para ver o homem que conseguiu fazer meu coração acelerar em um único beijo. Hoje faz dois dias que todos chegaram e estão aqui, mas ontem a noite consegui fazer que Brian levasse a todos para um passeio, Petrus e Sofia merecem conhecer a cidade e não só ficar dentro dessa casa.— Eu vou matar Brian. — estou com raiva.— Quieto soldado. — ele fala com voz firme.— Vai se ferrar também. — o desgraçado só ri. — Sua psicóloga marcou para hoje a consulta. — me avisa.— Não é mulher. — digo e ele me olha rapidamente. — É um homem. — as palavras saem lentamente pela minha boca.— Eu vou junto. — nego. — Soldado...— Você está aqui para ser meu médico e para ser os olhos do chefe e não para ser meu segurança, B
SofiaSeis meses depoisOlho para o céu escuro, escuto a risada de Petrus e Brian mais a frente onde brincam com Dark. Hoje é uma das nossas pequenas tradições de vir à praia e olhar a Lua, ficamos olhando um pouco até que Petrus pediu para molhar os pés na água e Brian o pegou no colo e saiu correndo para dentro da água.Meus olhos vão para a Lua e sorriu, levo minha mão direita para minha barriga, ontem tive uma consulta com a minha medica em Atenas e após fazer o exame descobri que estou grávida, ainda está no começo, tirei o DIU faz dois meses, Brian não sabia mas depois que sonhei com meu pai que segurava um bebê eu entendi que era ele falando sobre ser a hora certa para um novo integrante na família.— Mamãe vem. — escuto a voz de Petrus me chamando e me levanto com calma. Vou me aproximando e Dark corre na minha direção com a língua para fora, paro de andar ele pula em mim e passo a mão na sua cabeça, ele cheira minha barriga, hoje mais cedo ele se deitou ao meu lado e apoio
Petrus Estou sentado na minha cama e esperando a ahora de me vestir para sair, escuto a voz do meu pai falando com Dark sobre ele rosnar para uma turista e logo atrás a gargalhada da minha mãe e ela dizendo que Dark iria ganhar mas petisco hoje. Me levanto e saio do quarto e vou atrás deles. — Bom dia. — falo entrando na cozinha e vejo minha mãe abraçada ao meu pai. — Bom dia meu lindão. — mamãe fala se afastando do meu pai e beija minha cabeça. — Hoje é o grande dia.— fala e sinto medo. — Vou tirar bastante foto. — mexo as sobrancelhas. — Então venha tomar seu café. — meu pai fala e passo pro ele e abraço sua cintura. — Fui bem cedo na padaria e comprei aquele bolo que você gosta. — olho interessado para a mesa. — Vamos comer. — falo e volto a olhar para minha mãe. — Esqueci. — digo me afastando do meu pai e me aproximando da barriga dela. — Bom dia mana. — falo e logo sinto o chute. Quando eles me contaram que eu teria uma irmã, eu pulei e gritei tanto qu
SofiaEstou sentada no sofá observando Brian e Petrus brincando com o mais novo quebra cabeça que nosso filho ganhou de Madalena, minha menina se mexe na minha barriga e sorri, levo minha mão para minha barriga e faço um leve carinho e ela volta a mexer.— Meninos, que tal um sorvete?— pergunto e minha boca se encheu de água.— Eu topo. — Petrus se levanta rápido. — Quero uma casquinha com duas bolas. — lambe os lábios.— Então vamos. — falo e tento me levantar, mas a minha barriga me atrapalha.— Eu te ajudo, esposa. — Brian fala se levantando e me ajudando a ficar de pé.— Muito obrigado, marido. — pisco e ele ri. — Te recompenso depois. Seus olhos ficam escuros e ele respira fundo. — Sofia. — sua voz sai mais grossa e meu corpo todo se arrepia. — Não podemos e você sabe. — agora é a minha vez de respirar fundo, estamos nesse recesso há um mês, minha médica nos proibiu e posso dizer com toda certeza que esta sendo uma tortura.— Quando pudermos, eu vou te pegar e
Brian Dez anos atrás Hoje finalmente estou voltando para minha cidade, guiei o carro pelas ruas do bairro e vejo que tudo continua a mesma coisa, mas vou me aproximando da casa da minha mãe, vejo alguns carros de buffet, provavelmente mamãe está fazendo alguma festa. Sou liberado pelo segurança que me olhou assustado, estacionei em frente à casa e vejo que Alfred nosso mordomo já está parado na porta. Saiu do carro e sorriu quando ele veio ao meu encontro. — Menino. — diz quando o abraço. — Como é bom te ver vivo. — solto uma risada baixa. — Não sou tão menino assim. — brinco e passo meus olhos à nossa volta. — Mamãe está dando uma festa? — vejo dois homens passando com cadeiras — Seu irmão está se casando. — olho surpreso. — Nossa, quem foi a felizarda? — seus olhos ficaram tristes. —O que foi Alfred? — pergunto preocupado. — A pessoa é ruim? — meu lado policial começa a me alertar. — Menino ele está se casando com Nora. — fico olhando para ele perplexo. — É brincadei
Brian Quando sai da festa de casamento eu peguei o carro e sai dirigindo pela cidade, quando percebi estava numa praça que meu pai sempre ficava depois que brigava com a minha mãe, estacionei o carro numa vaga e desci, coloquei minhas mãos nos bolsos frontais da calça e caminhava lentamente pelo local, após alguns minutos me sentei num banco vazio e fiquei olhando as pessoas passando, o vento começou a ficar mais forte e não demorou para que começasse a chover, tive que sair correndo em direção ao carro mas consegui me molhar,já dentro dele pesquisei um hotel que não seja glamuroso e segui o caminho pelo gps. Faço o check in e com minha mochila no ombro sigo para o meu quarto, nele tomo um banho peço algo para comer pelo serviço de quarto e me sento na cama, enquanto como pesquiso os lugares de mais cedo, meu celular não parava de tocar e o número da minha mãe aparecia. — Uma hora ela desiste. — coloco o celular no silencioso. — Bom, Londres está fora de questão. — risco do
SofiaAcordo com a luz do sol entrando pela janela, viro minha cabeça para o lado e vejo meu pequeno anjo dormindo agarrado com seu ursinho de cachorro que foi presente do meu pai assim que descobrimos que seria menino, essa noite ele dormiu comigo após ter tido um pesadelo que ele não quis me contar. Me levanto da cama e sigo para o banheiro, tomo um rápido banho e escovo meus dentes e penteio meu cabelo e deixo secando naturalmente, quando saio do banheiro vejo Petrus olhando pela janela e segurando seu cachorrinho.— O que tanto olha filho? — pergunto me aproximando com curiosidade, já que o nosso vizinho eu vi pouquíssimas vezes nesses últimos anos.— Cachorro. — responde sem me olhar.Chego mais perto e vejo um grande cachorro marrom apoiado na janela e me parece feliz pela interação de Petrus.— Dá tchau para ele e venha tomar um banho. — olho no relógio que está na parede. — Já estamos atrasados para a escola.— A mamãe eu não quero ir. — toda manhã é isso. — Eu quero ir trab
BrianO final de semana passou rápido e todas as tardes Dark sumia e quando ia procurar lá estava ele na janela olhando para aquele mesmo menino. Eles criaram uma amizade silenciosa. Hoje é meu dia de folga já que ontem tive que ficar até às quatro da manhã devido aos turistas americanos que resolveram virar a noite e de quebra danificaram duas mesas do restaurante.Estou tomando meu café até que escuto um barulho de algo caindo do quarto, deixo minha xícara sobre o balcão e vou ver o que é, quando entro tem um Dark em cima da mesinha que fica próximo à janela tentando fugir.— Nada disso Dark. — falo tirando ele da mesa. — Ficar apoiado na janela até pode mais isso não. — e ele late. Olho pela janela e vejo uma moça loira de costas e pelo jeito está conversando com alguém, pode ser seu marido ou com o menino. Volto minha atenção para meu cachorro que está sentado me olhando e abanando o rabo, seus olhos demonstram que vai voltar a aprontar e que está com muita energia acumulada e so